Uso de sementes certificadas alcança resultados recordes

A taxa de adoção de sementes certificadas alcançou resultados recordes na última safra, principalmente no caso da soja e do milho – os dois principais cultivos agrícolas do país. Na safra 2010/2011, eles atingiram 64% e 87% de utilização legal, respectivamente, contra 61% e 83% na safra 2008/2009. O milho, assim como o sorgo, alcançou o maior índice de sementes certificadas, comparado às outras culturas pesquisadas. Os dados são da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e constam na edição de 2011 do Anuário de Sementes Abrasem.

– O crescimento das taxas de sementes certificadas reflete o reconhecimento dos benefícios trazidos pela semente e pelo uso de tecnologia, pelos agricultores e pelo mercado que, cada vez mais, comprova as vantagens que a utilização dessas sementes traz para as lavouras – comenta Narciso Barison Neto, presidente da Abrasem.

Segundo ele, a previsão para a próxima safra é que o uso de sementes legais de soja chegue aos 70% e se aproxime ainda mais dos resultados do milho.

De acordo com o presidente da entidade, os índices de sementes certificadas do milho estão praticamente superados, e a diferença para atingir os 100% tem relação com a opção do agricultor em usar, mais ou menos, as melhores tecnologias.

– Vemos que os produtores estão em busca das técnicas e sementes mais produtivas e que garantem os melhores resultados. A categoria que mais evolui é sempre a biotecnologia. A Abrasem trabalha em prol da agricultura brasileira. Por isso, sempre defendemos que as sementes utilizadas nas lavouras sejam certificadas, pois elas garantem produtividade e sanidade, que refletem em resultados mais positivos – acredita Barison.

Ele destaca que o índice de sementes legais é uma escala crescente, assim como a qualidade das sementes e a conscientização dos agricultores.

Algodão

Na safra 2010/2011, o crescimento da taxa de utilização de sementes certificadas também se concretizou para o algodão, e o índice de adoção, que era 44% em 2008/2009, subiu para 51%.

– Vemos que os produtores estão mais conscientes sobre os reais prejuízos das sementes próprias ou ilegais. A grande maioria já consegue perceber que a relação custo-benefício das sementes certificadas é mais positiva – comenta Cláudio Manoel da Silva, vice-presidente da Abrasem.

Ele acredita que, na próxima safra, a tendência é que o índice de utilização do algodão atinja 65%.

Cláudio conta que, também como produtor, percebe que o lançamento de novas tecnologias faz crescer os números de adoção de sementes legais, pois os agricultores notam melhor os benefícios das sementes com certificação.

– Com as variedades de algodão transgênicas, por exemplo, não vale a pena produzir sementes próprias, pois temos mais interesse em utilizar as sementes que garantem melhores resultados – completa.

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

vinte − três =