Agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9%

O agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9% no Produto Interno Bruto do setor, o dobro da expansão esperada para o PIB nacional

O agronegócio brasileiro deve fechar 2011 com alta de 9% no Produto Interno Bruto do setor, o dobro da expansão esperada para o PIB nacional. O cenário favorável é tema de matéria especial da edição de agosto da revista AméricaEconomia, publicação da Spring Editora. “Estamos vivendo o maior ciclo de preços altos da história recente. Nunca houve tamanha duração de demanda maior que a oferta”, afirma o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues, coordenador do Centro Estudos em Agronegócio (GVAgro) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O cenário aquecido pela demanda internacional por alimentos, puxada pelos países emergentes, principalmente a China, e o aumento no poder de compra da classe C brasileira, estão entre os fatores apontados como âncoras para o excelente desempenho do setor, que reúne histórias de sucesso como a do produtor Eraí Maggi Scheffer. Rei de duas coroas — soja e algodão — ele se mostra humilde à publicação quando perguntado sobre seu reinado: “Sinto-me igual a quando plantava 50 hectares no Paraná”, desconversa.

Assim como Scheffer, outros produtores brasileiros administram seus reinados. O especial apresenta também um panorama sobre a produção nacional de laranja e café, e a tecnologia aplicada na avicultura e agropecuária.

EXPORTAÇÃO RECORDE

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) espera que as exportações do agronegócio brasileiro ultrapassem US$ 90 bilhões em 2011, valor recorde e 18% acima do registrado no ano passado. No primeiro semestre, foram embarcados US$ 43,2 bilhões, com destaque para o complexo soja — o Brasil é o segundo maior exportador mundial – responsável por US$ 12,7 bilhões.

Diante da boa fase, o agronegócio brasileiro investe também em aumento de produção. De acordo com a reportagem, o Ministério da Agricultura e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que, entre as safras 2010/11 e 2020/21, os maiores incrementos são esperados para o algodão (47,8%), celulose (34%) e café (30,7%).

fonte: Agrolink

Presidente da CNA diz que denúncias atrasam projetos do setor

A presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM/TO), disse hoje, ao comentar as denúncias sobre irregularidades no Ministério da Agricultura

A presidente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM/TO), disse hoje, ao comentar as denúncias sobre irregularidades no Ministério da Agricultura, que confia no ministro Wagner Rossi, “até que se prove o contrário”. Ela ressaltou que a presidente Dilma Rousseff também demonstrou confiança no ministro e disse esperar que ele possa mostrar que não está envolvido nos episódios.Na opinião da senadora, o importante em relação a qualquer ministério é que todas as dúvidas sejam sanadas e as investigações sejam feitas. Ele defende que todos culpados sejam punidos o mais rápido possível em qualquer ministério.

No caso do Ministério da Agricultura, diz ela, “estes acontecimentos provocam atraso nos nossos projetos e no andamento das nossas políticas”.Em relação ao nervosismo do mercado financeiro internacional, a senadora afirmou que é preciso “evitar o pânico, manter a tranquilidade e estar atento, porque o momento é de muita gravidade”.Ela disse que teme três fatores que podem decorrer de uma possível crise financeira. Um deles seria a redução da disponibilidade de recursos por parte das tradings para financiar o plantio, a exemplo do que ocorreu em 2008. Outro fator seria a queda dos preços das commodities agrícolas, que afetaria a rentabilidade principalmente dos produtores da região Centro-Oeste, por causa do alto custo do frete. O terceiro seria a redução das exportações brasileiras, caso haja retração das economias dos países compradores.

A senadora participou hoje na sede da CNA da cerimônia de reinstalação da Frente Parlamentar Mista da Fruticultura, que será presidida pelo deputado federal Antonio Balhmann (PSB-CE). A frente conta com a adesão de 311 deputados e 17 senadores. No evento foram apresentados os resultados de uma pesquisa que mostra que apenas 18,2% dos brasileiros consomem frutas na quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma das iniciativas do setor será a realização de campanhas de marketing para aumentar o consumo interno e conquistar novos mercados no exterior.

fonte: O Estado do Paraná

Temperatura no Centro-Oeste chega a 39°C

Aviso Especial do Inmet alerta para umidade relativa do ar abaixo de 30% na região centro-sul

O tempo continua seco, com umidade relativa do ar abaixo de 30%, nesta quinta-feira, 11 de agosto, de acordo com o Aviso Especial n° 279 do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O alerta é válido para todo o Centro-Oeste e parte da região Norte. O Inmet prevê névoa seca em Tocantins e Rondônia, e pancadas de chuvas no norte do Amazonas, Pará, Amapá e Roraima.

