Presidente da CNA defende medidas que garantam renda ao campo e a inserção de agricultores de classe mais baixa no processo produtivo

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, reuniu-se nesta terça-feira (13/09), em Brasília, com a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e defendeu a adoção de políticas que garantam renda aos produtores rurais

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, reuniu-se nesta terça-feira (13/09), em Brasília, com a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e defendeu a adoção de políticas que garantam renda aos produtores rurais, além da inserção de agricultores de classes mais baixas ao sistema produtivo. “Esses produtores não produzem nada, mas, se forem capacitados, terão condições de produzir sem a necessidade de abrir novas áreas de produção”, afirmou.

De acordo com dados apresentados pela senadora à ministra, dos 5,175 milhões de estabelecimentos rurais do País, 3,645 milhões pertencem às classes D e E, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a partir de informações do Censo Agropecuário 2006 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para a presidente da CNA, a inclusão desses produtores ao sistema produtivo depende da oferta de assistência técnica e da extensão rural, além de outros incentivos. Estatísticas apontam, no entanto, que o volume de recursos para Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) recuou 79,71% na safra 2011/2012 em relação ao ano-agrícola anterior.

A ministra Tereza Campello admitiu a importância da extensão rural e propôs à presidente da CNA uma parceria no processo de qualificação dos técnicos que serão contratados pelo Governo federal e que serão responsáveis por levar assistência técnica aos produtores rurais. A iniciativa faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, que tem como objetivo a distribuição de renda para famílias em situação de extrema pobreza. A presidente da CNA colocou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) à disposição para a parceria.

No encontro, a presidente da CNA citou o projeto SENAR Rondon, cujo objetivo é melhorar as condições das propriedades rurais de regiões pobres, a partir do trabalho desenvolvido por universitários de várias formações acadêmicas, durante 10 dias, no período de férias escolares. As ações são desenvolvidas nas propriedades rurais. Os detalhes do SENAR Rondon, que teve sua terceira edição em julho deste ano, foram apresentados à ministra Tereza Campello pelo secretário-executivo do SENAR, Daniel Carrara. Ele detalhou, ainda, outras ações desenvolvidas pela entidade, como o programa Com Licença, Vou à Luta; Útero é Vida; Inclusão Digital Rural; Negócio Certo Rural e Mãos que Trabalham.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome também pediu auxílio da CNA para mapear cinco regiões pobres que podem, a partir de iniciativas do Governo federal, transformar-se em pólos de produção de determinados produtos agrícolas. Outro pedido de parceria foi em relação ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) do Ministério da Educação.

O secretário das Oportunidades do Governo do Estado do Tocantins, Omar Hennemann, acompanhou o encontro e apresentou dados referentes à extensão rural no Estado. Explicou que os conhecimentos técnicos dos responsáveis pelos serviços de extensão rural estão defasados. Lembrou, também, que a falta de outros profissionais dificulta a execução de importantes programas para o setor, como é o caso da compra direta de alimentos, que tem orçamento de R$ 15 milhões. “Nada foi gasto”, disse. Ao secretário, a ministra Tereza Campello disse que o Governo federal tem se reunido com os Estados para que sejam estabelecidas metas para o desenvolvimento regional.

fonte: Assessoria de Comunicação CNA

Conab realiza leilões de graõs nesta semana

Cerca de 263 mil t de trigo, milho, sisal, arroz e café serão comercializadas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realiza nesta semana leilões para a comercialização de mais de 263 mil toneladas de grãos. As operações serão para venda de trigo, milho, sisal, arroz e café provenientes de Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Hoje (14) serão realizados dois leilões para venda de 67 mil t de trigo do Rio Grande do Sul, previstos nos avisos 364 e 365. Na quinta-feira (15) serão duas operações de venda de milho (avisos 368 e 369). Os grãos são provenientes de Mato Grosso e Goiás e os interessados devem ser cooperativas e/ou produtores de aves, suínos, bovinos (de leite e de corte), indústrias de insumo para ração animal ou alimentação humana à base do grão.

