SENAR-MT abre inscrições para o CRESCE MT

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Já estão abertas as inscrições para o CRESCE MT, evento que será realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT) no dia 11 de novembro, no Cenarium Rural em Cuiabá. Com o tema “Educação para um novo tempo”, o CRESCE MT será um dia de palestras que convida os participantes a repensar a educação.
O primeiro lote segue até 28 de outubro e os ingressos custam R$ 60 inteira e R$ 30 meia e podem ser adquiridos pelo endereço: https://www.eventbrite.com.br/e/cresce-mt-tickets-28529720161.
Entre os palestrantes já confirmados, grandes nomes como José Pacheco, Clemente Nóbrega, Celso Antunes, Décio Zylbersztajn e Viviane Mosé, entre outros.
A ideia é tratar dos novos modelos de educação, inovação, novas tecnologias e do futuro da educação. Será um dia inteiro de discussões e troca de informações. Há muitos questionamentos que o SENAR-MT pretende colocar em pauta e fomentar a discussão e a troca de informação. Dentre eles, estão os novos rumos que a educação deve seguir.
Esta é a segunda edição do CRESCEMT. A primeira aconteceu em abril de 2015. O objetivo deste evento é fomentar discussões sobre a importância da educação em todos os setores.
Ao adquirir o ingresso, o participante receberá um voucher que deve ser trocado pelo ingresso na sede do SENAR-MT até o dia 09 de novembro.
O SENAR-MT faz parte de um conjunto de entidades que forma o Sistema Famato. Essas entidades dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais do Estado. É formado ainda pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e pelos 89 Sindicatos Rurais do Estado. O SENAR está nas redes sociais, acompanhe no Facebook, Instagram, Linkedin, Youtube e no nosso Blog.
Programação
07h30 às 08h30 – Credenciamento
08h30 às 09h – Abertura do evento
09h às 11h45 – Painel: A educação pode mudar?
13h às 15h10 – Painel: E o agro, o que tem a ver com isso?
15h10 às 15h50 – Cultura é educação?
15h50 às 16h50 – Painel: E nós o que podemos fazer?
16h50 às 18h30 – Painel: E o Governo, como pode ajudar?
18h30 às 19h – Encerramento
(GCOM – SENAR-MT)

Produtores rurais já contrataram R$ 33,4 bi de crédito para a safra 2016/2017

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Financiamentos para comercialização e investimento foram os que mais cresceram
As contratações do crédito rural da agricultura empresarial na safra 2016/2017, entre julho e setembro, alcançaram R$ 33,4 bilhões. Do total, R$ 20,7 bilhões são para custeio, R$ 7,2 bilhões, para comercialização e R$ 5,6 bilhões, para investimento. Os desembolsos representam 18% dos R$ 183,9 bilhões programados para o ciclo agrícola 2016/17.
A modalidade investimento cresceu 19,1% em comparação ao mesmo período do ano passado, saindo de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,6 bilhões. O crédito para comercialização também teve uma elevação de 17%, saltando de R$ 6,12 bilhões para R$ 7,16 bilhões.
Entretanto, as aplicações em custeio caíram 27,8%, de R$ 28,6 bilhões para R$ 20,6 bilhões. Segundo a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a redução decorreu da antecipação das contratações realizadas nos meses de maio e junho de 2016, da ordem de R$ 10 bilhões, a título de pré-custeio.
Três linhas de financiamento continuam se sobressaindo: Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Isso, de acordo com a SPA, sinaliza a almejada retomada dos investimentos no campo.
A contratação de recursos destinados ao Moderfrota apresentou crescimento da ordem de 127%, chegando a R$ 2,3 bilhões contra R$ 997 milhões da safra passada.
O programa de capitalização de cooperativas agropecuárias também teve bom desempenho. Foram aplicados nesta linha de financiamento R$ 733 milhões, aumento de 106%.
Já os créditos de investimentos do programa de apoio ao médio produtor rural ficaram em R$ 331 milhões, o que corresponde a 62% a mais do que o aplicado no período de julho a setembro de 2015 (R$ 204 milhões)

