Valor da produção está estimado em R$ 283 bi

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira está estimado em R$ 283,9 bilhões este ano, o que corresponde a um crescimento de 9,95% em relação ao ano passado (R$ 258,2 bilhões). O dado faz parte da revisão de levantamento realizado em junho pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo a CNA, a melhora no desempenho é resultado, principalmente, da alta dos preços das commodities, a qual estimulou o aumento da área plantada e da produção no país.

O VBP da agricultura está projetado em R$ 175,7 bilhões, crescimento de 9,7% em relação aos R$ 160,3 bilhões do ano anterior. Dentre os produtos com maior representatividade na cesta agrícola, o que apresenta maior crescimento é o algodão, cuja área plantada cresceu 66,4%. O setor espera faturar R$ 4,9 bilhões em 2011, o que representa um crescimento de 63,5% em relação aos R$ 3 bilhões de 2010. Os técnicos da CNA ressaltam que a queda dos preços apresentada desde março de 2011 pode reduzir o faturamento da cadeia produtiva da fibra.

A atual conjuntura de preços, 6,5% acima dos observados em 2010, deve garantir aos produtores de soja receita de R$ 49,9 bilhões, representando crescimento de 16,4% em comparação com R$ 42,9 bilhões angariados em 2010. Já os preços médios do milho subiram 28,9%, permitindo que o setor receba um faturamento de R$ 21,6 bilhões que, quando comparados aos R$ 16,4 bilhões de 2010, representam aumento de 31,4%.

Os produtores de café devem ter faturamento de R$ 18,7 bilhões, alta de 29,2% quando comparado com 2010. Isto se deve principalmente à elevação de 42,7% dos preços internos em relação ao ano passado, a qual ocorreu em virtude da escassez de produto tanto no Brasil como no mundo, informa a CNA. O valor bruto da cana-de-açúcar esperado para 2011 é de R$ 27,5 bilhões, o que representa uma queda de 9,5% em relação a 2010, quando o setor teve faturamento de R$ 30,4 bilhões. Conforme a CNA, a queda é explicada pela contração de 5,6% na produção, em virtude das características de produção, como renovação dos canaviais, além da deflação de 4,2% dos preços médios reais, apesar da pouca oferta do produto.

A pecuária brasileira deve faturar R$ 108,2 bilhões em 2011, crescendo cerca de 10,5% em relação a 2010 (R$ 97,9 bilhões). Conforme os técnicos da CNA, no geral, todas as cadeias produtivas apresentam crescimento na produção, que foi estimulado pela alta dos preços, principalmente de boi gordo e suínos, no segundo semestre de 2010. No entanto, observa a CNA, uma retração nos preços ocorre desde março de 2011, como reflexo do excesso de oferta no mercado, podendo reduzir o faturamento do setor.

Uso de sementes certificadas alcança resultados recordes

A taxa de adoção de sementes certificadas alcançou resultados recordes na última safra, principalmente no caso da soja e do milho – os dois principais cultivos agrícolas do país. Na safra 2010/2011, eles atingiram 64% e 87% de utilização legal, respectivamente, contra 61% e 83% na safra 2008/2009. O milho, assim como o sorgo, alcançou o maior índice de sementes certificadas, comparado às outras culturas pesquisadas. Os dados são da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e constam na edição de 2011 do Anuário de Sementes Abrasem.

– O crescimento das taxas de sementes certificadas reflete o reconhecimento dos benefícios trazidos pela semente e pelo uso de tecnologia, pelos agricultores e pelo mercado que, cada vez mais, comprova as vantagens que a utilização dessas sementes traz para as lavouras – comenta Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem.

Segundo ele, a previsão para a próxima safra é que o uso de sementes legais de soja chegue aos 70% e se aproxime ainda mais dos resultados do milho.

De acordo com o presidente da entidade, os índices de sementes certificadas do milho estão praticamente superados, e a diferença para atingir os 100% tem relação com a opção do agricultor em usar, mais ou menos, as melhores tecnologias.

– Vemos que os produtores estão em busca das técnicas e sementes mais produtivas e que garantem os melhores resultados. A categoria que mais evolui é sempre a biotecnologia. A Abrasem trabalha em prol da agricultura brasileira. Por isso, sempre defendemos que as sementes utilizadas nas lavouras sejam certificadas, pois elas garantem produtividade e sanidade, que refletem em resultados mais positivos – acredita Barison.

Ele destaca que o índice de sementes legais é uma escala crescente, assim como a qualidade das sementes e a conscientização dos agricultores.