A previsão é de chuvas no litoral Sudeste do país e no nordeste de Minas Gerais. Chove também no norte do Piauí, litoral do Ceará, no Rio Grande do Norte, leste da Paraíba e de Pernambuco, na região cacaueira e no Recôncavo na Bahia. O tempo fica parcialmente nublado no restante da região Nordeste.

As temperaturas baixas permanecem na região Sul, com temperatura mínima prevista de 5°C. O céu fica parcialmente nublado com nevoeiro e névoa úmida no Paraná, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. (Da Redação, com informações do Inmet)

Wagner Rossi anuncia mudanças na Conab

Em audiência na Comissão de Agricultura do Senado, ministro afirma que advogado de carreira da AGU estará no comando da procuradoria jurídica do órgão

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anunciou nesta quarta-feira, 10 de agosto, durante audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, que a presidenta Dilma Rousseff determinou mudanças na estrutura organizacional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  A Procuradoria Jurídica vai mudar de comando.

Rossi adiantou que já pediu ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o nome de um procurador de carreira da AGU para ocupar a chefia do setor jurídico da Conab. Segundo o ministro, a empresa tem mais de 9 mil ações em contencioso na Justiça.

“Há deficiência na área jurídica da empresa e a presidenta (Dilma Rousseff) quer uma solução para pôr ordem na Procuradoria Jurídica da Conab”, disse Wagner Rossi. “Ela tem todo o interesse que as imperfeições sejam corrigidas e nos deu força total”.

“A presidenta Dilma me disse que, em função do que eu havia relatado, que tomasse medidas fortes, sem qualquer limitação política, focando na experiência profissional”, comentou. O nome deve ser anunciado nesta quinta-feira, 11 de agosto.

O ministro disse que a Conab precisa ter uma atuação mais efetiva na área jurídica. Este é agora um dos principais objetivos da mudança. Rossi lamentou que parte da defesa do órgão tenha sido terceirizada por escritórios de advocacia.

Caso SPAM

O ministro lembrou que em um dos casos de briga judicial, apontados pela revista Veja, a atuação da Conab foi em defesa dos cofres públicos. Ele comentou que uma das supostas fontes da reportagem da revista, o advogado Antônio Carlos Simões, manteve contatos estreitos com Raimundo Nonato Oliveira Santos, procurador da Conab, afastado e processado pela empresa em 2009, por conta de atuação suspeita. Oliveira Santos atuou como advogado da Conab e em favor de uma empresa privada. Mas, teria, posteriormente, brigado na Justiça contra o advogado da empresa, em função da disputa por honorários.

O caso remonta a uma cobrança judicial contra a Conab movida pela empresa Sociedade Produtora de Alimentos Manhuaçu (SPAM),  em 2001, na 5ª Vara da Justiça Federal, no processo nº 2001.009.228-9. Um dos advogados que atuou no caso pela SPAM foi Antônio Carlos Simões.

O caso começou em 1987, quando a então Cobal – empresa antecessora da Conab – comprou 50 mil toneladas de leite em pó, de origem americana, da SPAM, a partir de concorrência pública. De acordo com o ministro, a briga judicial gira em torno da exclusão do antigo ICM do preço da mercadoria. A antiga Cobal reteve o imposto destacado – no valor da época, de 357,3 milhões de cruzados.

A ação da SPAM foi julgada procedente e, em 2009, encontrava-se em fase de execução em valores superiores a R$ 99 milhões. Ainda em 2009, Wagner Rossi, então presidente da Conab, foi alertado pelo jurídico de atos suspeitos cometidos pelo procurador Raimundo Nonato de Oliveira Santos. Lotado na Procuradoria da Conab, ele teria soltado parecer em 4 de abril de 1997 pelo arquivamento do processo administrativo movido pela SPAM.