Também será realizado Leilão de Prêmio para o Escoamento (PEP), conforme aviso 372, de mais de 3 mil t de sisal bruto da safra 2011/2012, produzido na Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.  O prêmio será pago ao participante que comprovar o escoamento do sisal beneficiado ou manufaturado, de acordo com a Portaria Interministerial nº 408, para qualquer estado, exceto Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Cerca de 165 mil t de arroz serão comercializados em duas operações. Um leilão de PEP (aviso 373) e outro de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), conforme aviso 374. Os grãos são provenientes dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. O participante do Pepro deverá, obrigatoriamente, comprovar a venda e o escoamento do arroz em casca para os interessados que tenham como atividade principal e estejam em plena atividade: indústrias de beneficiamento ou de transformação e comerciantes.

Na sexta-feira, 16 de setembro, conforme avisos 370 e 371, serão oferecidas 471 t de café ensacado, proveniente dos estoques da Funcafé no Espírito Santo.

Saiba mais:

Prêmio para Escoamento de Produto (PEP): O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento.

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro): O governo concede uma subvenção econômica (prêmio) ao produtor e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o valor de referência estipulado pelo governo federal e o valor do prêmio arrematado em leilão.

Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé): Fundo administrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com recursos destinados ao financiamento do custeio, colheita, estocagem e comercialização de café. Os recursos também são direcionados a linhas especiais, à promoção do café brasileiro nos mercados interno e externo e para apoiar eventos do setor. (Débora Bazeggio)

Valor Bruto da Produção supera R$ 200 bilhões

Algodão, café, uva, milho e soja apresentaram os maiores aumentos reais

O faturamento bruto das 20 principais lavouras do Brasil atingiu a marca de R$ 201 bilhões em 2011. Esse é o maior valor já obtido desde que a série de estimativas começou a ser feita em 1997. Segundo José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, e responsável pelo levantamento, os últimos três anos apresentam um crescimento sem interrupção no faturamento das lavouras. Com isso, os valores de 2011 foram 10,8% maiores que em 2010, quando o VBP chegou a R$ 181,4 bilhões.

Entre as principais lavouras, os maiores aumentos reais no VBP ocorreram no algodão (88,7 %), café (36,2 %), uva (45,7 %), milho (28,9 %) e soja (14,5 %). No caso da cebola, batata inglesa e trigo os resultados da renda em 2011 são inferiores aos do ano de 2010. A cebola, com VBP de R$ 787 milhões, teve redução de 61%; a batata inglesa, com queda de 25,66%, alcançou R$ 2,9 bilhões; e o trigo em grão teve baixa de 20,56%, atingindo faturamento bruto de R$ 2,1 bilhões em 2011. Segundo José Gasques, a redução de valor para esses produtos é resultado de produções mais baixas em relação a 2010 e, principalmente, de elevadas reduções dos preços ao produtor

Faturamento Regional

As estimativas regionais mostram aumentos expressivos do VBP no Nordeste (17,6%) e Centro-Oeste (37,1%) do país. Nas duas regiões os resultados favoráveis se devem ao bom desempenho do milho, da soja e do algodão. No Sudeste e Sul do país, os resultados foram estáveis, com o Sudeste mantendo 1,6% de crescimento e o Sul, 7%. No Norte, há uma tendência de redução do valor.

No Nordeste, em alguns estados como Bahia, que teve crescimento de 16,6%, os resultados favoráveis foram influenciados pelo aumento do VBP do café, da laranja e da banana. No Centro-Oeste, todos os estados apresentaram resultados positivos, com destaque para Mato Grosso, que teve 52% de crescimento no valor da produção.

Saiba mais

Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.

Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano. (Priscilla Oliveira)

Mato Grosso elabora plano para Programa ABC

Oficina de trabalho promovida pelo Ministério da Agricultura incentiva o estado a contribuir com as metas nacionais do programa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento promove até amanhã, 14 de setembro, em Cuiabá (MT), mais uma oficina de trabalho do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

O encontro tem como finalidade subsidiar o estado para elaborar o seu plano de participação no ABC. O objetivo é definir as ações, metas e os responsáveis pela execução das atividades no estado que vão contribuir com as metas de mitigação de gases de efeito estufa estabelecidas pelo Programa ABC para o país.