Algodão

Na safra 2010/2011, o crescimento da taxa de utilização de sementes certificadas também se concretizou para o algodão, e o índice de adoção, que era 44% em 2008/2009, subiu para 51%.

– Vemos que os produtores estão mais conscientes sobre os reais prejuízos das sementes próprias ou ilegais. A grande maioria já consegue perceber que a relação custo-benefício das sementes certificadas é mais positiva – comenta Cláudio Manoel da Silva, vice-presidente da Abrasem.

Ele acredita que, na próxima safra, a tendência é que o índice de utilização do algodão atinja 65%.

Cláudio conta que, também como produtor, percebe que o lançamento de novas tecnologias faz crescer os números de adoção de sementes legais, pois os agricultores notam melhor os benefícios das sementes com certificação.

– Com as variedades de algodão transgênicas, por exemplo, não vale a pena produzir sementes próprias, pois temos mais interesse em utilizar as sementes que garantem melhores resultados – completa.

Workshop debate modelos agrícolas

Evento realizado pela Embrapa em Campinas vai discutir métodos de diferentes países contra impactos das mudanças climáticas na agricultura

Especialistas de 30 centros nacionais e internacionais de pesquisa vão discutir, esta semana, métodos de diferentes países contra os impactos das mudanças climáticas na agricultura. A primeira reunião regional do Projeto de Intercomparação e Aprimoramento dos Modelos Agrícolas (AgMIP) começou nesta segunda-feira, 1º. de agosto, em Campinas (SP), e segue até sexta-feira, 5 de agosto. O encontro é promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Ministério do Meio Ambiente. O workshop será na sede da Embrapa Informática Agropecuária.

Cerca de 70 especialistas das áreas de modelagem de culturas, clima e economia vão discutir e fazer a comparação entre modelos agrícolas. Diversos países, cada um com seu método e proposta, apresentarão resultados de estudos sobre os impactos das mudanças climáticas na agricultura local.

A agenda técnica do evento em Campinas prevê uma visita à área do experimento tipo Free Air Carbon Dioxide Enrichment-FACE, instalado na Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP). A visita vai avaliar os efeitos do aumento da concentração do dióxido de carbono atmosférico na produtividade agrícola. O encontro reunirá especialistas da Argentina, Estados Unidos, da África do Sul e Gana.

Saiba mais

O primeiro workshop do Projeto Intercomparação e Aprimoramento dos Modelos foi realizado na Califórnia, em outubro de 2010, quando foram definidas as bases científicas para a comparação dos modelos. Também foi acertada a realização de reuniões regionais para testar as metodologias. (Da Redação com informações da Embrapa)

Definido zoneamento para soja em Mato Grosso

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou o zoneamento agrícola de risco climático da cultura de soja para safra 2011/2012, em Mato Grosso. Foram identificados os 141 municípios como aptos e o período de semeadura, que começa em 1º de outubro e finaliza em 31 de dezembro. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o zoneamento, o grão se adapta melhor a temperaturas do ar entre 20º e 30º C, no entanto, a ideal para crescimento e desenvolvimento está em torno de 30º C. Foi analisado também que a faixa de temperatura do solo adequada para semeadura varia de 20º a 30º C, sendo 25º C a ideal para uma emergência rápida e uniforme. O crescimento vegetativo é pequeno ou nulo a temperaturas menores ou iguais a 10º C.

Entre os itens observados estão também o balanço hídrico (utilizada séries históricas com média de 15 anos de registros), precipitação pluvial e evapotranspiração potencial. Foram considerados aptos os municípios que apresentaram em, no mínimo, 20% de seu território, Índice de Satisfação de Necessidade de Água (ISNA) maior ou igual a 0,60 em 80% dos anos avaliados.

Em Mato Grosso, na safra 2010-2011, a produção em uma área de 6,2 milhões de hectares, proporcionou 8,8 milhões de toneladas, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), feito em junho.

fonte: Aprosoja

Eventos apresentam regras para armazéns

Ministério reunirá representantes da cadeia armazenadora de todo país para esclarecer dúvidas sobre as mudanças na legislação para certificação e para incentivar a adesão ao selo de conformidade em Londrina (PR)