“Foram detectados indícios, amparados em provas documentais e admissões confessionais, de que Oliveira Santos praticou advocacia administrativa”, disse o ministro. Ele atuou em favor da SPAM contra a própria Conab. Isso foi detectado em julho de 2009. Raimundo Nonato Oliveira Santos e Antônio Carlos Simões teriam divergido e brigado na Justiça pelos honorários, indevidos no caso do procurador da Conab.

“Ainda naquele mesmo mês, a Conab alertou o então advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, e o procurador da Fazenda Nacional, Luís Inácio Adams, sobre a instauração de procedimento administrativo interno para apurar a atuação de Oliveira Santos”, comentou o ministro.

Segundo Wagner Rossi, quando ainda estava à frente da Conab, em novembro de 2009, ele determinou à procuradoria jurídica do órgão que entrasse com ação na 5ª Vara da Justiça Federal, pedindo a nulidade, suspensão e paralisação da cobrança, tendo em vista os vícios no processo. O caso ainda corre na Justiça Federal.

Denúncias

Durante três horas, Wagner Rossi prestou esclarecimentos aos integrantes da Comissão de Agricultura do Senado sobre denúncias veiculadas pela revista Veja nas últimas duas semanas. Ele negou irregularidades e rechaçou as insinuações de que teria relação estreita com Júlio Fróes, apontado como lobista pela revista e que distribuiria propinas a funcionários do Ministério da Agricultura.

“Pedi investigações à Controladoria Geral da União e determinei a abertura de sindicância no âmbito do ministério, a ser presidida pelo corregedor-adjunto da AGU, doutor Hélio Saraiva Franca. Isso permitirá total isenção nas investigações”, comentou. “Todos os servidores serão ouvidos, garantido o direito de ampla defesa e contraditório”.

O ministro fez os esclarecimentos sobre questões jurídicas relativas à Conab e procedimentos administrativos na contratação da Fundação São Paulo (PUC-SP) e da Gráfica Brasil pelo Ministério da Agricultura. Os três casos foram colocados sob suspeita pela revista Veja. O ministro levou documentos, cópias de contratos e de processos para sustentar suas afirmações.

Caso Fundação São Paulo

Sobre o contrato com a Fundação São Paulo, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o ministro apontou que o contrato foi celebrado em 17 de setembro de 2010. A fundação presta serviços de execução do Plano Anual de Educação Continuada do ministério e para consultoria na elaboração e implantação de sistema de avaliação.

O valor do contrato é de R$ 9,1 milhões e, de outubro de 2010 até julho deste ano, o ministério pagou R$ 5.202.338,00. “Não houve aditivos ao contrato”, disse. O contrato foi auditado pela Controladoria Geral da União (CGU).

De acordo com Wagner Rossi, ao contrário do que apontaram reportagens e editoriais da imprensa, o contrato foi assinado pela chefe de Coordenação Geral de Logística e Serviços Gerais do Ministério da Agricultura, Karla Carvalho. Pela Fundação São Paulo, assinaram os padres João Júlio Farias Júnior e José Rodolpho Perazzolo, além do reitor da PUC-SP, Dirceu de Mello.

A falta de informação levou a imprensa a apontar Júlio Fróes, que teria prestado serviços de consultoria para a PUC, como tendo celebrado o contrato. O ministro esclareceu que Fróes não assinou pela PUC e disse desconhecer a notícia de que ele teria sala na sede do ministério. “A investigação vai apontar o que é verdade ou não”, disse Rossi.

Dispensa de licitação

O ministro relatou que o contrato foi assinado pela chefe de coordenação geral de Logítistica e Serviços Gerais, porque ela é quem tem responsabilidade pela assinatura de contratos de prestação de serviços, compras e obras, por força do artigo 1º, inciso I, da Portaria Ministerial 114, de 20 de novembro de 2007.

“O contrato não poderia ser assinado por funcionários da área de licitações, como o ex-presidente da Comissão de Licitação Israel Leonardo Batista”, informou Rossi. O servidor não tinha legitimidade para assinar contratos, por conta de normas regimentais.

Funcionário da Conab, Israel Leonardo Batista seria uma das fontes da revista Veja, e, de acordo com o ministro Wagner Rossi, deixou a presidência da Comissão de Licitação depois de responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar.