Segundo a assistente da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, Denise Deckers do Amaral, a primeira oficina, em Goiás, resultou no compromisso com a recuperação de 2,2 milhões de pastos degradados. O Brasil tem 15 milhões de hectares que pretende restaurar até 2020.

O plano estadual deverá ser aprovado por meio de decreto e confirmará a adesão formal dos estados ao Programa ABC. A oficina é ministrada por um consultor especializado na ferramenta de planejamento participativo (método Zopp), contratada pelo ministério, e atua como facilitador na organização da proposta.

Em Cuiabá, 42 representantes da esfera pública, do segmento produtivo e do terceiro setor – selecionados pelo grupo gestor estadual – participam do encontro. Depois de Goiás e de Mato Grosso, a próxima oficina deve ser realizada em Tocantins, no início de outubro.

“As tomada de decisões ficará mais fácil, assim como a definição de custos e as ações que serão necessárias implementar naquele estado. Isso vai reduzir tempo e gastos”, prevê Denise do Amaral.

Saiba mais

A produção sustentável é uma prioridade para o governo federal e, a partir da safra 2011/2012, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) vai incorporar todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental. No total, os projetos de investimento voltados a atividades agropecuárias que permitem a mitigação da emissão de gases de efeito estufa já têm disponibilizados R$ 3,15 bilhões para o ano de 2011 que poderão ser contratados com condições mais facilitadas, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos.

O ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária. Lançado em julho do ano passado, o programa pretende evitar a emissão de 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2 nos próximos dez anos por meio de seis práticas agrícolas sustentáveis: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastos degradados, plantio de florestas, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais. (Marcos Giesteira)

Congresso discute agricultura de precisão

Especialistas discutem em Não-Me-Toque (RS), nesta semana, modelo que traz melhorias na gestão das propriedades

Otimização do uso dos insumos agrícolas, redução dos impactos ambientais, aumento dalucratividade e melhoria na gestão das propriedades são alguns dos impactos da utilização da agricultura de precisão (AP). O conceito, em estudo há cerca de dez anos no Brasil, será tema do Congresso Sul-Americano de Agriculturade Precisão e Máquinas Precisas (APSul), de 12 a 14 de setembro em Não-Me-Toque (RS).

Na programação do congresso estão previstas palestras, oficinas, apresentações de trabalhos técnicos e pesquisas, além da reunião de prestadores de serviço. Participantes de outros países, como Alemanha, Argentina e Paraguai, participarão da discussão do tema.

A agricultura de precisão preconiza o uso racional dos recursos naturais na produção de alimentos e é uma das ferramentas escolhidas pela Coordenação de Acompanhamento e Promoção da Tecnologia Agropecuária (Capta) doMinistério da Agricultura para promover a competitividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Utilizada hoje principalmente em propriedades de cultivos de grãos, a AP pode ser empregada também na produção pecuária.

Das técnicas baseadas em agricultura de precisão, a mais citada é a aplicação de fertilizantes, que passou a ser feita de maneira diferente em cada metro da plantação, de acordo com a necessidade. A diferenciação é possível com a tecnologia de um GPS que registra a necessidade específica do solo e controla a colocação do adubo por computador a bordo da máquina. Essa técnica elimina o excesso ou a falta do fertilizante, que se verificam quando é utilizada a dosagem média para toda a lavoura. “Ele utilizará a mesma quantidade de produto, mas a colheita será muito melhor”, afirma o Coordenador da Capta, Roberto Lorena.

Na pecuária, um dos modelos desenvolvidos para gado leiteiro é o programa “Balde Cheio”. A técnica consiste em utilizar racionalmente os recursos naturais do ambiente e aproveitar o potencial genético de cada animal. O pasto é dividido em vários piquetes e então é determinada uma sequência e um período em que o animal irá permanecer em cada espaço. A alimentação de cada vaca é calculada separadamente “Esta técnica não custa nada e traz um ganho fantástico na alimentação do gado”, aponta Lorena.