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As contratações com recursos procedentes da emissão da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) foram de R$ 4,5 bilhões. Deste total, R$ 2,1 bilhões são a juros controlados e R$ 2,4 bilhões a taxas de juros livres.
Confira aqui o estudo sobre o financiamento agropecuário na safra 2016/2017.
Mais informações à imprensa:
Coordenação-geral de comunicação social
Inez De Podestà
imprensa@agricultura.gov.br

Adiada votação de relatório de projeto sobre proteção de cultivares

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) decidiu adiar a votação do relatório da Comissão Especial criada para analisar o novo projeto de lei de proteção de cultivares. A medida foi tomada nesta terça-feira (18), em reunião-almoço da entidade, presidida pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG).
A decisão teve a concordância do relator do projeto de lei 827/2015, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), que considera necessário estender o prazo para contemplar todas as partes interessadas: obtentores, multiplicadores e produtores. E acolher também sugestões de entidades do setor, como a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Para tomar a decisão em favor do adiamento também pesou o fato de o país ainda estar passando por um processo eleitoral e dos feriados que ocorreram e ainda vão ocorrer em novembro. Apesar de já ter sido amplamente debatido, a FPA seguirá promovendo a discussão sobre o assunto a fim de harmonizar os segmentos interessados. O objetivo é, até novembro, construir um texto a ser aprovado na Comissão Especial e, até o final do ano, aprová-lo em Plenário.
O presidente da FPA, deputado Marcos Montes, ressaltou que é preciso buscar uma nova legislação fundamentada num modelo de desenvolvimento científico que privilegie a pesquisa, a livre iniciativa, a segurança jurídica e a eficiência produtiva ao desenvolvimento da agropecuária brasileira a fim de torná-la mais competitiva.

Fonte: FPA

Presidente da Aprosmat recebe homenagem como “Engenheiro Agrônomo do Ano”

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Engenheiro Agrônomo há mais de 30 e mato-grossense de coração desde o inicio dos anos 80, o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Carlos Ernesto Augustin, recebeu o troféu ‘Engenheiro Agrônomo do Ano’. A homenagem foi realizada pela Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Rondonópolis (Aeagro), durante a cerimônia do 31º Jantar dos Agrônomos. O evento se tornou uma tradição e, ao longo desses 31 anos, reúne profissionais para um momento de confraternização pela fundação da entidade e também pelo dia 12 de outubro, data em que se comemora o Dia do Engenheiro Agrônomo.
Carlos Augustin foi um dos fundadores da Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja-MT), da Fundação Mato Grosso e do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA MT). O empresário também ajudou a criar a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (Abrass) e a Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).
Em 2008, foi agraciado com o troféu de 1º lugar em Qualidade de Sementes Monsoy no Brasil e atualmente exerce o cargo de presidente da Aprosmat. “Ser agrônomo não é simplesmente plantar e colher, mas também encontrar saída para os momentos difíceis e, no meu caso, a liderança e a união fizeram a diferença ao logos desses anos, pois quem me acompanhou sabe bem que nada veio fácil e se hoje conseguimos ser o melhor estado em produção agrícola do país é graças a nossa união. Quero agradecer à Aeagro pelo reconhecimento e todos que estiveram ao meu lado trabalhando”, frisou o empresário ao receber a homenagem.