O ministro da Agricultura lembrou que o processo de escolha da PUC para a prestação dos cursos de capacitação foi feito com dispensa de licitação, baseado no parecer 367/2010 da Consultoria Jurídica do Ministério da Agricultura.

“A hipótese de dispensa é considerada cabível para a contratação de entidade cujas atividades fundamentais são relacionadas com pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional”, destacou. “O dispositivo legal que permite a dispensa de licitação é o artigo 24, inciso XIII, da Lei 8.666/93, a chamada Lei de Licitações.

O ministro informou que a contratação teve como objetivo garantir a execução do Plano de Educação Continuada, elaborado ainda em 2009, para capacitar profissionalmente 12 mil servidores do Ministério da Agricultura em todo o país. Rossi assumiu o cargo, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em abril do ano passado.

Recursos humanos

“Essa necessidade de contratação foi levantada, em novembro de 2009, pelo Comitê Gestor de Educação Continuada, presidido pelo então secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles”, disse. O objetivo foi atender às solicitações da área de recursos humanos, com base no Decreto 5.707/2006, que instituiu a política e as diretrizes para o desenvolvimento de pessoas da Administração Pública.

“Foram realizadas oficinas de trabalho nas unidades administrativas do ministério, incluindo a sede, em Brasília, a Ceplac e o Inmet, para levantar as necessidades de cada área”, relatou o ministro. Em 4 de julho de 2010, o Comitê Gestor aprovou o plano para atender às necessidades de capacitação profissional dos servidores.

No processo de escolha, três instituições apresentaram propostas técnicas: Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação São Paulo (PUC-SP) e Sistema de Educação Continuada (Seducon). Todas são instituições filantrópicas. Optou-se pela proposta da Fundação São Paulo, reconhecida pela sua reputação em gestão educacional.

O ministro informou que, desde que os cursos passaram a ser ministrados, a partir de outubro de 2010 e até julho deste ano, 1.047 servidores foram beneficiados. “O plano prevê que, até 2012, todos os 12 mil servidores sejam atendidos”, comentou.

Os cursos oferecidos vão desde aqueles de curta duração – como de idiomas –, aos de média duração – de competência gerencial (execução orçamentária e financeira, gestão de pessoas) –, e aos de longa duração – MBAs em agronegócio, planejamento e orçamento, e gestão pública. Os cursos são realizados em todo o território nacional.

(MAPA)

Aprosmat realiza ciclo de palestras na 39ª Exposul

Entre os temas que serão discutidos está Soberania Nacional no setor de sementes

         A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) realiza no próximo dia 12 de agosto, a partir das 14 horas um ciclo de palestras durante a 39ª Exposul em Rondonópolis (213 km de Cuiabá). Durante o evento serão proferidos dois temas ‘Soberania Nacional’ e ‘Nematóides – Desafios Constantes’. A primeira palestra será ministrada pelo presidente da Aprosmat,  Pierre Marie Jean Patriat e em seguida a doutora em nematologia, Neucimara Ribeiro vai falar sobre os cuidados com os nematóides nas lavouras e a atual situação de infestação da praga em Mato Grosso.

Segundo Patriat, as sementes são o maior patrimônio dos agricultores. São a base para a produção agrícola, portanto para toda a alimentação de qualquer nação. Durante dez mil anos, comunidades de agricultores, indígenas e povos tradicionais melhoraram e multiplicaram suas sementes livremente, fazendo da troca de sementes um momento de união e partilha entre povos e nações, e a base da alimentação. Somente nos últimos 40-50 anos é que as sementes se tornaram um grande negócio. De livre intercâmbio passaram a ser privatizadas e, das mãos dos agricultores, portanto dos cidadãos de cada país, passaram para as mãos de poucas empresas multinacionais.

“Estas empresas desenvolveram um tipo de tecnologia transgênica que permite o controle total e absoluto das sementes pelas companhias, fazendo com que os agricultores, e mesmo os grandes produtores, fiquem reféns das transnacionais para poder obter suas sementes. Nosso alimento passará a ser controlado por 4 ou 5 empresas que dominam mais de 60% do mercado mundial comercial de sementes.

