Decisão sobre royalties chega ao exterior

Decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que mesmo liminarmente (falta apreciação no mérito) suspendeu a cobrança de royalties e indenizações por uso de tecnologia referente às sementes de soja Roundup Ready (RR) e de algodão Bollgard I (BT) está provocando consequências diretas na relação internacional de outros países com o Brasil, já que ao proferir sua sentença, o juiz Elinaldo Veloso Gomes, então juiz substituto de segundo grau, na 4ª Câmara de Direito Público e Coletivo, tornou seu efeito à obrigatoriedade da Lei de Patentes Brasileira em reconhecer as determinações das Leis de Patentes Americanas, como no caso com a Monsanto, respeitando os acordos bilaterais mas dando validade inicial para a legislação do Brasil.

Mais do que o benefício para os agricultores, a decisão da Justiça de Mato Grosso vai mexer com a economia de um modo em geral, pois não havendo incidência de royalties e de indenizações, os custos na produção se reduzirão e os reflexos poderão ser sentidos em outros setores da economia, como a geração de mão de obra. Da soja é produzido o farelo que é utilizado na alimentação de animais, o que interfere diretamente no mercado de carnes consumidas e na produção do leite. “Esta relação afeta diretamente o bolso do consumidor, mas o farelo de soja é utilizado ainda como cola para madeira e adesivos por seu baixo custo. Então não se pode manter uma restrição legal desta natureza, ainda mais depois de 20 anos pagando pela utilização da mesma”, relata o magistrado.

fonte: Jornal A Gazeta

MONSANTO X MT: Pagamento deve aguardar TJ

O vice-presidente Comercial da Monsanto no Brasil, Rodrigo Santos, em entrevista ao Diário, pediu para que os produtores brasileiros, mesmo que tenham recebido o boleto de primeiro vencimento referente aos royalties por uso da soja Roundup Ready (RR) – tecnologia desenvolvida pela multinacional – não façam o pagamento, até que a empresa consiga reverter decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que desobrigou os produtores mato-grossenses deste compromisso.

Uma liminar concedida no dia 8 deste mês garantiu o direito de não pagamento de royalties em Mato Grosso. Alguns dias depois, a direção da multinacional norte-americana decidiu estender, de forma voluntária para todo o país, os efeitos da decisão anteriormente válida apenas para o Estado. “Em respeito aos sojicultores de todo o Brasil, embora a liminar do TJMT se aplique somente a Mato Grosso, a Monsanto voluntariamente suspendeu a cobrança pelo uso da primeira geração da soja RR em todo o país”, argumenta. O VP frisa que a Monsanto está recorrendo dessa decisão liminar para retomar a cobrança dos royalties enquanto o mérito da ação é julgado. “Esperamos que o Tribunal reverta a liminar nas próximas semanas”, acredita.

Os boletos referentes à safra 2012/13 têm vencimentos distintos, entre outubro a janeiro. Questionado, Santos não tratou de possíveis prejuízos à empresa, caso a suspensão, declarada como temporária pela Monsanto, se torne definitiva no entendimento da Justiça. “Temos muita confiança no julgamento do mérito pela Justiça de Mato Grosso”, afirma o VP da Monsanto. Além de deixar de receber pelo uso da RR nesta safra, a ação prevê ainda a devolução de tudo que foi pago no Estado, nos últimos dois anos, montante que pode superar R$ 600 milhões.

Santos frisa que o otimismo da Monsanto está calcado em decisões anteriores da Justiça brasileira “que reconheceram claramente os direitos de propriedade intelectual da Monsanto e permitiram que a empresa cobrasse royalties pelos seus produtos”.

O CASO – No dia 8, o TJMT concedeu liminar favorável à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) proibindo a multinacional norte-americana de cobrar royalties dos produtores mato-grossenses pelo uso da soja RR e ainda impôs a obrigação de restituir, em dobro, tudo que foi pago indevidamente nos últimos dois anos, cerca de R$ 600 milhões, ou, R$ 150 milhões por safra. A ação relacionada às patentes da Monsanto é inédita no Brasil. Os royalties são pagamentos feitos pelos produtores rurais que utilizam tecnologias criadas pela empresa.

