Valor da produção agrícola será recorde

Resultado apurado até março mostra que as maiores lavouras do país terão rendimento de R$ 193,2 bilhões em 2011. Centro-Oeste terá aumento de 38% e passa a ser a segunda região do país com maior valor da produção

Estudo do Ministério da Agricultura mostra que o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2011 será recorde. O faturamento das 20 maiores lavouras do país deve chegar a R$ 193,2 bilhões, 7,3% a mais que o registrado no ano passado.  O valor é calculado a partir dos resultados da safra de grãos e preços recebidos pelos produtores.

O desempenho é puxado principalmente pelo valor da produção do algodão que deve crescer 55,4% em 2011, aproximando-se de R$ 5 bilhões. A uva também apresenta aumento expressivo, passando de R$ 3 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Além do algodão e da uva, o VBP do café em grão, do milho e da soja vão contribuir consideravelmente para o resultado. Juntos os três produtos representam quase a metade do VBP deste ano.

“Dos 20 produtos analisados pelo Ministério da Agricultura, 13 terão aumento no valor da produção”, informa o coordenador de Planejamento Estratégico e responsável pelo estudo realizado desde 1997, José Garcia Gasques. “Bons preços e previsão de safra recorde são os fatores que estão influenciando o valor da renda agrícola”, explica Gasques. De acordo com o coordenador, até o fim do ano, a perspectiva é que o VBP possa ser ainda maior, já que os preços permanecem valorizados nos mercados interno e externo.

Cebola, batata-inglesa, cacau, cana-de-açúcar, tomate, trigo e banana são os produtos que devem ter diminuição no valor da produção de 2011.

Dados regionais

As regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste terão valor da produção neste ano superiores ao verificado em 2010. Com VBP previsto de R$ 52 bilhões, o Centro-Oeste passará a ser a segunda região brasileira com maior valor da produção agrícola, ultrapassando o Sul.

Em comparação com o ano passado, o resultado dos estados do centro do país será 38% maior em 2011. O Sul, com ganho de 5,61%, deve alcançar VBP de R$ 50 bilhões, e o Nordeste, com aumento estimado de 11,4%, pode chegar a R$ 20 bilhões. A região Sudeste, apesar da redução de 2,4% no VBP, ainda permanece com o maior valor do Brasil – R$ 53,1 bilhões. 

Entenda melhor

Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços de mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.

Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.

Manejo de plantas daninhas na cultura do milho safrinha ajuda a não infestar na soja

Durante o cultivo do milho safrinha, alguns cuidados devem ser tomados para que plantas espontâneas não se transformem em plantas daninhas, que competem com a cultura pelos recursos do ambiente. Como o nível de infestação durante a safrinha é geralmente menor que na safra principal, em que ocorre grande infestação, devido a ocorrência de temperatura e umidade favoráveis, alguns agricultores fazem um controle deficiente das plantas daninhas na safrinha, ou mesmo optam por não fazê-lo.

Isso pode acarretar competição das plantas daninhas não somente com a cultura do milho safrinha, mas futuramente com a cultura da soja na safra principal. O ideal é que o manejo seja realizado ao longo do ano, de forma contínua e integrada, para que as espécies infestantes não se proliferem, como explica Germani Concenço, pesquisador da área de manejo de plantas espontâneas da Embrapa Agropecuária Oeste – empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Caso o manejo não seja realizado, pode haver perda de produtividade do milho em torno de 10% a 80%.

É necessário ficar atento a um período no desenvolvimento da cultura chamado Período Crítico de Prevenção à Interferência (PCPI), em que a convivência entre as plantas daninhas e as da cultura trazem maior prejuízo à produtividade. Tecnicamente, o período em que a presença de espécies de plantas daninhas na lavoura tem o maior impacto sobre a cultura está compreendido entre 15 – 20 e 45 – 50 dias após a emergência do milho.

Por isso, para que a infestação por plantas daninhas seja menor no PCPI, o agricultor pode utilizar a dessecação química pré-colheita da soja, feita com herbicida de contato, como meio de iniciar a lavoura do milho “no limpo”, ou seja, o primeiro controle das plantas daninhas ocorre antes da semeadura do milho safrinha. É importante frisar que os herbicidas devem ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e nas secretarias de Agricultura.