Em Mato Grosso, cerca de 80% dos agricultores compram sementes certificadas, o percentual já foi maior, segundo Patriat, mas o índice baixou há três anos quando uma empresa restringiu o uso de uma cultivar que interessava aos produtores por causa da produtividade. “Tentaram tirar a cultivar para lançar transgênicos, como houve redução, os produtores passaram a multiplicar sementes por interesse de produção”.

Estima-se que o prejuízo a obtentora do patrimônio intelectual sobre a cultivar foi em torno de R$ 40 milhões. De acordo com Patriat, utilizar semente ‘salva’ gera uma perda da produtividade em torno de 15%. Ele aponta o modelo europeu como o meio termo para o impasse. No Velho Continente, produtores ‘salvam’ sementes, mas pagam os royalties no valor inferior do que se tivesse comprado novas sacas de sementes para o plantio. “Semente significa segurança alimentar e soberania nacional”, disse.

Outro assunto que será discutido no ciclo é o problema da infestação dos nematóides nas lavouras mato-grossenses. Os nematóides de galhas (Meloidogyne spp.), os nematóides de cisto (Heterodera glycines), os nematóides das lesões radiculares (Pratylenchus  brachyurus) e os nematóides reniforme (Rotylenchulus reniformis) são os que apresentam  maior índice. Em um estudo realizado pela Aprosmat em todas as regiões do Estado, o nematóide Pratylenchus Brachyurus está presente em 96% das amostras analisadas e segundo lugar o Heterodera glycines com 35%.  Neucimara Ribeiro alerta que a época que precede a colheita é uma boa maneira de diagnosticar a infestação dos nematóides. “Com a cultura instalada é melhor de se fazer a análise, por que pode ser mandada a amostra de raiz e solo, pois existem nematóides que se concentram no solo e outros mais na raiz, se for analisado apenas uma das amostras pode ser que o resultado seja mascarado”, explica Ribeiro

         Os problemas com nematóides no Mato Grosso tem aumentado muito nos últimos anos. Até, cerca de seis anos atrás, a principal preocupação do sojicultor mato-grossense era com relação aos nematóides das galha (Meloidogyne spp) e com o nematóide de cisto da soja (Heterodera glycines). Atualmente, o nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) também merece atenção especial, pois está amplamente disseminado no estado e o seu manejo tem sido extremamente complicado.  Neucimara, explica que o nematóide Pratylenchus apesar de ser o mais visto nas plantações não é tão danoso como um nematóide de cisto, porém deve se atentar a ele, pelo fato de seu controle ser muito difícil. “A partir do momento que se tem um Pratylenchus na lavoura, todo o esquema de manejo fica mais complexo”.

         Obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de  melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.

         A Aprosmat oferece todo o suporte técnico para os produtores e profissionais da área. Além de possuir um laboratório para a realização teste de população de nematóides. “Oferecemos treinamento para grupos técnicos com isso o profissional fica habilitado para o reconhecimento sintomas e utilizar a metodologia de coleta de amostras de solo e raiz”, comenta Neucimara Ribeiro. 

Assessoria de Imprensa Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso – Aprosmat  

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo

Cairo Lustoza

Soja brasileira vai registrar novo recorde de área plantada

O plantio de soja do Brasil na safra 2011/12, que começa entre setembro e outubro, poderá sofrer algum efeito no caso de um aprofundamento da crise financeira global, mas isso não deve impedir o país de registrar um novo recorde de área plantada, dizem analistas independentes. O fato de os produtores terem aproveitado os bons preços e acelerado como nunca as vendas antecipadas, travando boa parte dos custos, e de acreditarem que as cotações continuarão em patamares lucrativos – mesmo se houver perdas maiores nos mercados financeiros – são alguns dos argumentos por trás das opiniões dos analistas. Os preços da soja na bolsa de Chicago caíram algo em torno de 2% nesta semana em que os investidores se livraram de ativos considerados de risco.

Para o analista Rodrigo Nunes, da Agência Rural, em Cuiabá (MT), mesmo se os preços da soja acabarem sendo contaminados e sofrerem mais até o início do plantio por conta do agravamento da crise, alguns produtores que deixaram para decidir na última hora sobre alguma área marginal podem mudar de ideia. “Mas o grosso da decisão já está tomada”.