O pleito foi baseado em estudo técnico e jurídico encomendado pela Famato e Aprosoja/MT que confirma que o direito de propriedade intelectual relativo às tecnologias RR e Bollgard (BT) – algodão -, de titularidade da Monsanto, venceram em 1° de setembro de 2010, tornando-as de domínio público. Mas como defende a Monsanto, e por isso ela recorreu da decisão liminar, “pela lei brasileira, os direitos de propriedade intelectual são válidos até 2014 e os direitos sobre o algodão BT terminaram em 2011. Por isso, a Monsanto deixou de cobrar pelo uso da tecnologia a partir de 2011”.

NOVA DERROTA – Na tentativa de reverter a ação que contesta a validade das patentes, a multinacional recebeu na última terça-feira uma negativa do desembargador relator José Zuquim Nogueira ao solicitar a reconsideração da decisão do juízo convocado da 4ª Câmara Cível do TJ que concedeu a suspensão dos pagamentos pelo uso das tecnologias BT e RR. “Com isto, a liminar concedida pelo TJMT continua valendo e a empresa não pode emitir os boletos de cobrança”, afirmou o presidente da Famato, Rui Ottoni Prado.

Questionado se a decisão de expandir a suspensão era uma forma de evitar avalanches de processos de outras entidades rurais do Brasil, já que além de liminar desfavorável a Monsanto acumula uma negativa, Santos reforçou o compromisso com os sojicultores brasileiros, mas não deu detalhes do contexto que levou ao posicionamento da multinacional.

Em favor da Monsanto, Santos cita um trecho da nota oficial emitida pela Famato, na qual reconhece “que os investimentos em pesquisa, especialmente em biotecnologia, são fundamentais para a manutenção da competitividade da agricultura brasileira, em especial para a agricultura mato-grossense. São estes investimentos que viabilizam o aumento da produtividade em uma mesma área, reduzem os custos de produção, garantem maior sustentabilidade do sistema produtivo. Diante disto, as entidades ligadas à atividade defendem a manutenção dos investimentos em pesquisa”.

Prado reforça que a Famato continuará com a Ação Coletiva.

fonte: Diário de Cuiabá

Representa da Aprosmat participaram da Reunião da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná

De 13 a 16 de agosto de 2012 a Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM/PR) realizou o tradicional Ciclo realizado em Foz do Iguaçu – PR. Scylla Cézar Peixoto Filho foi o coordenador do evento, designado pelo vice-diretor financeiro da ABRATES, Ademir A. Henning, que é opresidente da CSM/PR. “O Ciclo é regularmente realizado em Foz do Iguaçu. É o mais antigo e tradicional evento de sementes do Brasil”, afirma Henning.

As reuniões foram realizadas no Rafain Palace Hotel & Convention Center. Os ciclos tiveram início em 1975, com o objetivo de dar aos produtores de sementes e seus responsáveis técnicos atualização e treinamento em tecnologia de sementes. “As reuniões visam sempre o aperfeiçoamento do setor sementeiro brasileiro e a melhoria da qualidade da semente e da muda ofertada aos agricultores, com aumento de produtividade agrícola”, complementa Henning.

A diretora executiva da Aprosmat, Andreia B. Santos e o gerente técnico do Laboratório de Sementes da Aprosmat, Suemar Alexandre Gonçalves Avelar participaram do evento representando a entidade.

Lideranças do setor produtivo cobram reestruturação de órgãos estaduais e redução de impostos

Em reunião realizada nesta terça (28) com os deputados estaduais, lideranças do setor produtivo de Mato Grosso apresentaram uma pauta de reivindicações aos parlamentares e solicitaram a intermediação junto ao governo do estado em assuntos que estão travando o setor agropecuário do estado, como, por exemplo, o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de máquinas e implementos agrícolas, a greve dos servidores do Indea e a criação, por parte da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), de um novo licenciamento ambiental para atividade agrícola.