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A trajetória de Augustin foi apresentada em um vídeo que emocionou os presentes. Ao entregar o troféu ao homenageado, o engenheiro agrônomo, Gutemberg Silveira, destacou a importância e esforço de Carlos Augustin na luta em defesa dos interesses do agricultor brasileiro. “Uma homenagem muito justa ao homem que faz a diferença em todo Brasil. Muito responsável e grande colaborador para o crescimento do setor agrícola no país”, destacou o engenheiro.
Durante o evento, a Aprosmat recebeu o Prêmio TVCA de Criação e Vídeo 2016, concedido pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo, na categoria “Melhor Vídeo Institucional veiculado em 2015”, com o vídeo “Sementes ilegais, é crime”. A agência Amarelo Laranja, responsável pela criação, também recebeu o Prêmio, entregue por José Francisco Figueira Neto, executivo de conta e representante da TV Centro América Sul. O publicitário Marcelo Mecena Leite Brito dos Santos recebeu pela agência e o presidente da Aprosmat, Carlos Augustin, pela entidade.
O evento também contou a inauguração da Galeria de Presidentes da Aeagro. Representando os 13 presidentes que compõem a galeria, um dos fundadores e ex-presidente da Aeagro, Valter José Peters, ressaltou a importância do trabalho de todos que passaram pela presidência da associação. “Não vou detalhar o que cada um fez, mas quem acompanhou sabe do esforço de todos, quero agradecer ao atual presidente pela oportunidade de representar meus colegas e prestigiar esse evento mais vez”.
Já o presidente da Aeagro, José Renato Perinete, destacou a importância da Associação e agradeceu aos colaboradores que contribuem para que as ações de desenvolvimento aconteçam. “Uma Associação forte só se constrói com criatividade, espírito coletivo e participação de todos e hoje estamos aqui para agradecer o esforço de nossos colegas e homenagear aqueles que por mérito e trabalho conseguiram se destacar ao longo desses anos”, concluiu o presidente.

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Semeadura em Mato Grosso abre oficialmente a safra 2016/2017 de soja

 

Palestras técnicas e a semeadura simbólica de soja em uma área de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) marcaram a Abertura Oficial do Plantio da Soja Safra 2016/2017 nesta quinta-feira na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). O evento reuniu agricultores, representantes de diferentes instituições do setor produtivo e autoridades.
A semeadura inicial foi feita com três plantadeiras comandadas pelo ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller e pelo presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa.

Na safra que se inicia a expectativa é que o Brasil bata seu recorde de produção de soja, ultrapassando pela primeira vez a barreira das 100 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, caso não haja frustrações de safra em grandes áreas, como ocorreu no ano passado, o país deverá colher 103 milhões de toneladas. Confirmando-se esse número, será um aumento de quase 8% em relação a 2015/2016.
A área plantada prevista para esta safra é de 33,7 milhões de hectares, aumento de 1,3% em relação ao ano anterior.
Em Mato Grosso, a previsão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é de uma colheita de 29,9 milhões de toneladas em uma área semeada de 9,37 milhões de hectares.
Esta foi a segunda vez que a abertura oficial do plantio foi realizada em área de ILPF na Embrapa Agrossilvipastoril. Para o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Austeclínio Lopes de Farias Neto, o evento é uma boa oportunidade para mostrar as potencialidades dos sistemas integrados de produção.
“A gente percebe nas palestras e também nas visitas ao campo a motivação e o interesse das pessoas em relação à ILPF. Mesmo com o esforço feito pela Embrapa em divulgar essas informações, um evento como este é uma oportunidade para que mais pessoas conheçam os benefícios desses sistemas produtivos”, afirma o chefe-geral.

Informação técnica
Além do ato oficial do plantio, o evento contou com dois dias de palestras em um seminário que teve como tema as técnicas de produção para redução de custos. Com palestrantes da Embrapa, de consultorias e de instituições parceiras do evento, foram discutidas questões como gestão da propriedade, controle de plantas daninhas e técnicas de aplicação, desafios da biotecnologia, manejo de doenças, fertilidade de solos, técnicas de rochagem, agricultura fermentativa, avaliação econômica de sistemas ILPF, entrou outras.
O aumento do custo de produção têm sido uma das principais preocupações dos produtores. De acordo com o Imea, o custo do hectare de soja em Mato Grosso será em torno de R$ 3.275, um aumento de 8,5% em relação à safra passada. Isso significa que, com o valor atual do grão será necessário uma produtividade média de 53 hectares para que o produtor obtenha lucro.
“O desafio da produtividade é fundamental para garantir o lucro do produtor. Esta safra será muito desafiadora e o produtor deverá ter especial atenção na condução da lavoura”, avalia o superintendente do Imea, Daniel Latorraca.

Para o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agrossilvipastoril, Eduardo Matos, o aumento dos custos, sobretudo dos gastos com defensivos, reforça a necessidade do bom manejo da lavoura, observando os preceitos do manejo integrado de pragas, por exemplo.