Os interessados em participar do Congresso Sul-Americano de Agricultura de Precisão podem acessar o site do APSul no endereço: www.apsulamerica.net/pt/index.htm

Grupo de discussão

O Ministério da Agricultura, no âmbito da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, aprovou a formação de um grupo que abordará agricultura de precisão. O objetivo é promover a disseminação e padronização das técnicas, criar um diagnóstico das potencialidades e desafios, perceber a capacidade produtiva da indústria, e discutir as inovações tecnológicas para diminuição dos impactos ambientais. A intenção é reunir, além dos produtores que já utilizam as técnicas, representantes de vários setores da agropecuária e silvicultura.

Um dos principais desafios do setor é conseguir a participação das instituições de ensino. “A capacitação dos profissionais, principalmente técnicos agrícolas ou operadores de máquinas, é essencial para a disseminação da AP no país”, afirma o coordenador do Capta. Todos os setores que participarão do grupo deverão unir esforços para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira. (Débora Bazeggio)

Fiscalização incentiva sementes certificadas

Ações em conjunto do Ministério da Agricultura e da Abrasem no combate à ilegalidade contribuíram para utilização recorde de sementes aprovadas no país

As ações de fiscalização e o combate intensificado à pirataria na produção e na comercialização estão fazendo crescer a busca e a utilização de sementes certificadas no Brasil. Segundo dados daAssociação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), a taxa de adoção de sementes certificadas alcançou resultados recordes na última safra (2010/2011), principalmente no caso da soja e do milho – os dois principais cultivos agrícolas do país.

Na safra 2010/2011, eles atingiram 64% e 87% de utilização legal, respectivamente, contra 61% e 83% na safra 2008/2009. O milho, assim como o sorgo, alcançou o maior índice de sementes certificadas, comparado às outras culturas produzidas. Na safra 2010/2011, o crescimento da taxa de utilização de sementes certificadas também se concretizou para o algodão, e o índice de adoção, que era 44% em 2008/09, subiu para 51%.

Segundo o coordenador de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Neumar Francelino, o número de autuações, apreensões e de multas aplicadas pelo órgão são o principal motivo da elevação. As sementes mais falsificadas são de soja, milho, trigo, algodão, feijão e arroz.

“O combate à pirataria na produção e na comercialização de sementes tem sido intenso pelo ministério e isso tem trazido resultados positivos. Temos apreendido uma quantidade elevada de produtos, o que obriga o agricultor a recorrer ao sistema formal de comércio de sementes certificadas”, destaca.

De acordo com ele, o uso de sementes piratas aumenta o risco de disseminar pragas (insetos, fungos, vírus, etc) e ervas daninhas e reduz a produtividade da lavoura. A prática também pode trazer um custo mais alto de produção e de uso de outros insumos, além de prejudicar o obtentor e incentivar o contrabando de agrotóxicos.

“Trabalhamos em conjunto com o setor privado para melhorar a qualidade e oferecer segurança. A Abrasem é uma entidade importante nesse processo, pois é ela quem mais contribui para que o ministério identifique e evite o uso de sementes piratas”, ressalta.

Abrasem

Conforme o presidente da Abrasem, Narciso Barison Neto, a semente é um insumo básico para o aumento daprodução e a transferência de renda para o produtor. A entidade mantém uma parceria efetiva e estreita com oministério para a normatização e fiscalização permanente.

Segundo ele, dos 49,5 milhões de hectares da área cultivada de grãos do Brasil, 23 milhões de hectares são cultivados com sementes certificadas. Antes, eram necessários 120 quilos de sementes de soja para o plantio de um hectare. Hoje, são utilizados 50 kg/ha.

“A semente, pela importância no agronegócio, é questão de segurança nacional. Se não cuidarmos das doenças, voltaremos a infestar os nossos campos com pragas e quem paga esse preço não é só o produtor, mas a sociedade toda”, alerta. De acordo com ele, o processo precisa funcionar em cadeia e, mais do que fiscalizar, passa pela educação e conscientização do produtor.

Saiba mais

Semente certificada é aquela produzida dentro do sistema formal com tecnologias adequadas e seguras observando conformidades técnicas e legais sob o controle da fiscalização do Ministério da Agricultura.
A produção, o comércio, a utilização, a exportação, a importação e outras atividades relacionadas a sementes e mudas no Brasil são regidas pela Lei 10.711/2003, que instituiu o Sistema Nacional de Sementes e Mudas, regulamentada pelo Decreto 5.153/2004.
Cabe ao Ministério da Agricultura promover, coordenar, normatizar, supervisionar, auditar e fiscalizar as atividades instituídas na legislação. Em caso de dúvida, o consumidor de sementes deve consultar o site do Ministério daAgricultura, para constatar se o produto está inscrito no Registro Nacional de Cultivares (RNC).