Segundo o presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, os assuntos apresentados aos parlamentares impactam diretamente na atividade agropecuária no estado e já estão trazendo reflexos aos agricultores e pecuaristas. Prado exemplificou o caso do novo Licenciamento Ambiental por Atividade Agrícola, uma proposta apresentada pela Sema que vai exigir que, além dos já tradicionais licenciamentos e cadastros, o produtor retire mais um licenciamento. “Pelos nossos levantamentos o novo licenciamento vai custar R$ 152 mil por atividade. O Código Florestal, que foi recém aprovado, já prevê que o produtor faça o CAR – Cadastro Ambiental Rural, e o gove
rno está burocratizando ainda mais o processo ao criar mais um licenciamento”, ressaltou Rui Prado.
O encontro, realizado no Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa, reuniu quase todos os 24 deputados estaduais. O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, solicitou, mais uma vez, a reativação do Conselho do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). Fávaro relembrou que o compromisso do governo estadual era retomar as reuniões em março de 2012. “Desde então não houve nenhuma reunião. O conselho é fundamental para gerir os recursos arrecadados pelo Fethab. A atividade agropecuária em Mato Grosso é totalmente dependente de infraestrutura de transporte e todos sabemos que a logística é um dos gargalos deste estado”, comentou o Fávaro. O presidente da Aprosoja também relembrou que foi pedido um assento para a entidade no Conselho.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, afirmou que irá apresentar uma emenda de todas as lideranças ao governo do estado vinculando a aplicação do recurso arrecadado do Fethab à exigência da realização de reuniões no conselho do fundo.
O sucateamento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) também foi destacado pelas lideranças agropecuárias presentes na reunião. “Faltam veículos, as unidades regionais estão abandonadas e há falta inclusive de materiais de escritório, combustível, entre outros itens para os servidores desempenharem suas atividades”, relatou Rui Prado.

O Superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, que esteva presente na reunião, falou que o setor agropecuário chegou no limite da sua atuação e que o governo vem passando por dificuldade operacional. “Chegamos a pensar que a questão é a falta de prioridades com o setor”, declarou Luciano. Os servidores do Indea estão paralisados e reivindicam a reestruturação urgente do órgão.
PLATAFORMA DE GESTÃO – Outro assunto apresentado pelas lideranças do setor produtivo foi a implantação em Mato Grosso da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), sistema informatizado que objetiva unificar os dados sobre o trânsito do gado no país e integrar diversos mecanismos de controle, inclusive o sanitário. O sistema foi desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “Queremos pedir ajuda aos deputados para que Mato Grosso adote o PGA. A ideia é que todos os estados saibam antecipadamente qual movimentação de gado, a origem desses animais e o destino deles. Atualmente a gestão dessas informações é estadual, com sistemas informatizados diferentes. Em alguns estados, o processo ainda é manual”, explicou o presidente da Famato, Rui Prado.

Um grupo de deputados aprovou a ideia e vai organizar uma ida à Goiás, estado que se prontificou a fazer uma parceria com Mato Grosso para implantação do PGA, e estudar de que maneira podem viabilizar o sistema no estado.

MT tem safra recorde de milho e “encosta” no maior produtor

Com uma safra recorde de milho este ano, Mato Grosso chega ao fim da colheita do grão com uma produção de 15,6 milhões de toneladas, bem próximo ao maior produtor nacional, o Paraná, que encerrou o ciclo com 17,1 milhões de toneladas.

Segundo dados do Instituto de Economia Agropecuária (Imea), também houve um recorde de produtividade. A média de produção por hectare de milho plantado chega a 104 sacas.

Mato Grosso registra novo recorde da produção de milho e sobe o patamar

Abiove prevê exportação recorde de soja do Brasil em 13/14

De tudo o que foi colhido, a maior parte é destinada à exportação. Aproximadamente 88% do milho produzido no Estado já está vendido para outros países, o que representa 13,7 milhões de toneladas.

Nações como Arábia, Colômbia, Coréia do Sul, Irã e Marrocos destacam-se no acumulado de importação do milho mato-grossense este ano.

O percentual restante do milho, que fica para o mercado interno, soma quase 2 milhões de toneladas e deverá ser todo absorvido, já que, de acordo com os dados do Imea, o consumo interno deverá ultrapassar a marca de 2 milhões de toneladas.

fonte: Agro Olhar

Produtores de Soja aderem a novas tecnologias visando a redução de perdas causadas por nematóides

Uma praga de solo, o Pratylenchus brachyurus, que também é chamado de nematóide das lesões radiculares devido aos sintomas que causam nas raízes da soja, coloca os produtores em alerta em função das perdas que causam nas lavouras. Uma alternativa de sucesso a essa praga tem sido a utilização de híbridos de milho resistentes, que interrompem o ciclo de vida do nematóide, durante a safrinha, conforme orientam instituições de pesquisa ligadas ao setor de sementes.