O ideal é que o produtor faça prevenção e não espere que o nível de ocorrência de plantas infestantes esteja alto e as plantas em estádio mais avançado de crescimento, sendo forçado a utilizar herbicidas mais agressivos e doses mais altas, que afetam não só a planta daninha, mas também provocam toxicidade às plantas da cultura.

Para os produtores que não fizeram o manejo na pré-colheita da soja, também é possível fazer um controle no pré-plantio ou pré-emergência do milho, para iniciar a lavoura limpa. Durante o cultivo, caso ocorra infestação durante o PCPI, o controle químico deve ser planejado de acordo com a espécie daninha presente, nível de infestação e estágio de desenvolvimento da planta daninha e do milho.

“Existem herbicidas que são seguros para o milho somente em certos estágios do crescimento, e mesmo produtos que só podem ser usados em híbridos conhecidamente tolerantes, como é o caso do herbicida nicosulfuron. Os produtos e as doses devem ser específicos para cada situação”, ressalta o pesquisador.

A recomendação é que se utilizem conjuntamente diferentes práticas de manejo de plantas daninhas, evitando depender apenas do controle químico. Os principais são o preventivo, o biológico, o mecânico, o cultural e o químico, que associados impedem a ocorrência pontual de plantas invasoras, diminuem sua proliferação.

Os métodos químicos devem ser utilizados de forma pontual e específica no manejo de espécies que não foram adequadamente suprimidas pela integração dos demais métodos de controle.

A indicação é que o agricultor dê preferência a sistemas conservacionistas, como plantio direto, cobertura morta na entressafra, rotação e consórcios de cultivos e integração lavoura-pecuária, exemplos de manejo cultural. Dessa forma, evita-se a seleção de espécies plantas daninhas que se adaptaram bem a práticas de manejo aplicadas em determinada cultura, e se tornaram dominantes.

O fundamento do manejo cultural é utilizar as características das plantas da cultura e do sistema de cultivo para suprimir a ocorrência de espécies espontâneas. Por exemplo, manter a cobertura no solo ao longo da estação seca reduz muito o desenvolvimento das plantas daninhas e a infestação ao longo do ano, diminuindo dores de cabeça na safra subsequente.

A buva, importante espécie invasora da soja por ser resistente ao herbicida glyphosate, é altamente inibida pela presença de cobertura no solo na entressafra “Milho com braquiária é uma excelente opção de manejo cultural”, diz Concenço. Essa é uma técnica consolidada, desenvolvida pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste Gessi Ceccon.

Manejo com herbicidas

Os produtores devem ficar atentos à tecnologia de aplicação no manejo químico. Dosagem inadequada do herbicida, pontas de pulverização desgastadas, assim como altura da barra e pressão do pulverizador incorretas, causam problemas. A velocidade do vento é outro fator que deve ser observado pelo produtor, que durante a aplicação deve estar entre 2 e 8 km/h. A temperatura do ar recomendada é entre 15ºC e 30ºC, com umidade relativa do ar superior a 60%. “O produtor precisa associar todos esses fatores.”

Fonte: Embrapa

Pesquisadores indicam boas práticas para uso de fertilizantes

Os produtores rurais precisam aliar produção com uso adequado dos fertilizantes. Isso inclui utilizar a quantidade e qualidade certa dos insumos na lavoura, manejar o solo corretamente e fazer uso eficiente dos adubos com respeito ao meio ambiente e às pessoas. Ciente disso é que a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, realizará em parceria com o Instituto Internacional de Nutrição de Plantas (IPNI) o I Simpósio Regional IPNI Brasil sobre Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes.

O objetivo do evento é ajudar o produtor a manter um sistema produtivo adequado, a partir da aplicação de técnicas que podem auxiliar a classe produtora a aumentar a ação dos insumos agrícolas. As palestras do evento focarão o ganho de eficiência desses insumos. “É possível otimizar os recursos, os produtos, as tecnologias que estão aí para contribuir com o produtor que quer plantar e colher de forma sustentável e rentável. Isso é possível, basta que o produtor tenha em mãos as ferramentas e informações corretas”, afirma Eros Francisco, pesquisador da Fundação MT e um dos coordenadores do Simpósio.