Para tentar coibir a ação da pirataria, o ministério tem o serviço de ouvidoria no qual o denunciante, anonimamente, pode indicar o local e quem detém este tipo de produto pelo telefone             0800 704 1995      .

2008
Número de fiscalizações: 16.055
Valor total de multas aplicadas: R$ 19,3 milhões
Autos de infração: 803
Quantidade de sementes piratas retiradas do mercado: 22,3 mil toneladas
Quantidade de sementes retiradas por baixa qualidade: 981 toneladas

2009
Número de fiscalizações: 21.095
Valor total de multas aplicadas: R$ 17,4 milhões
Autos de infração: 841
Quantidade de sementes piratas retiradas do mercado: 17,3 mil toneladas
Quantidade de sementes retiradas por baixa qualidade: 399 toneladas

2010
Número de fiscalizações: 20.018
Valor total de multas aplicadas: R$ 20 milhões
Autos de infração: 929
Quantidade de sementes piratas retiradas do mercado: 16,8 mil toneladas
Quantidade de sementes retiradas por baixa qualidade: 1,9 mil toneladas

Safra alcança 162,9 milhões de toneladas

Boas condições climáticas na maioria das regiões motivaram produção recorde de grãos

A produção nacional de grãos deve chegar a 162,9 milhões de toneladas, confirmando o recorde durante o ciclo 2010/2011. O volume representa aumento de 9,2% em relação à safra anterior (2009/2010), que registrou 149,2 milhões de toneladas de grãos. O bom desempenho se deve, principalmente, às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras. O resultado faz parte do 12º e último levantamento da safra 2010/2011 divulgado nesta sexta-feira, 9 de setembro. O estudo é elaborado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“O recorde na produção mostra a força da agricultura brasileira e a importância cada vez maior do Brasil como fornecedor mundial de alimentos. Isso confirma nossa contribuição para o combate a forme no Brasil e no mundo e para o enfretamento da crise econômica que atinge vários países”, comemora o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

Em relação ao resultado da pesquisa anterior, divulgado em agosto, houve aumento de 1,42 mil t devido à confirmação da produtividade do milho segunda safra. A alteração no valor total da safra ocorreu por causa da revisãoda área de milho no Nordeste e das áreas de soja sub-irrigada de Tocantins e de Roraima, que tem calendário semelhante ao do hemisfério Norte. Os resultados positivos compensaram a queda do feijão terceira safra e do milho segunda safra na Bahia, que devido às adversidades climáticas, apresentam perdas consideráveis.

A área total cultivada no País está estimada em 49,9 milhões de hectares. A estimativa é 5,3%, ou 2,5 milhões de hectares, superior à safra passada (47,4 milhões de hectares). O Centro-Sul representa 79% da área plantada de grãos. A região obteve crescimento de 3,3% (1,2 milhão de hectares), passando de 38,1 milhões para 39,4 milhões de hectares, em comparação ao ciclo anterior.

O Sul do país detém 44,9% da área total (17,7 milhões de hectares); o Sudeste, 12,2% (4,7 milhões de hectares) e o Centro-Oeste, 42,9% (16,9 milhões de hectares). As regiões Norte/Nordeste respondem por 21% (10,4 milhões de hectares). No Norte/Nordeste, foi registrado aumento de 13,5% (1,24 milhão de hectares) em relação ao ciclo agrícola anterior. Desse total, a região Nordeste plantou 83,59% (8,7 milhões de hectares) e o Norte, 16,41% (1,7 milhão de hectares).

Para a realização do 12º estudo, 69 técnicos da Conab visitaram, entre 22 e 26 de agosto, produtores rurais, agrônomos e técnicos de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos dos principais estados produtores.

fonte: Mapa

Leilões: autorizada entrega antecipada de arroz

Medida é válida para produtores do grão que adquiriram o direito de vender o produto para estoques públicos em leilões de contrato de opção

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento autorizou a antecipação da data de vencimento dos leilões de contratos de opção de arroz (avisos números 182 e 216) realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em junho de 2011. A entrega deveria ser feita no dia 30 de novembro de 2011, mas com a antecipação o produtor pode optar por entregar o produto em 30 de setembro ou 31 de outubro.