De acordo com a gerente técnica do Laboratório de Nematologia da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Tânia Silveira Santos, um levantamento realizado em 2010, em áreas de plantio de soja no estado de Mato Grosso, constatou a presença de Pratylenchus em 96% das 411 amostras coletadas. Segundo a pesquisadora, a praga é o principal problema das lavouras de soja na região Centro-Oeste, com áreas infestadas em torno de 30% a 50% em lavouras comerciais no ano de 2011.

“O Pratylenchus brachyurus é uma das mais destacadas pragas da soja e isto está associado às características do nematóide, entre muitas, a ampla distribuição geográfica, a capacidade de parasitar e multiplicar-se em um grande número de plantas hospedeiras. O primeiro passo para um manejo adequado é conhecer a situação real da lavoura, coletando amostras de solo e raízes e enviando para um laboratório especializado para identificação e quantificação dos fitoparasitas presentes. Assim que identificar o problema, deve-se conhecer o nível populacional do nematóide e planejar um manejo que integre diversas praticas culturais e estratégias envolvendo controle físico, rotação/sucessão de culturas e uso de cultivares resistentes ou tolerantes”, explica Silveira.

O produtor Mauro Oliveira, de Nova Ubiratã (MT), conta que a presença da alta população de Pratylenchus vinha causando queda considerável na produtividade da lavoura. Com 600 hectares de área plantada, Oliveira afirma que após o uso da tecnologia Redutor de Pratylenchus presente em um híbrido de milho cultivado na safrinha, em apenas um ciclo a produtividade da soja foi incrementada em mais de 10% se comparada com a mesma área sob palhada de um híbrido multiplicador da praga. “Consegui controlar a população de Pratylenchus e reduzir as perdas na soja com eficiência”, relata o produtor.

O nematologista da Unesp de Jaboticabal, Jaime Maia dos Santos ressalta a importância de se utilizar híbridos de milho com baixo fator de reprodução ao Pratylenchus brachyurus como uma das estratégias de manejo, no entanto o pesquisador chama a atenção para a consistência e segurança dos resultados. “O tema está em evidencia e muitas empresas vem posicionando híbridos de milho com baixo fator de reprodução ao Pratylenchus brachyurus. É preciso que o produtor esteja atento. Trabalho diariamente em nosso laboratório com avalições de híbridos de milho quanto a reação ao Pratylenchus, e o que observamos é que a grande maioria dos materiais cultivados não fortes hospedeiros a praga”. Perguntado sobre quais cultivares ele recomendaria para esse manejo o pesquisador respondeu: “ Temos avaliações ao longo dos anos e locais com o híbrido GNZ 2005 da empresa Geneze Sementes, este material além de ter apresentado baixo fator de reprodução em ambientes controlados e a campo tem sido capaz de promover ganhos perceptíveis na cultura da soja”. O pesquisador completa ainda “essa estabilidade ao longo dos anos e locais até o momento é única, nossa linha de pesquisa mantem-se fortemente na busca de outros materiais”. Outras instituições também avaliaram a reação de híbridos de milho em relação ao nematoide causador de lesões nas raízes da soja. O híbrido citado pelo pesquisador Jaime Maia apresentou resultados satisfatórios em avaliações da Embrapa Soja de Londrina (PR) além da Universidade Federal de Uberlândia e Universidade Federal de Lavras, ambas no estado de Minas Gerais.

O nematoide é imperceptível a olho nú e seus danos podem ser tanto sutis quanto expressivos ao ponto de inviabilizar a colheita. O produtor, Ricardo Prado, do município de Jataí (GO) nos conta que estava colhendo bem a soja, no entanto já percebendo a presença do Pratylenchus brachyurus nas lavouras. Ao se atentar ao manejo com híbrido redutor de Pratylenchus o produtor experimentou a tecnologia. “Colhi 66,4 sc/ha de soja em uma área sob palhada de um híbrido desconheço o fator de reprodução a este nematoide…”, comenta o produtor. Para a região é uma boa produtividade, mas o problema passaria despercebido se não houvesse um comparativo sob a palhada de um híbrido redutor. Assim Ricardo Prado completa, “…já sob a palhada do GNZ 2005 minha produtividade foi de 71,2 sc/ha, 5 sc/ha a mais de soja com o manejo do hibrido”.  Neste caso o Pratylenchus brachyurus estava literalmente roubando do produtor a chance de atingir o máximo potencial produtivo.