Sistema de produção e eficiência agronômica de fertilizantes Otimização na aplicação de fertilizantes e corretivos agrícolas Boas práticas para uso eficiente de fertilizantes para algodão, soja e milho serão algumas das palestras do evento que reunirá especialistas renomados de todo o Brasil. Um livro que agrupa temas do Simpósio e outros assuntos pertinentes, como os nutrientes na agricultura brasileira, as principais culturas brasileiras e as boas práticas para uso eficiente de fertilizantes, estará a disposição dos participantes do evento. A obra é produzida por pesquisadores do IPNI Brasil.

Evento – Sorriso/MT, que é o maior município produtor de soja do Brasil e o com maior área plantada de soja no mundo, foi escolhido para sediar o evento que acontecerá nos dias 19 e 20 de abril no Centro de Eventos Sorriso. As vagas para participar são limitadas. Interessados devem acessar www.ipni.org.br

Fonte: Aprosoja

Comissão de Agricultura discute endividamento rural

O endividamento e a renegociação das dívidas rurais é um assunto que atormenta a vida de milhares de agricultores brasileiros todos os anos. O assunto será tema de um seminário promovido pela a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado nesta sexta-feira, 08/04, a partir das 14h.

O tema foi proposto pelo senador Acir Gurgacz (PDT), presidente da Comissão de Agricultura (CRA). De acordo com o senador, é preciso que o governo e o sistema financeiro adotem medidas mais eficazes na renegociação da dívida do setor rural. “O que tivemos até agora são paliativos que não tocaram na essência da questão, que é o critério de cálculos de atualização do saldo devedor”, frisou o senador.

De acordo com o senador, a MP 432, convertida na Lei nº 11.775, de 17/09/2008, simplesmente fez mais uma rolagem das dívidas agrícolas. “A renegociação da dívida precisa ser revista de uma forma que o agricultor tenha reais condições de pagar”, declarou.

Foram convidados para debater o tema no seminário o secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes o presidente do Banco da Amazônia, Abdias José de Souza Júnior o representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o superintendente do Banco do Nordeste, José Andrade Costa.

Este será o segundo seminário promovido pela Comissão de Agricultura. O primeiro, realizado em teve como tema a regularização fundiária e o ordenamento agropecuário na Amazônia.

Fonte: Aprosoja

Agrishow reserva novidades

A edição da 18ª Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) terá novidades na forma de exposição, segundo informou o gerente geral José Danghesi. O evento acontece de 2 e 6 de maio, em Ribeirão Preto, São Paulo. O objetivo é agrupar expositores de um mesmo setor numa só região da feira, evitando que os visitantes passem pelo local sem ver tudo que precisam. Isso significa que, segundo exemplos dados por Danghesi, as fabricantes de pneus, por exemplo, terão seus produtos expostos apenas de um lado da feira. Já as máquinas, como tratores e colheitadeiras, ficarão mais ao centro da exposição. Neste ano a feira terá 360 mil metros quadrados de área de exposição, 15% maior que no ano passado. De acordo com os organizadores, chegou-se a conclusão que nas edições anteriores os visitantes andavam muito pela feira e, ao final, não conseguia ver todos os produtos expostos. Em 2010, a Agrishow movimentou, segundo a organização, R$ 1,15 bilhão em negócios. Ao todo, foram 142 mil visitantes, 730 empresa participantes de 45 países, sendo 123 estreantes.A expectativa para este ano é superar estes números. A edição deste ano da Agrishow ainda será marcada pela definição da permanência da principal feira do agronegócio do Hemisfério Sul em Ribeirão Preto nos próximos 30 anos. O acordo de cessão da área do Estado aos organizadores da feira será assinado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante o evento. O acordo encerra algumas questões, que incluiu a ameaça da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), acionista majoritária da Agrishow, de levar a feira para São Carlos. Outra novidade para este ano é a venda de ingressos online, feita através do site da feira. A nova forma de comercialização garante ao visitante maior agilidade e comodidade, pois, a partir de agora, com o bilhete em mãos, conseguirá ter acesso direto ao pavilhão, sem a necessidade de enfrentar eventuais filas. Para efetuar a compra, basta acessar o site da feira www.agrishow.com.br. No link ingressos, o visitante terá de realizar seu cadastro, onde deverá constar nome, número de documento e endereço. Em seguida, escolherá as formas de pagamento disponíveis, que podem ser por meio dos cartões de crédito Visa ou Mastercard ou boleto bancário.