“A decisão de antecipar a entrega do arroz é importante para dar sustentação aos preços do produto, que é uma das diretrizes estabelecidas pelo Ministro Mendes Ribeiro”, afirma o secretário-executivo do Ministério da AgriculturaPecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz.

Os leilões 182 e 216 ofertaram um total de 500 mil toneladas para os produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Desse total, 450 mil toneladas foram adquiridas por produtores Rio Grande do Sul e 50 mil toneladas, por agricultores de Santa Catarina, fazendo com que todo o volume fosse arrematado.

Apoio

Desde o início do ano, já foram realizadas diversas ações para aumentar a cotação do grão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em fevereiro, foram anunciadas medidas para a realização de leilões,  para a aquisição direta do grão, (342 mil toneladas) e para o Prêmio para Escoamento de Produto, (1.467 mil toneladas já realizadas). Em março, o governo autorizou a realização de leilões de contratos de opções pública e privada. Até o momento, já foram aplicados R$ 477 milhões em leilões de opção pública, que resultaram no apoio à comercialização de 817,7 mil toneladas.

Nesta sexta-feira, 9 de setembro, será realizado mais um leilão de contrato de opção pública, quando serão ofertadas 125 mil toneladas. Deste total, 110 mil t serão destinadas ao Rio Grande do Sul, 12,5 mil t a Santa Catarina e 2,5 mil t ao Paraná.

Saiba mais

Contrato de opção de venda (opções públicas) – O governo leiloa o direito de o produtor rural (ou sua cooperativa) vender o produto para estoques públicos a preço prefixado.

Contrato privado de opção de venda (opção privada) – O governo concede prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda, a preço pré-determinado, para produtores ou suas cooperativas.

Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP) – busca garantir ao produtor o preço mínimo. O governo paga o prêmio ao comprador que garanta ao produtor pelo menos o preço mínimo e que encaminhe o produto para uma região pré-determinada, de acordo com as necessidades de abastecimento do país.

Safra recorde incentiva investimentos

Bons resultados na produção de grãos reduzem o endividamento dos produtores, que passam a investir mais em novas tecnologias e na renovação de máquinas

O resultado do 12º e último levantamento da safra 2010/2011, divulgado nesta sexta-feira, 9 de setembro, confirmou os bons resultados do setor nas últimas safras. O recorde na produção permitiu que os produtores rurais mantivessem bons desempenhos em termos de valor de produção.

“O ciclo positivo reforça o quadro de redução do endividamento, recuperação de investimentos na atividade, procura de agregação de tecnologia, renovação das máquinas dos tratores das colheitadeiras, busca de tecnologia, maior apetite para fazer investimentos na propriedade, como o uso a linha de crédito do ABC”, explica o secretário-executivo doMinistério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz. O secretário se refere ao programa Agriculturade Baixo Carbono lançado para incentivar a aplicação de técnicas sustentáveis na lavoura.

Em relação ao cenário para safra 2011/2012, Vaz afirmou que as expectativas são também de uma temporada de boa produtividade e produção e que deverá ainda apresentar margens positivas para os produtores, mesmo que os preços fiquem possivelmente abaixo dos que estão sendo praticados em 2011. “A safra que está sendo plantada dará uma contribuição positiva ao setor em termos de abastecimento e também em termos de contenção dos preços aos consumidores”, afirma.

A produção nacional de grãos durante o ciclo 2010/2011 deve chegar a 162,9 milhões de toneladas, confirmando o recorde histórico previsto nas estimativas anteriores. O volume representa aumento de 9,2% em relação à safra anterior (2009/2010), que registrou 149,2 milhões de toneladas de grãos. O bom resultado se deve, principalmente, às condições climáticas favoráveis na maioria das regiões produtoras.