Procurado sobre as bases científicas para esse efeito o pesquisador da Geneze Sementes, André Lepre, responsável pela criação do primeiro híbrido de milho comprovadamente Redutor de Pratylenchus nos explica. “Genótipos com essa característica são capazes de expressar, sobre tudo nas raízes, metabolitos secundários capazes de dificultar a mobilidade, multiplicação e sobrevivência do nematoide no tecido da planta. Até mesmo a decomposição da palhada remanescente tem efeito na redução das populações de Pratylenchus no solo. A estratégia de nossa pesquisa foi identificar esses compostos e através de técnicas moleculares fazer o processo inverso de sua síntese chegando aos genes responsáveis por esse controle. Temos um programa bastante avançado nesta linha e já estamos avaliando um leque de outros híbridos com a mesma característica”.

O tema é bastante recente, mas as informações até o momento revelam que apesar das poucas alternativas apresentadas no mercado, os produtores já dispõem de materiais altamente eficazes para esse manejo. As informações de varias instituições de pesquisa e resultados a campo validam de fato a tecnologia Redutor de Pratylenchus e evidenciam nesta característica incremento de produtividade semelhante aos recentes avanços em biotecnologia a exemplo dos transgênicos. O pesquisador Jaime Maia da Unesp de Jaboticabal reforça: ”No atual sistema Soja-Milho Safrinha-Soja, será mandatório integrar as praticas já existentes o manejo com híbrido de milho Redutor de Pratylenchus brachyurus”. De forma geral a orientação, com sucesso, tem sido o cultivo de híbridos com baixo fator de reprodução nas áreas notadamente com altas infestações ou em um percentual da área safrinha ainda com baixos níveis de infestação.  Desta forma o produtor intervém no problema já existente e passa a adotar ação preventiva antes do problema tornar-se evidente. Garante-se assim a sustentação das produtividades da habitual pratica de cultivo de Soja na Safra e Milho na Safrinha.

fonte: Agro Olhar

Com preços nas alturas sojicultor já vendeu quase 60% da safra a ser plantada

Os produtores de soja de Mato Grosso já comercializaram 58,6% da safra 2012/13, que ainda vai ser semeada a partir da segunda quinzena de setembro. O volume é o maior porcentual da história para o período. Em agosto de 2011, por exemplo, 33,1% da soja haviam sido comercializadas.

Essa antecipação visou garantir a compra dos insumos para a safra 2012/13 através da venda antecipada e garantir uma parte do custo operacional.

Além disso, o preço em alta também tem motivado o fechamento de negócios antecipados. A saca de 60 quilos de soja, em Mato Grosso, apresentou valor médio de R$ 70,61 esta semana. A falta de soja no mercado deixa as traiders sem negociação.

O preço médio ponderado de comercialização no mês de agosto foi o mais alto da temporada, R$ 49,90 por saca. Porém, quando se considera a média do total realizado, esse valor cai para R$ 44,47/saca, mostrando que mesmo com os altos preços da oleaginosa nem todo potencial de precificação conseguiu ser aproveitado.

De acordo com o boletim semanal da soja, elaborado pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), os estoques dos produtores da safra 2011/12 já são tidos como encerrados, “estando nas mãos das tradings, que continuam exportando e deixando uma margem para esmagamento até a conclusão de 2012”, pontua o documento.

fonte: Agro Olhar

Aprosmat aponta falta de cultivares precoces em MT

Vice-presidente da Associação dos Produtores de Sementes do Mato Grosso (Aprosmat), Elton Hamer