O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras (SNCUA), coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, promoverá, nos dias 27 e 28 de julho, na sede da Embrapa Soja, em Londrina (PR), dois eventos com o objetivo de alinhar procedimentos sobre a nova legislação para certificação de armazéns.A programação começará na quarta-feira (27), com a 16ª Reunião Ordinária da Comissão Técnica Consultiva do SNCUA. Na quinta-feira (28), haverá encontro com a participação de representantes do setor armazenador, Organismos de Certificação de Produtos (OCP’s) e universidades credenciadas à formação de auditores do sistema. Apenas esse evento será aberto ao público.Os eventos destinam-se a esclarecer os requisitos técnicos obrigatórios ou recomendados para certificação de unidades armazenadoras em ambiente natural. Buscam, ainda, estabelecer estratégias de conscientização e incentivo aos armazenadores na adesão ao sistema de certificação. Também será uma oportunidade para apresentar o regulamento de avaliação da conformidade das unidades Armazenadoras – publicadas na Instrução Normativa nº 29, de 9 de junho de 2011.“Queremos uniformizar a interpretação e aplicação da norma, bem como agilizar o processo de implantação para a qualificação do setor de armazenagem, a visibilidade e competitividade dos produtos agrícolas e a redução das perdas que ocorrem nas etapas do pós-colheita“, ressalta o coordenador de Serviços de Infraestrutura, Logística e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes Batista.Saiba mais

A IN nº 29 consolida todas as normas e procedimentos a serem adotados na implantação do SNCUA. Os itens foram atualizados em conformidade com a IN nº 41, de 14 de dezembro de 2010, que prorrogou os prazos para as empresas adequarem as suas estruturas às regras do sistema nacional e revisou os requisitos técnicos a serem cumpridos no processo de certificação.
O escalonamento determinado pelo Ministério da Agricultura na IN nº 41, que compreende o período de 2012 a 2017 e estabelece percentuais de implantação em seis etapas (sendo 15% das unidades nas cinco primeiras e 25% na sexta etapa), ainda está em vigor.
O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras define regras e procedimentos de gestão para qualificação de armazéns para a guarda e conservação de produtos agropecuários dentro de padrões internacionalmente reconhecidos.
O Organismo de Certificação de Produto (OCP) é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), responsável pelo controle e acompanhamento da concessão da licença e uso da identificação da certificação. (Marcos Giesteira)

Produtores já venderam boa parte da soja que será colhida só em 2012

Numa fazenda, em Campo Verde, a 130 quilômetros de Cuiabá, a colheita de milho safrinha termina no fim de agosto. As máquinas voltam para a área só em outubro, quando começa o plantio de soja.

O agricultor Guilherme Scarton decidiu comprometer 35% do que será colhido. “Destes 35%, 5% só que é venda antecipada para especulação de mercado, achando que o preço é bom, os outros 30% é tudo troca”, comenta.

As 800 toneladas de fertilizantes para o próximo plantio na Fazenda Retiro já estão armazenadas no barracão. A fazenda só vai voltar a vender soja cerca 20 dias depois do plantio, uma garantia, de acordo com o agricultor. “A gente esperava vender so0mente após a planta nascer e vim bonita para não correr o risco de vender algo que não vai ser produzido. A gente quer fazer com os pés no chão”, afirma.

De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, a comercialização antecipada está maior este ano. O crescimento é de 6% em comparação com a mesma época do ano passado.

“Nesta época estamos negociando soja em torno de 15 dólares. Este ano, como tem uma oferta do mercado, por exemplo, de 23 dólares, é claro que o produtor começa a aproveitar estes bons preços”, explica Glauber Silveira da Silva, presidente da Aprosoja.

Até agora, 21% da próxima safra de soja de Mato Grosso já foi negociada antecipadamente.

Fonte: Globo Rural

Oferta de fertilizantes deve demorar a crescer no Brasil

Os investimentos feitos no setor de fertilizantes no país ainda vão demorar a refletir no aumento da oferta de produto, na avaliação do diretor executivo da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA Brasil), Carlos Eduardo Florence.

“Não devemos ver aumento de oferta nenhuma este ano ou no ano que vem”, prevê.

Segundo ele, o Brasil importa atualmente, em média, 65% da necessidade de fertilizantes para a agricultura.

A maior demanda é por potássio, já que 90% do produto vêm de fora. No caso de fósforo, a importação chega a 49% e no de nitrogênio, a 65%.

“Nem daqui a 10 anos o Brasil será autossuficiente em adubos”, considerou o diretor da AMA Brasil. Até porque, lembrou Florence, a demanda por produtos vem crescendo acima da oferta e os investimentos no setor precisam de um prazo longo para maturar.