Saiba mais – Programa ABC

A produção sustentável é uma prioridade para o governo federal e, a partir da safra 2011/2012, o Programa Agriculturade Baixo Carbono (ABC) incorporará todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental. No total, os projetos de investimento voltados a atividades agropecuárias que permitem a mitigação daemissão de gases de efeito estufa já tem disponibilizados R$ 3,15 bilhões para o ano de 2011 que poderão ser contratados com condições mais facilitadas, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos.

O ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária. Lançado em julho do ano passado, o programa pretende evitar a emissão de 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2 nos próximos dez anos por meio de seis práticas agrícolas sustentáveis: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastos degradados, plantio de florestas, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.(Priscilla Oliveira)

Matéria relacionada:
Safra alcança 162,9 milhões de toneladas:
http://www.agricultura.gov.br/politica-agricola/noticias/2011/09/safra-alcanca-162-milhoes-de-toneladas

Acesse o boletim com informações detalhadas sobre a safra: http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/11_09_09_08_55_35_boletim_setembro_-_2011..pdf

fonte: Mapa

Presidente e profissionais da Aprosmat participam do Congresso Brasileiro de Sementes

O presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Pierre Patriat, a secretária executiva, Andréia B. Santos, e a gerente técnica de sementes, Dra. Denise Meza Miranda participaram do XVII Congresso Brasileiro de Sementes.

O evento foi realizado entre os dias 15 e 18 de agosto. Dentro da programação tiveram palestras orientadas à cadeia produtiva de sementes. O encontro, dirigido a produtores e demais representantes do segmento.  O congresso foi idealizado pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes, em Natal (RN).Como referência nacional e internacional, o evento teve como objetivo divulgar resultados de pesquisas e as novas práticas para a produção de sementes de alta qualidade.

Com o tema “A Semente no Contexto da Inovação e da Sustentabilidade”, a programação do evento abrangeu palestras, painéis, sessão pôster, além do show room tecnológico com exposição de estandes de empresas renomadas do segmento de sementes, insumos, máquinas e equipamentos, tecnologia e áreas afins.

O pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Assis Henning, abriu a programação técnica com a palestra “Tratamento e Recobrimento de Sementes”, no dia 15 de agosto. Henning é agrônomo e pesquisador e atua nas Áreas de Fitopatologia e de Tecnologia de Sementes da Embrapa Soja.

No dia 16, o professor Mark Bennett da Universidade do Estado de Ohio (Estados Unidos) e o presidente da Sociedade Internacional para Ciência de Sementes, Bill Finch-Savage, que é professor da Universidade de Warwick (Inglaterra), apresentou “As Interações entre a Ciência e a Tecnologia de Sementes, suas Contribuições para o Conhecimento e suas Aplicações para a Indústria de Sementes”.

O presidente do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnológicas Agrícolas, Clive James, abordou o tema “Estado Global do Comércio de Espécies Agrícolas Geneticamente Modificadas e as Perspectivas para o Futuro”. No mesmo dia o Dr. Michael Muschik, secretario executivo da Sociedade Internacional de Análise de Sementes – ISTA,   apresentou o que a ISTA tem a oferecer para as Empresas Brasileiras de Sementes que desejam buscar o mercado internacional, visando ampliar os seus negócios. A ISTA é uma organização que regulamenta a emissão do Certificado Internacional para Exportação de Sementes – Orange Certificate. A ISTA também credencia e audita os laboratórios que atuam na análise e emissão dos certificados para fins de exportação de sementes.

Na quarta-feira, 17 de agosto, ocorreu o painel “Produção de Semente em Sistema Agrícola de Baixo Carbono”, com palestra do pesquisador Júlio César Franchini, também da Embrapa Soja, e de Luiz Albino Bonamigo, da empresa Sementes Adriana, que vai fazer uma apresentação sobre  Milheto e a Contribuição na Reciclagem de Potássio e no Estabelecimento de Cobertura de Solo para Sistema Agrícola de Baixo Carbono.

A programação do Congresso contemplou também o XI Simpósio Brasileiro de Patologia de Sementes com foco na doença “Mofo branco” altamente relevante nos dias atuais para a produção de sementes de diversas espécies no Brasil, e VI Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, cobrindo um dos temas importantes da preservação das espécies nativas através da produção de sementes e políticas públicas para o setor.