Produtores de soja do Mato Grosso estão com dificuldade em encontrar certos tipos de variedades de sementes para o plantio desta próxima safra 2012/2013. A procura pela compra começou há meses e mais de 90% das sementes de soja ofertadas no estado já foram comercializadas.
Esta forte demanda por sementes de alta tecnologia se explica pelas cotações da oleaginosa que registram recordes regionais e a atual seca dos Estados Unidos que derrubou a produção de grãos, principalmente do milho.
O vice-presidente da Associação dos Produtores de Sementes do Mato Grosso (Aprosmat), Elton Hamer, explica que com a quebra da safra de milho nos EUA, os produtores brasileiros vêem a oportunidade de investir mais na cultura. Por isso, a procura por cultivares de soja com ciclo precoce cresce, pois como o tempo de maturação da oleaginosa é mais curto, essa permite o plantio segunda safra, ou como conhecido “milho safrinha”.
“Há uma promessa muito boa para próxima safrinha de milho por conta da situação das lavouras norte-americanas. E para isso, os produtores usam variedades com menor ciclo e essa grande procura que causou a falta”, explicou. Os produtores também se deparam com a escassez de cultivares de outras características e a alta nos preços. “Além de cultivares de ciclo curto, estão em falta variedades resistente a nematóides e alta performance. A pouca oferta reflete também no preço, que naturalmente aumenta”, revelou.
A carência de determinadas cultivares faz com que os produtores optem em substituir as sementes por outras. “Os produtores não deixam de plantar. Eles acabam por fazer a substituição por outros tipos de sementes. Como por exemplo, por uma cultivar de ciclo mais tardio, aí pode ser que talvez ele não consiga fazer a segunda safra (milho). Além disso, ele gasta mais com aplicações de fungicida, porque a variedade de ciclo longo fica mais tempo no campo e demora mais a maturar”, comentou.
Segundo Hamer, a falta de determinadas cultivares no mercado de sementes da região centro-oeste, em especial Mato Grosso ocorre todo ano. Por isso os produtores começam a comprar a oleaginosa para plantio quase um ano antes, no período de dezembro, ainda quando se trabalha a safra anterior. Hamer explica que isso acontece porque é difícil estimar a demanda por sementes por fatores como clima e outras eventualidades. “É complicado por que dependendo do clima nem sempre se consegue produzir o tanto que quer. E como é que se estima também que vai haver uma quebra na safra dos EUA?”, conclui.
Projeção safra de soja 2012/2013 – De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgados este mês, o Brasil poderá produzir mais soja do que os Estados Unidos e superar os norte-americanos na produção da oleaginosa pela primeira vez na temporada 2012/2013.
A projeção para safra de soja do Brasil 2012/2013, com plantio a partir de meados de setembro, foi elevada para 81 milhões de toneladas, ante 78 milhões da estimativa de julho, segundo o USDA.
Na safra 2011/2012, cuja colheita está encerrada, o Brasil poderia ter colhido cerca de 80 milhões de toneladas se o clima tivesse colaborado. No entanto, produziu aproximadamente 65 milhões de toneladas de soja.
O recorde histórico de colheita da oleaginosa no Brasil foi registrado em 2010/11, quando o país produziu pouco mais de 75 milhões de toneladas.

Gerente técnico da Aprosmat participa de congresso na Bolívia

O engenheiro agrônomo e mestre, Suimar Alexandre Gonçalves Avelar, gerente técnico do Laboratório de Sementes da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) participou do XXIII Congresso Pan-americano de Sementes.

O evento ocorreu entre os dias 29 a 31 de agosto, foi realizado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. O evento teve como tema “A Segurança Alimentar, Tratamento de Sementes e Propriedade Intelectual”
“Não vi muita diferença do Brasil com outros países, estamos bem avançados e temos que levar em consideração a questão do tamanho do nosso país”, comenta Avelar.
O gerente técnico além de participar do evento, também apresentou seus projetos do doutorado. Apesar do congresso ser mais comercial, ele acredita que muitos conceitos e discussões que compartilhou, pode trazer para o seu campo de trabalho. Ele afirma ainda que a palestra que mais chamou a sua atenção foi a “Mitos e realidade” da Agrobio.
“Em apenas dois meses de trabalho a empresa me incentiva muito a participar de congressos e cursos, eu estou tendo boas oportunidades de me qualificar ainda mais”, afirma o agrônomo sobre o incentivo que a Aprosmat na realização dos cursos.
Segundo Suimar, embora o evento tenha sido realizado no exterior, o mesmo com contou com a grande parte de brasileiros, que foram cerca de 30 brasileiros, grande parte da Universidade de Pelotas, onde concluiu seu mestrado e atualmente, faz seu doutorado.

Aprosmat realiza ciclo de palestras na 40ª Exposul

Entre os temas que serão discutidos está o setor sementeiro no Estado de Mato Grosso e Brasil

A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) realiza no próximo dia nove de agosto, a partir das oito horas um ciclo de palestras durante a 40ª Exposul em Rondonópolis (213 km de Cuiabá). Durante o evento serão proferidos dois temas “O setor sementeiro no Estado de Mato Grosso e Brasil” e ‘Nematóides – Desafios Constantes’. A primeira palestra será ministrada pelo presidente da Aprosmat, Pierre Marie Jean Patriat e pela secretaria executiva, Andrea B. Santos em seguida a gerente técnica do Laboratório de Nematologia, Tânia Silveira vai falar sobre os cuidados com os nematóides nas lavouras e a atual situação de infestação da praga em Mato Grosso.