De qualquer forma, na avaliação do diretor, um aumento da produção doméstica não será suficiente para jogar os preços dos fertilizantes para baixo, pois, assim como soja e milho, tratam-se de commodities, cujos preços sofrem interferência dos mercados internacionais.

“Há um pouco de fantasia a respeito disso”, observou. A maior redução que pode ocorrer para o agricultor é que ele deixará de pagar o preço do transporte que vem embutido no valor do produto importado, avalia o executivo.

O aumento dos preços dos fertilizantes nos últimos 12 meses ainda não fez acender a luz amarela para os produtores, como ocorreu em 2008, porque a atual situação no campo é bem distinta da que era verificada há três anos.

Fonte: AgRural

Milho: colheita mato-grossense chega a 66%

A colheita do milho em Mato Grosso chegou a 66,8%. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com este percentual, a colheita atinge cerca de 1,1 milhão hectares, dos 1,7 milhão de hectares plantados em todo o Estado. Em relação a semana passada, a retirada do grão das lavouras avançou em 22,2%. Com o processo em ritmo acelerado, o atraso em relação a colheita da safra anterior diminuiu. O atraso, na comparação com as duas datas, é de 19,6%.

A principal região produtora do grão, Médio-Norte (841,5 mil hectares), continua como a mais avançada na colheita com 82,2% e já entra na reta final do procedimento. Norte (13,6 mil hectares) já retirou 80% do milho das lavouras. Noroeste (58,4 mil hectares) efetuou a colheita de 60% do total.

Nordeste (72 mil hectares) colheu 54,6%. Centro-Sul (108 mil hectares), 53,4%. O Sudoeste (402,5 mil hectares) colheu 52,1% de sua área. Já a região Oeste (256,1 mil hectares) efetuou a colheita de 49,3% de sua área.

Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, o instituto projeta que a produção do milho mato-grossense deve sofrer queda de 10% em relação a safra passada, além de outros 10% em relação a área plantada. Naquela oportunidade, foram produzidos 8,4 milhões de toneladas e nesta safra a projeção é de colher menos de 7 milhões de toneladas. A perda de produtividade pode ser explicada pelo atraso do plantio de milho, devido ao atraso do plantio de soja, além da falta de chuva para germinar a planta.

Fonte: Só Notícias

Governo lança programa Brasil sem Miséria Rural

Evento em Arapiraca (AL) terá a presença do Ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e da presidenta da República Dilma Rousseff

Débora Bazeggio, com informações da Conab

O programa Brasil sem Miséria Rural será lançado na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, na cidade de Arapiraca (AL). Na ocasião, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai formalizar duas Cédulas de Produto Rural com doação simultânea (CPR-Doação) para a compra de alimentos produzidos por uma associação de quilombolas e por uma cooperativa de agricultores familiares do estado da Bahia. Os documentos fazem parte das ações do Programa da Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e a presidenta da República, Dilma Rousseff, participam da cerimônia.

A primeira doação será assinada com a Associação dos Pequenos Produtores Rurais e Artesãs Quilombolas da Fazenda Alto Bonito, do município de Senhor do Bonfim (BA). Serão liberados cerca de R$ 226 mil para a aquisição de produtos hortigranjeiros, além de polpas de frutas, bolachas e ovos.  A maior parte dos fornecedores é formada por mulheres. Os produtos serão doados a três entidades do município e distribuídos para mais de quatro mil pessoas.

Para a Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar do Sul da Bahia (Coofasulba), de Ilheus (BA), serão doados R$ 584 mil para a compra de produtos hortigranjeiros, polpa de frutas e frutas como mamão, melancia, banana, além de batata. A operação envolve  130 agricultores familiares. Os alimentos serão doados a 16 entidades que auxiliam 6.300 pessoas em situação de insegurança alimentar.

Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar

Em 2011, o programa de aquisição de alimentos, executado pela Conab, aplicou cerca de R$ 4 milhões para pagamento dessas doações e mais de R$ 2,3 milhões para a formação de estoques de açúcar no estado de Alagoas. Cerca de 50% dos agricultores atendidos são provenientes de assentamentos rurais, comunidades quilombolas e indígenas. Em todo o Nordeste, as compras de produtos chegaram a R$ 525,4 milhões, com benefício para quase 190 mil agricultores familiares.

O programa Brasil sem Miséria Rural faz parte do programa Brasil sem Miséria, lançado em junho deste ano com o objetivo de elevar a renda e as condições de bem-estar da população em situação de pobreza extrema. A iniciativa agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social e inclusão produtiva. Com um conjunto de ações em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo crescimento econômico brasileiro.