Visita técnica
Paralelamente ao evento de Abertura do Plantio da Safra, foi realizada na quarta-feira, dia 21, uma visita técnica ao campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril.
Durante a atividade os visitantes conheceram as pesquisas em andamento para avaliação de técnicas de recomposição de reserva legal, sobre sistema de integração lavoura-pecuária floresta com foco na pecuária leiteira e sobre sistemas ILPF visando a produção de carne, grãos como soja e milho e madeira.
Além de ver o campo experimental, o grupo pôde conhecer alguns resultados preliminares dos projetos.

Renegociação de dívidas dá fôlego ao produtor para a próxima safra, diz secretário de Política Agrícola

Medida beneficia agricultores com perdas de safra no CO, ES e Matopiba

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nessa quarta-feira (14), a renegociação de dívidas de produtores do Centro-Oeste, Espírito Santo e da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Pará e Bahia). “A medida dá fôlego ao produtor para honrar seus compromissos e obter novos recursos para a próxima safra”, diz o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.

Os produtores vinham apresentando dificuldade em pagar suas dívidas com as instituições financeiras por causa das perdas na safra 2015/2016, provocadas principalmente pela seca. Segundo o secretário, a renegociação atendeu à reivindicação do setor produtivo junto ao governo.

No Espírito Santo, a medida contempla as dívidas de custeio e investimento na cultura do café. Na região do Matopiba, a renegociação vale para todas as culturas, nas duas modalidades de financiamento. No Centro-Oeste, também se destina a todas as lavouras, mas apenas para os débitos de investimento.

A renegociação só pode ser feita nos municípios onde tenha sido decretada situação de emergência ou estado de calamidade pública, por causa de seca ou estiagem, a partir de 1º de janeiro de 2015 no Espírito Santo; e a partir de 1º de outubro do ano passado nos outros estados contemplados.

Campanha da Aprosmat visa orientar sobre cuidados com as sementes de soja no período do carregamento e armazenagem

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A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) promove uma campanha de conscientização quanto aos cuidados necessários para manter a qualidade de sementes de soja no transporte e armazenamento. A campanha tem como público alvo, motoristas e outros profissionais envolvidos na logística de transporte e armazenamento das sementes, pós-saída da sementeira.

O transporte rodoviário por longas distâncias pode resultar em reduções de vigor e de viabilidade das sementes, devido à exposição a condições adversas. Deve-se evitar que a semente seja transportada no mesmo compartimento de carga que contenham substâncias químicas prejudiciais à sua qualidade, como por exemplo, alguns herbicidas. Caso a semente seja transportada em caminhões graneleiros, é importante que elas sejam protegidas por lonas impermeáveis de cor clara e, se possível, que essas lonas tenham algum tipo de isolante térmico.

Segundo o pesquisador da Embrapa Soja de Londrina, Ademir Assis Henning, a semente é um ser vivo e deve ser transportado e mantido em condições especiais. “O grande problema é que alguns profissionais envolvidos no transporte e armazenagem não se atentam que a semente é um ser vivo sensível e que foi produzido com todo cuidado. Produzir semente é uma arte, pois demanda investimento, conhecimento e cuidados minuciosos para garantir a máxima qualidade, que deve ser mantida nas demais etapas pós-colheita, como o beneficiamento, o armazenamento e o transporte. Muitas vezes o agricultor na ânsia de ter disponível uma certa cultivar, acaba se antecipando para retirar esse material da sementeira e armazena em sua propriedade em condições inadequadas. Em situações de ausência de chuvas, as sementes acabam ficando embaixo de lonas, em galpões de zinco, sob temperatura de até 40 graus. Dependendo do período de exposição, a geminação e o vigor das sementes podem ser gravemente prejudicados”, explicou Henning.

Para conservar o poder germinativo e o vigor das sementes é necessário mantê-las em ambiente seco e frio; quanto mais seco e mais frio, dentro de certos limites, maiores as possibilidades de se prolongar a conservação das sementes. No ambiente, a umidade presente no ar pode ser suficiente para provocar o reinício das atividades do embrião, se o oxigênio e a temperatura forem suficientes. A respiração das sementes, aliada à de micro-organismos e de insetos, provoca o aquecimento da massa de sementes, que pode chegar ao ponto de reduzir drasticamente a viabilidade das sementes.