O analista do Cepea/Esalq, da Universidade de São Paulo, Lucílio Alves, afirmou que o produtor não deverá “deixar área parada” em 2011/12, mesmo que os preços caiam um pouco mais, considerando a alta margem de lucro da atividade atualmente. Segundo ele, em julho, a rentabilidade sobre o custo operacional em Mato Grosso era de nada menos que 70%.

Fonte: Brasil Econômico

Falta de infraestrutura prejudica produção rural do país

O 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio ocorre em um momento delicado, declarou nesta segunda-feira (08/08) Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), entidade patrocinadora do evento. Ao abrir os debates do congresso, que neste ano adota o tema Mudanças e Paradigmas, Lovatelli disse que “os olhos do mundo estão voltados para o Brasil” e que o país tem grande responsabilidade na alimentação do enorme contingente humano que já se aproxima dos 7 bilhões. “O agronegócio carece ainda do reconhecimento da sociedade”, acrescentou lembrando a recente votação do Código Florestal que revelou um total desconhecimento da realidade do agronegócio por parte da sociedade.

O governador Geraldo Alckmin, presente na abertura do congresso, disse que São Paulo está se esforçando para melhorar a infraestrutura e a logística em prol do crescimento do setor. Ele citou a melhoria do acesso ao Porto de Santos por meio dos trechos oeste e sul do Rodoanel, a hidrovia Tietê/Paraná e a redução de ICMS sobre bens de capital na produção de bioeletricidade. “Podemos produzir 5,5 mil megawatts, uma Belo Monte em energia limpa”, disse. Outra ação, segundo ele, é a criação, na Fatec de Pompéia, do curso de tecnólogo em mecânica de precisão voltado para o antigo cortador de cana, já que toda a atividade nos canaviais é mecanizada.

Antes de Alckmin, o senador Blairo Maggi reclamou da dependência tecnológica do país na agricultura e na produção de insumos, como fósforo e potássio, e também dos gargalos da infraestrutura que prejudicam a competitividade do agronegócio. O deputado Moreira Mendes, presidente da Comissão Parlamentar da Agricultura na Câmara Federal, criticou o Senado por incluir mais uma comissão, a de Ciência e Tecnologia, para analisar o Código Florestal. “Para mim, isso é protelar a matéria”, afirmou. Já o deputado Duarte Nogueira disse que o agronegócio, apesar de ser o fiel da balança comercial, não tem tido a importância que merece.

Fonte: Globo Rural

Média de exportações sobe 33,5% na primeira semana de agosto

A média diária exportada na primeira semana de agosto (1º a 7), de US$ 1,167 bilhão, foi 33,5% superior à média diária registrada em todo o mês de agosto de 2010 (US$ 874,4 milhões). Segundo dados divulgados há pouco pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por esse critério, houve aumento das exportações nas três categorias de produtos.

As vendas externas de semimanufaturados cresceram 64,5% nessa base de comparação, com destaque para as vendas de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada, couros e peles, celulose, açúcar em bruto e óleo de soja em bruto. Com relação aos básicos, o incremento é de 31,9%, com maior expansão nas exportações de milho em grão, minério de ferro, soja em grão, café em grão, farelo de soja e carne de frango e suína. Nos manufaturados, o crescimento foi de 26,2%, com destaque para os embarques de etanol, hidrocarbonetos, laminados planos, óleos combustíveis, aviões, polímeros plásticos, autopeças e açúcar refinado.

Na comparação com a média diária de julho deste ano (US$ 1,059 bilhão), as exportações tiveram alta de 10,2%, com aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (17%), básicos (8,3%) e manufaturados (10,4%).

Por outro lado, a média importada na primeira semana de agosto, de US$ 956,4 milhões, também foi 24,9% superior ao verificado em agosto do ano passado (US$ 765,6 milhões). Segundo os dados do MDIC, aumentaram os gastos com adubos e fertilizantes (110,4%), aeronaves e partes (106,9%), veículos automóveis e partes (29,6%), combustíveis e lubrificantes (27,1%), siderúrgicos (26,8%), farmacêuticos (25,1%) e plásticos e obras (25%).

Em relação a julho deste ano, quando a média diária importada foi de US$ 910,3 milhões, houve aumento de 5,1%. Houve aumento, principalmente, nas aquisições de aeronaves e partes (85,1%), siderúrgicos (29,7%), farmacêuticos (22,1%), equipamentos mecânicos (18,6%) e veículos automóveis e partes (7,2%).