 Fonte: A Gazeta

Cooperação internacional leva conhecimento da Embrapa a países africanos

Resultado de articulações entre o Ministério das Relações Exteriores, por meio da ABC (Agência Brasileira de Cooperação), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem oferecendo cursos de capacitação aos países africanos com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. Os eventos, que possuem dois módulos, fazem parte da Plataforma Brasil África de Inovação Tecnológica para Segurança Alimentar. No mês de abril, diversos temas vêm sendo trabalhados: “sistema de produção de milho para a pequena propriedade rural, produção comunitária de sementes de milho e sistema de coleta e conservação de água na propriedade rural” e “cultivo de soja”.

O primeiro módulo, que vem sendo realizado esta semana na Embrapa Estudos e Capacitação (Brasília-DF), tem como tema “agricultura: motor do desenvolvimento econômico e social”. Participam 49 técnicos em agricultura originários de 28 países africanos. E no período de 11 a 15 de abril, a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) sediará a segunda etapa. Pesquisadores, analistas e assistentes apresentarão palestras sobre como cultivar o milho em propriedades familiares e sobre a tecnologia social das barraginhas e do lago de múltiplo uso (veja programação no final da matéria). Todos os técnicos africanos fazem parte de centros de pesquisa agrícola, investigação agrária, institutos de extensão rural e universidades e atuam como pesquisadores, especialistas, coordenadores e supervisores.

Segundo informações da Embrapa Estudos e Capacitação, esta é a segunda etapa do Diálogo Brasil-África em Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, ação coordenada pela ABC. A primeira fase foi realizada em outubro de 2010, com a participação de 42 técnicos procedentes de 24 países africanos. Para participar da capacitação, o interessado deve se cadastrar por meio do site da Agência Brasileira de Cooperação, onde estão disponibilizadas todas as informações sobre o programa. Mais informações e inscrições, clique aqui . Abaixo, veja a programação do curso programado pela Embrapa Milho e Sorgo.

Câmara prevê safra recorde de algodão

A estimativa deve chegar a mais de 2 milhões de toneladas, volume 70% maior em relação ao anterior

 

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados apresentou, nesta quinta-feira, 31 de março, em sua 21ª reunião ordinária, os números previstos para a safra 2010/2011 nos estados. O total do país deve chegar ao recorde de mais de 2 milhões de t, um volume 70% superior ao registrado na colheita anterior (1,2 milhão de t).

Além disso, a área plantada também obteve um grande aumento. De 835 mil ha cultivados em 2009/10, a nova safra alcançou 1,3 milhão de ha, uma área 64% maior. O país é líder em produção de têxteis com base em algodão (no mundo, predominam as fibras sintéticas), e dedicará cerca de 317 mil t de pluma ao mercado interno do total estimado para a produção. Para o comércio exterior, serão comercializadas aproximadamente 700 mil t.

O Mato Grosso é o estado que alcançou os maiores números. Em termos de área, foram 708 mil hectares cultivados, 65% a mais em relação à safra 2009/10. Em seguida, está a Bahia, com 400 mil ha (52% a mais). A estimativa de produção do Mato Grosso chega à metade do total previsto para todo o país, algo próximo de 1 milhão de toneladas. A Bahia vem logo após, com previsão de 627 mil t.

Para evitar grandes oscilações no setor, o coordenador-geral de oleaginosas e fibras da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sávio Pereira, apresentou o bônus ao prêmio pago pelo produtor rural para aquisição de contrato de opção de venda em bolsas de futuros. O programa é uma forma de seguro de preço para os produtores rurais, mas ainda é uma proposta para o setor.

A reunião foi coordenada pelo presidente da Câmara, Sergio de Marco, também presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. A Câmara é um fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura, que reúne representantes dos setores público e privado.