Saiba Mais

Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – criado em 2003, é uma das ações do “Fome Zero”, que tem como objetivo garantir o acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. Busca também contribuir para formação de estoques estratégicos e permitir aos agricultores familiares que armazenem seus produtos. O governo federal adquire estes alimentos de modo rápido e descomplicado, e, a partir daí, os produtos poderão ser doados ou vendidos. O PAA é executado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e os governos locais.

Compra com Doação Simultânea – é a aquisição de alimentos de agricultores familiares destinados a entidades que compõem a Rede de Proteção e Promoção Social que tenham programas e ações de acesso à alimentação. É operada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A modalidade permite a aquisição de alimentos in natura, processados e industrializados. Para mais informações, acesse a página da Conab: http://www.conab.gov.br/

Crédito rural chega a R$ 94 bilhões na safra 2010/2011

Valor corresponde a 94% do total programado no ciclo agrícola. Trata-se do melhor desempenho já registrado desde a safra 1999/2000, período em que o governo iniciou o levantamento

A aplicação do crédito rural na agricultura empresarial, na safra de 2010/2011, foi de R$ 94,2 bilhões do total de R$ 100 bilhões disponíveis. Se comparado com a safra passada, quando foram liberados R$ 86,7 bilhões, houve crescimento de 8,6% nas aplicações de custeio, comercialização e investimento no setor.

O programa de financiamento para a classe média rural teve o melhor desempenho na safra. Dos R$ 5,65 bilhões previstos pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), R$ 5,035 bilhões (89% do total), foram liberados. O valor representa um acréscimo de 54% do montante utilizado na safra passada.

O Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-agro) também teve um resultado positivo, liberando, inclusive, recursos além do previsto. Foram desembolsados R$ 2,5 bilhões, o que equivale a 125% do total programado. O valor é ainda 258% superior ao contratado no mesmo período da safra anterior.

Na avaliação do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, os fatores que levaram ao resultado positivo estão ligados ao aumento da demanda por commodities no mercado externo, especialmente em países asiáticos como a China e a Índia. Houve também redução do custo de produção e aumento da área de plantio. Segundo Vaz, “a economia está aquecida, os preços dos alimentos estão acima da média e o agronegócio vem em ritmo crescente”.

Plano Agrícola

O Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em junho passado, vai disponibilizar R$ 107,2 bilhões para financiar agricultores e pecuaristas. O valor é 7,2% superior aos R$ 100 bilhões direcionados ao ciclo agrícola de 2010/2011.

O governo também vai destinar mais recursos para financiar o médio produtor rural. Na temporada 2011/2012, serão 48,2% a mais para a classe média, o que equivale a R$ 8,3 bilhões. Outra novidade é a mudança do limite de renda bruta anual, de R$ 500 para R$ 700 mil, para enquadramento no programa

Programa ABC

O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) incentiva processos tecnológicos que neutralizam ou minimizam os efeitos dos gases de efeito estufa no campo, a serem adotados pelos agricultores nos próximos anos. O ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária.

Na safra de 2010/2011, depois de vencidos os entraves burocráticos para liberação do crédito, foram feitas 30 operações de liberação, 16 delas, em junho deste ano. O Secretário José Carlos Vaz acredita que esse número tenda a crescer na safra que se iniciou em 1º. de julho deste ano. “A expectativa é utilizar boa parte dos recursos destinados ao programa, que somam R$ 3,15 bilhões”, afirma. Estão garantidos recursos a agricultores e cooperativas, com limite de financiamento de R$ 1 milhão por beneficiário. O crédito será financiado com taxa de juros de 5,5% ao ano e prazo de reembolso de até 15 anos.

Saiba mais

Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) – Criado na safra 2010/2011, dispõe de recursos para custeio, comercialização e investimento para a classe média rural. Até o ciclo agrícola atual, para ter acesso ao crédito, o produtor precisava ter uma renda bruta anual de até R$ 500 mil. A partir da safra 2011/2012, o limite para enquadramento no programa passa a R$ 700 mil, favorecendo um maior número de produtores. O Pronamp substituiu o antigo Proger Rural, com mais recursos e condições facilitadas para contratação.

Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-agro) – Destinado às cooperativas de produção agropecu ária, pesqueira e aquícola. Os recursos (R$ 2 bilhões) podem ser utilizados para recuperação ou reestruturação patrimonial.