Ainda segundo o pesquisador, o equilíbrio higroscópio entre a umidade relativa do ar e a umidade das sementes permite estimar a possibilidade de boa conservação, desde que se evite a ocorrência de pontos de acumulação de umidade no interior do depósito. Generalizando, quando as sementes estão em equilíbrio com a umidade relativa inferior a 65%, há boas condições para a conservação.

É necessário armazenar as sementes em galpão bem ventilado, sobre estrados de madeira, não empilhar as sacas de sementes contra as paredes do armazém, não armazenar sementes juntamente com adubo, calcário ou agroquímicos, o ambiente de armazenagem deve estar livre de fungos e roedores, dentro do armazém a temperatura não deve ultrapassar 25ºC e a umidade relativa não deve ultrapassar 70%. Se não for possível manter estas condições na propriedade, indica-se que o agricultor somente retire a semente do armazém do seu fornecedor o mais próximo possível da época de semeadura.

A Aprosmat vai distribuir cartazes e folhetos para motoristas com orientações quanto a melhor maneira de acomodar as sementes nos caminhões e quanto às condições de temperatura e local de armazenagem antes da semeadura.

Para o presidente da Aprosmat, Carlos Ernesto Augustin, se os cuidados básicos não forem executados, todo o trabalho realizado da colheita ao beneficiamento da semente, passando pelo controle de qualidade, será perdido no transporte e armazenamento. “Pesquisas mostram resultados do efeito prejudicial do impacto ou manuseio inadequado da semente, isso ocasiona menos tempo de vida. O impacto provoca rachaduras na estrutura que a envolve, assim permitindo a entrada de doenças e queda no vigor”, explicou Augustin.

No plantio da soja clima pode ser ruim no Nordeste e menos ruim ao Sul, prevê pesquisador

No próximo mês, quando os agricultores começarem a plantar as sementes da soja, referente a safra 2016/17, o clima promete contribuir pouco, privilegiando mais a região Sul. Isso acontecerá devido o La Niña, fenômeno que aumenta o frio e também as chuvas, que começou a se desenhar no Brasil, gerando expectativas, mas ganhou neutralidade. A constatação é do professor da Esalq/USP, Paulo Cesar Sentelhas, que vai ministrar palestra durante o Fórum Regional de Máxima Produtividade, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), no dia 14 de setembro, na Cocamar, Maringá.

“Começamos a presenciar o La Niña, com uma frente fria em diversas regiões do país, mas o fenômeno foi enfraquecendo com o passar do tempo. As chuvas estão vindo, mais fracas, mas com regularidade, passando o La Niña por uma neutralidade”, pontua Sentelhas. “Esse cenário é ruim para o Nordeste, que tinha mais expectativa de chuvas. Já ao Sul, onde se esperava menos, teremos mais água, e o clima deverá ser menos ruim”, ressalta.

Para que os agricultores se preparem para a safra que inicia em outubro, Sentelhas contribuirá com uma discussão que relacionará clima e produtividade da soja. “Vamos tratar de uma série de estratégias que podem ser empregadas, como um manejo bem feito, para trabalhar o perfil do solo, tornando a lavoura mais tolerante ao clima, e aumentando sua resiliência nos períodos de seca”, sinaliza o pesquisador, referindo-se ao conteúdo do Fórum Regional do CESB, que acontecerá em Maringá.

Além do pesquisador da Esalq/USP, o coordenador técnico do CESB, Henry Sako, apresentará no Fórum, os desafios enfrentados pelos produtores na última safra, resultados obtidos e práticas utilizadas para se buscar ganho na produtividade.  O evento também contará com a palestra “Manejo Físico do Solo”, com Cássio Tormenta.

Sobre o CESB

O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estrategicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.

Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 17 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Mosaic, TMG, Stoller, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPont, Timac Agro e Plant Defender.