Segundo Patriat, as sementes são o maior patrimônio dos agricultores. São a base para a produção agrícola, portanto para toda a alimentação de qualquer nação. Durante dez mil anos, comunidades de agricultores, indígenas e povos tradicionais melhoraram e multiplicaram suas sementes livremente, fazendo da troca de sementes um momento de união e partilha entre povos e nações, e a base da alimentação. Somente nos últimos 40-50 anos é que as sementes se tornaram um grande negócio. De livre intercâmbio passaram a ser privatizadas e, das mãos dos agricultores, portanto dos cidadãos de cada país, passaram para as mãos de poucas empresas multinacionais.

“Estas empresas desenvolveram um tipo de tecnologia transgênica que permite o controle total e absoluto das sementes pelas companhias, fazendo com que os agricultores, e mesmo os grandes produtores, fiquem reféns das transnacionais para poder obter suas sementes. Nosso alimento passará a ser controlado por 4 ou 5 empresas que dominam mais de 60% do mercado mundial comercial de sementes.

Em Mato Grosso, cerca de 80% dos agricultores compram sementes certificadas, o percentual já foi maior, segundo Patriat, mas o índice baixou há três anos quando uma empresa restringiu o uso de uma cultivar que interessava aos produtores por causa da produtividade. “Tentaram tirar a cultivar para lançar transgênicos, como houve redução, os produtores passaram a multiplicar sementes por interesse de produção”.

Estima-se que o prejuízo a obtentora do patrimônio intelectual sobre a cultivar foi em torno de R$ 40 milhões. De acordo com Patriat, utilizar semente ‘salva’ gera uma perda da produtividade em torno de 15%. Ele aponta o modelo europeu como o meio termo para o impasse. No Velho Continente, produtores ‘salvam’ sementes, mas pagam os royalties no valor inferior do que se tivesse comprado novas sacas de sementes para o plantio. “Semente significa segurança alimentar e soberania nacional”, disse.

Outro assunto que será discutido no ciclo é o problema da infestação dos nematóides nas lavouras mato-grossenses. Os nematóides de galhas (Meloidogyne spp.), os nematóides de cisto (Heterodera glycines), os nematóides das lesões radiculares (Pratylenchus  brachyurus) e os nematóides reniforme (Rotylenchulus reniformis) são os que apresentam  maior índice. Em um estudo realizado pela Aprosmat em todas as regiões do Estado, o nematóide Pratylenchus Brachyurus está presente em 96% das amostras analisadas e segundo lugar o Heterodera glycines com 35%.  Tânia Silveira alerta que a época que precede a colheita é uma boa maneira de diagnosticar a infestação dos nematóides. “Com a cultura instalada é melhor de se fazer a análise, por que pode ser mandada a amostra de raiz e solo, pois existem nematóides que se concentram no solo e outros mais na raiz, se for analisado apenas uma das amostras pode ser que o resultado seja mascarado”, explica Silveira

Os problemas com nematóides no Mato Grosso tem aumentado muito nos últimos anos. Até, cerca de seis anos atrás, a principal preocupação do sojicultor mato-grossense era com relação aos nematóides das galha (Meloidogyne spp) e com o nematóide de cisto da soja (Heterodera glycines). Atualmente, o nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus) também merece atenção especial, pois está amplamente disseminado no estado e o seu manejo tem sido extremamente complicado. Tânia explica que o nematóide Pratylenchus apesar de ser o mais visto nas plantações não é tão danoso como um nematóide de cisto, porém deve se atentar a ele, pelo fato de seu controle ser muito difícil. “A partir do momento que se tem um Pratylenchus na lavoura, todo o esquema de manejo fica mais complexo”.

Obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de  melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.

A Aprosmat oferece todo o suporte técnico para os produtores e profissionais da área. Além de possuir um laboratório para a realização teste de população de nematóides. “Oferecemos treinamento para grupos técnicos com isso o profissional fica habilitado para o reconhecimento sintomas e utilizar a metodologia de coleta de amostras de solo e raiz”, comenta a gerente técnica.

Assessoria de Imprensa Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso – Aprosmat

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo

Cairo Lustoza