Saiba mais

Bônus ao Prêmio pago pelo Produtor Rural para Aquisição de Contrato de Opção de Venda em Bolsas de Futuros (BCOV) – É o valor máximo, definido pelo Governo Federal e disputado em leilão, que será pago ao arrematante que adquirir contratos de opção de venda em Bolsas de Futuros Nacionais com preço de exercício igual ou superior ao Preço Mínimo acrescido da base. Podem participar produtores rurais e/ou suas cooperativas. O arrematante do leilão de bônus deverá comprovar o escoamento de produção própria em quantidade igual ou superior ao volume negociado nos contratos de opção.

Estoques do governo são fiscalizados

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, iniciou a segunda etapa de fiscalização dos estoques governamentais. Até 16 de abril, os técnicos da Conab da matriz, em Brasília, e das superintendências regionais, nos estados vão fiscalizar mais de 2 milhões de toneladas de produtos. Entre os que apresentam grande volume está o grão de milho, estocado em grandes quantidades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.

Em Mato Grosso está concentrado o maior volume de milho, de cerca de 1,7 milhão de t, seguido de Minas Gerais (223 mil t). Nos demais estados (MS, 98,1 mil t e SC, 64,5 mil t), os estoques não passam de 100 mil toneladas de produtos que vão do milho ao arroz, trigo, feijão e café. Até o fim do ano, mais sete etapas de fiscalização devem ser realizadas, abrangendo todos os estados brasileiros.

Conab negocia 64,3 mil toneladas de milho

Serão realizadas cinco operações de venda direta de estoques públicos dos grãos de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

 

Novos leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão realizados nesta quarta-feira, 6 de abril. A empresa vai comercializar, ao todo, 64,3 mil toneladas de milho, em cinco operações de venda direta de estoques públicos, a fim de regular o abastecimento e o preço do produto.

O milho provém de três estados: 15,7 mil t de Goiás, 43,4 mil t do Mato Grosso e 5,1 mil t do Mato Grosso do Sul.

Poderão participar da venda avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.

Em 2011, já foram realizados 13 leilões, com a comercialização de mais de 1,8 milhão de toneladas de grãos de milho.

Safra de grãos deve chegar a novo recorde

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que previsão da produção do país é de 157,4 milhões de toneladas

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que a produção do país deve alcançar novo recorde e chegar a 157,4 milhões de toneladas. O estudo é realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O volume divulgado pela Conab representa um aumento de 5,5%, ou cerca de 8,2 milhões de t a mais que a safra passada, que foi de 149,2 milhões de t. Comparada ao último levantamento, realizado em março, a produção cresceu 2,1%, o que equivale a 3,2 milhões de t. A área cultivada também aumentou e chegou a 49,2 milhões de ha (1,8 milhão de ha a mais ou 3,9% de acréscimo).

O aumento das áreas de plantio deve-se à ampliação do cultivo do algodão, do feijão (primeira e segunda safras), da soja e do arroz. A boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas também foi responsável por essa evolução. O algodão teve o maior crescimento percentual em área, com 62,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse aumento pode levar a uma produção de 2 milhões de t, o que significa 833,5 mil t a mais em comparação à anterior (1,2 milhão de t).

A área cultivada de feijão deverá crescer 10,3% e chegar a 4 milhões de ha. Comparada à safra passada, a produção eleva-se em 14,5% e pode alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área do 1ª safra é de 1,4 milhão de ha, enquanto que a do 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha.

No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,3%, com o cultivo em 24,2 milhões de ha. A produção cresceu 5,2% e chegou a 72,2 milhões de t. A colheita do grão está em fase final nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Para o arroz, o aumento da área foi de 2,8%, o que equivale a 2,8 milhões de ha. A produção também deve apresentar crescimento de 15,4% em relação à safra passada, com 13,4 milhões de toneladas. Na safra anterior, o total foi de 11,7 milhões de t.

Já a produção de milho deve ser de 55,6 milhões de t, 0,7% a menos que a safra passada (56 milhões de t). A queda teve origem no milho 1ª safra, em menor grau, em função da diminuição da área em 55,5 mil ha, o que levou a 7,8 milhões de ha plantados. Para o milho 2ª safra, a estimativa é semear 5,5 milhões de ha, um aumento de 4,5%, com a produção de 21,7 milhões de t, menos que a da safra passada. A razão é que a semeadura de boa parte da lavoura foi feita fora da época de recomendação técnica.

A pesquisa foi realizada por 68 técnicos, no período de 21 a 25 de março. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.