Missão à Ásia já gerou US$ 50 milhões em agronegócios

Segundo ministro Blairo Maggi, setores de destaque são carnes, café, grãos e madeira

A viagem do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a cinco cidades da China e a Seul, na Coreia do Sul, gerou cerca de US$ 50 milhões em negócios nos setores de carnes, café, grãos e madeira. Também abriu caminho para investimentos no Brasil em agroindústria, infraestrutura e logística. Nesta entrevista, em Bangkok, na Tailândia, onde chegou nesta segunda-feira (12), para cumprir mais uma etapa de sua missão à Ásia, o ministro fala das conquistas e impressões da viagem, que ainda incluirá Myanmar, Malásia, Vietnã e Índia.

Até o momento, que balanço o senhor faz da viagem?

Blairo – Antes de começar o roteiro pela Ásia, estive com o presidente Michel Temer na reunião do G20, na China. Ele tratou diretamente com o presidente chinês do aumento da importação dos nossos produtos agropecuários. O presidente Temer voltará ao país no ano que vem e tem trabalhado pelo entendimento. A China tem sido um parceiro estratégico para o Brasil e, neste momento de crise, precisamos contar com os nossos parceiros. É vital que aumentemos nossas exportações, porque isso vai gerar empregos e aumentar a renda dos trabalhadores. Também conversei com empresários chineses que participaram do seminário empresarial Brasil-China, em Xangai, e sinto que eles estão dispostos a investir no Brasil porque o momento é favorável a eles. Na Coreia do Sul, tratei basicamente da questão da carne suína. O governo coreano deve liberar em breve a entrada do produto de Santa Catarina. O vice-ministro da Agricultura me disse que em dois meses o Congresso deverá aprovar a importação e, em seguida, técnicos coreanos irão ao Brasil para a fase final de inspeção sanitária em frigoríficos. Quero que eles passem a comprar nossa carne bovina também. Meu maior argumento junto aos coreanos: vocês compram carnes do Uruguai, eles têm pouco mais de 3,4 milhões de habitantes. O Brasil tem 200 milhões de habitantes. Onde você vai vender mais carros Hyundai, Kia, smartphones, TVs Samsung ou LG? No Uruguai ou no Brasil? Então, abram o mercado para nós. Apenas nessa primeira etapa da viagem à Ásia, fechamos negócios em torno de US$ 50 milhões em carnes, café, grãos e madeira. Além disso, abrimos caminhos para uma série de outras oportunidades, como a atração de investimentos em produção na agroindústria e em infraestrutura e logística.

Por que o senhor aposta no mercado coreano?

Blairo – A Coreia do Sul tem 50 milhões de consumidores, um PIB de US$ 1,5 trilhão e uma renda per capita de US$ 30 mil. Eles precisam comprar alimentos porque são do tamanho de Santa Catarina e não têm mais onde plantar. Além disso, a Coreia é um mercado aberto a produtos mais sofisticados, como, por exemplo, os cafés especiais. Eles têm mais de 60 mil cafeterias espalhadas. Trocaram o chá pelo café. O Brasil vende para um grupo de países que corresponde a 40% do mercado mundial. Podemos aumentar essa clientela.

Qual o papel do senhor nestas negociações?

Blairo – Meu papel como ministro da Agricultura é abrir as portas, facilitar as coisas, para que os empresários do agronegócio brasileiro possam ter acesso aos canais de venda e de negociação. São eles que irão fazer o corpo a corpo, identificar os clientes em potencial, vender. Por exemplo: nesta questão da carne suína, uma vez concluída a negociação com os coreanos, estaremos gerando mais empregos e mais renda em Santa Catarina, que é o que nos interessa. Mas quem vai cuidar de vender carne são os produtores. Em Xangai, fui ao maior mercado de carnes da região ver de perto como as coisas funcionam. Vi que eles compram carne bovina com osso de alguns países, mas não compram dos brasileiros. Esses ossos no Brasil viram farinha, que é vendida no mercado externo a US$ 200 a tonelada. Mas, se exportarmos a carne com osso para China, os produtores vão ganhar US$ 700 por tonelada.

Há preocupação destes países com o que o Brasil faz em relação ao meio ambiente, à produção sustentável?