Na primeira semana de agosto, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,054 bilhão, com exportações de US$ 5,836 bilhões e importações de US$ 4,782 bilhões.

Fonte: Agência Estado

Pressão se confirma e commodities recuam

A esperada pressão dos tremores irradiados dos Estados Unidos e da Europa sobre as cotações das commodities se confirmou e os principais produtos agrícolas negociados nas bolsas de Chicago e Nova York registraram forte queda ontem. Foi o primeiro dia de negociações após o rebaixamento da nota dos papéis da dívida americana pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s.

A fuga dos investidores de ativos considerados de risco e as incertezas em relação ao futuro da demanda global explicam os tombos agrícolas – que em geral foram de 2% a mais de 5%. Durante o dia, o índice Reuters-Jefferies CRB, formado por 19 matérias-primas, inclusive não-agrícolas – o petróleo entre elas -, desceu ao menor nível desde dezembro.

Especificamente no caso dos grãos, transacionados em Chicago e com maior liquidez entre as agrícolas, as previsões de clima favorável às lavouras dos EUA também não ajudaram a conter a sangria, o que reduz os temores inflacionários globais mas prejudica países exportadores de alimentos como os próprios EUA e o Brasil.

Entre os contratos de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) dos principais grãos, os que mais caíram ontem em Chicago foram os do trigo, que também refletem a volta da Rússia ao mercado exportador após a severa estiagem que derrubou a produção do país em meados do ano passado. Os papéis do cereal para dezembro fecharam a US$ 6,9475 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos), em baixa de 28,25 centavos (3,91%).

No caso do milho, a segunda posição (dezembro) recuou 17 centavos de dólar (2,42%), para US$ 6,86 por bushel (25,2 quilos), enquanto no da soja a desvalorização dos contratos para setembro foi de 23,50 centavos (1,77%), para US$ 13,0450 por bushel (27,2 quilos).

Dos três produtos, o único que continua a apresentar valorizações acumuladas em 2011 e nos últimos 12 meses é o milho – 7,78% e 63,33%, respectivamente. A soja ainda ganha no ano-móvel, mas registra perdas desde janeiro, enquanto o trigo já cai em ambas as comparações.

Do ponto de vista da demanda, os analistas ainda tentam medir os efeitos das crises no mundo desenvolvido sobre o emergente; do lado da oferta, as atenções já se voltam para possíveis novos problemas provocados pelo fenômeno La Niña a partir do fim do ano. (Com Dow Jones Newswires e Reuters)

Fonte: Valor Econômico

Estudo confirma recorde na produção de grãos

Estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma o recorde na produção de grãos. A safra 2010/2011 deve chegar a 161,5 milhões de toneladas, de acordo com o 11º levantamento realizado pela companhia e divulgado nesta terça-feira, 9 de agosto, em Brasília. A área cultivada aumentou 4,7%, atingindo 49,6 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,2 milhões de ha a mais que em 2009/10, quando chegou a 47,4 milhões de ha.
A produção terá aumento de 8,2%, ou cerca de 12,3 milhões de toneladas a mais que a safra passada, quando chegou a 149,2 milhões de toneladas. Já em relação ao último levantamento, realizado em julho, a produção baixou 0,3%, ou o equivalente a 516 mil toneladas. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área e foram os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas.
O aumento de área da soja foi de 3%, em relação ao ano passado. Saiu dos 23,47 milhões de hectares para 24,17 milhões de ha, enquanto a produção cresceu 9,6%, subindo para 75,3 milhões de toneladas. A colheita está encerrada.
Já a produção de milho deve atingir 56,34 milhões de toneladas e a área total semeada deve chegar a 13,69 milhões de ha. O milho 2ª safra deve ter uma área de 5,86 milhões de ha – aumento de 11,1% -, com a produção de 20,51 milhões de toneladas. A queda de 1,2 milhão de toneladas do grão “safrinha” em relação ao último levantamento (21,7 milhões de toneladas) se deve à ocorrência de geada em fins de junho, que prejudicou a lavoura nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
O crescimento da área algodão é de 67,5%, chegando a 1,4 milhão de ha. A produção deve ser de 1,95 milhão de toneladas de pluma. Em relação ao último levantamento (2 mi t), há previsão de queda, devido à antecipação do período de estiagem, principalmente na região Centro-Oeste.
A área de feijão deve crescer 7,5%, chegando a 3,88 milhões de hectares. A produção eleva-se em 12,5% e deve alcançar 3,74 milhões de toneladas. A área da 1ª safra é de 1,42 milhão de ha, enquanto a da 2ª safra deve atingir 1,71 milhão de ha. Já para o feijão 3ª safra, ainda a colher, a área chega a 749,50 mil ha, com uma produção de 660 mil toneladas. Já a área de arroz elevou-se em 4,1%, devendo chegar a 2,88 milhões de ha, e a produção aumentou em 17,8%, elevando-se para 13,73 milhões de toneladas.
O trigo deve perder 3,2% da área, chegando a 2,1 milhões de ha, enquanto a produção deve ser de 5,28 milhões de toneladas. A queda na produtividade se deve à ocorrência de geada que atingiu parte da lavoura em estágio vulnerável, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A pesquisa em campo foi realizada pelos técnicos da companhia, no período de 18 a 22 de julho. Foram visitados os representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte. (Da Redação com informações de Raimundo Estevam/Conab)

Estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma o recorde na produção de grãos. A safra 2010/2011 deve chegar a 161,5 milhões de toneladas, de acordo com o 11º levantamento realizado pela companhia e divulgado nesta terça-feira, 9 de agosto, em Brasília. A área cultivada aumentou 4,7%, atingindo 49,6 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,2 milhões de ha a mais que em 2009/10, quando chegou a 47,4 milhões de ha.
A produção terá aumento de 8,2%, ou cerca de 12,3 milhões de toneladas a mais que a safra passada, quando chegou a 149,2 milhões de toneladas. Já em relação ao último levantamento, realizado em julho, a produção baixou 0,3%, ou o equivalente a 516 mil toneladas. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área e foram os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas.O aumento de área da soja foi de 3%, em relação ao ano passado. Saiu dos 23,47 milhões de hectares para 24,17 milhões de ha, enquanto a produção cresceu 9,6%, subindo para 75,3 milhões de toneladas. A colheita está encerrada.Já a produção de milho deve atingir 56,34 milhões de toneladas e a área total semeada deve chegar a 13,69 milhões de ha. O milho 2ª safra deve ter uma área de 5,86 milhões de ha – aumento de 11,1% -, com a produção de 20,51 milhões de toneladas. A queda de 1,2 milhão de toneladas do grão “safrinha” em relação ao último levantamento (21,7 milhões de toneladas) se deve à ocorrência de geada em fins de junho, que prejudicou a lavoura nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Soja e algodão terão melhor desempenho da história. Safra 2010/2011 deve alcançar 161,5 milhões de toneladas com boa influência do clima

O crescimento da área algodão é de 67,5%, chegando a 1,4 milhão de ha. A produção deve ser de 1,95 milhão de toneladas de pluma. Em relação ao último levantamento (2 mi t), há previsão de queda, devido à antecipação do período de estiagem, principalmente na região Centro-Oeste.A área de feijão deve crescer 7,5%, chegando a 3,88 milhões de hectares. A produção eleva-se em 12,5% e deve alcançar 3,74 milhões de toneladas. A área da 1ª safra é de 1,42 milhão de ha, enquanto a da 2ª safra deve atingir 1,71 milhão de ha. Já para o feijão 3ª safra, ainda a colher, a área chega a 749,50 mil ha, com uma produção de 660 mil toneladas. Já a área de arroz elevou-se em 4,1%, devendo chegar a 2,88 milhões de ha, e a produção aumentou em 17,8%, elevando-se para 13,73 milhões de toneladas.O trigo deve perder 3,2% da área, chegando a 2,1 milhões de ha, enquanto a produção deve ser de 5,28 milhões de toneladas. A queda na produtividade se deve à ocorrência de geada que atingiu parte da lavoura em estágio vulnerável, nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.A pesquisa em campo foi realizada pelos técnicos da companhia, no período de 18 a 22 de julho. Foram visitados os representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte. (Da Redação com informações de Raimundo Estevam/Conab)