Blairo – Na China menos do que na Coreia do Sul. Um jornalista coreano, de um grande jornal econômico de Seul, ficou impressionado quando eu disse que nossa legislação prevê que os produtores preservem parte das suas propriedades. O Brasil tem hoje a agricultura mais sustentável do planeta. Tudo que o Brasil preservou em florestas equivale a 16 anos de emissão de carbono pelos Estados Unidos. Esta tem sido a contribuição do Brasil para a sustentabilidade do planeta.

Que diferença fez até agora viajar até os países e conversar diretamente com as autoridades?

Blairo – Muitas vezes a gente imagina que basta conversarmos de governo para governo que as coisas serão encaminhadas. Não é bem assim. A gente começa a entender que existem peculiaridades, questões políticas, que influem direta e indiretamente no processo. Na Coreia, por exemplo, está claro que a resistência deles em liberar a importação de determinados produtos é consequência da pressão de setores que temem a concorrência, como produtores tradicionais. Há ainda questões de política externa envolvendo outros países, como os Estados Unidos, maior vendedor de carne para os coreanos. O Ministério da Indústria, que representa os fabricantes de eletrônicos, quer avançar. Já o da Agricultura é mais lento. Na China, existem questões que podem favorecer o maior ingresso de carne brasileira, como atritos diplomáticos com a Austrália. Nós queremos que os chineses comprem mais produtos processados do Brasil, com maior valor agregado, e comprem mais carne. Temos que estudar quais contrapartidas poderemos dar a eles. A proposta inicial deles é que façamos parte do comércio em reais e yuan, o que é muito complicado e, para viabilizar isso, seria necessária uma engenharia financeira muito sofisticada envolvendo os bancos centrais.

Acordo pode facilitar venda de produtos brasileiros para a China

Proposta foi feita pelo ministro Blairo Maggi, em Cantão, ao chefe de governo da província

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) deu um importante passo na ampliação das relações comerciais entre o Brasil e China, nessa quinta-feira (08). Ele propôs ao chefe de governo da província de Cantão, Ji Jiaqi, um acordo para a criação de um grupo do consulado brasileiro e técnicos dos dois países, a fim de facilitar a entrada de produtos brasileiros na China e vice-versa. O ministro considera estratégica a região do Cantão, que tem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1,7 trilhão. No ano passado, a província movimentou US$ 1 trilhão em comércio exterior.

Ji Jiaqi disse que o Brasil é o segundo maior parceiro comercial do Cantão, atrás apenas dos Estados Unidos. Ele propôs ao ministro Blairo Maggi um aumento da cooperação na área da segurança alimentar, principalmente no que se refere a gestão de riscos. Esta parceria, de acordo com o governo cantonês, por meio de universidades e centros de pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Blairo aceitou e orientou o presidente da Embrapa, Maurício Lopes, presente no encontro, para iniciar as conversas com os chineses.

O ministro – que está em viagem a vários países da Ásia – lembrou que o presidente Temer deverá ir à China no próximo ano, atendendo ao convite do presidente Xi Jinping, feito durante a reunião de cúpula do G20, no último fim-de-semana, em Hangzhou. Uma das questões entre os dois governos é uma mudança nos critérios do governo chinês para a seleção de empresas brasileiras aptas a exportar. “Precisamos rever esta questão, porque muitas empresas do agronegócio estão de fora e, se forem incluídas, poderemos aumentar significativamente a oferta de produtos com preços ainda mais competitivos”, argumentou.

Blairo propôs – e Jiaqi aceitou – a criação de um grupo técnico para discutir esse assunto. O chefe de governo da província chinesa disse que o Cantão tem autonomia para resolver esse tipo de problema, o que poderá facilitar ainda mais o trabalho dos exportadores brasileiros junto ao governo chinês. Blairo convidou Jiaqi para visitar o Brasil.

Após a reunião, o ministro explicou que a pressão de províncias economicamente importantes, como o Cantão, junto ao governo central, é um fator político que pode ajudar a aumentar as vendas externas de produtos agropecuários brasileiros para a China. “As pressões precisam acontecer não apenas em nível presidencial, mas também nos escalões intermediários, porque, além das questões econômicas, temos as políticas”, explicou Blairo.