Rússia e Brasil discutem ampliação do agronegócio

Comitê Agrícola Russo-Brasileiro será fórum para aumentar trocas e países designarão facilitador para contato bilateral

Em missão na Rússia, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, discutiu nesta sexta-feira (3), com o vice-ministro russo da Agricultura, Evgeny Gromyko ampliar a cooperação no setor agrícola. Um dos fóruns sugeridos para estreitar o contato bilateral e discutir problemas da pauta de comércio foi o Comitê Agrícola Russo-brasileiro, que está sendo restabelecido e que se reunirá ordinariamente, em Brasília, na véspera da reunião deste ano da Comissão Russo-brasileira de Alto Nível de Cooperação.

A proposta é promover encontro separado para os representantes dos círculos de negócios dos dois países. Na conversa desta sexta-feira, houve concordância em aumentar a troca de produtos. Além dos trâmites diplomáticos, ficou acertado que serão feitos contatos de governo a governo diretamente por e-mail, sendo designado um facilitador exclusivo de ambas as partes para dar agilidade às demandas recíprocas e ainda o fechamento de uma parceria científica para pesquisas com a Embrapa.

Do lado brasileiro, há interesse em organizar a importação de trigo russo, uma vez que já foram estabelecidas questões de ordem fitossanitárias. Novacki visitará, em Moscou, a Prodexpo, feira internacional do setor de alimentação, a maior da Rússia e do Leste Europeu.

Uma missão russa virá ao Brasil, no próximo mês, a fim de reabilitar frigoríficos que já exportavam para o país. Ficou ainda definida ampliação de vendas do Brasil de lácteos, frangos e suínos e a facilitação para aquisição de fertilizantes russos.

Fonte:MAPA

Fundo gerido pela Aprosmat entrega automóveis e equipamentos para o Indea-MT

O governador Pedro Taques entregou 28 novos veículos, modelo picape Strada, que vão reforçar o trabalho de fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). A entrega foi realizada na última sexta-feira (20), na sede do Instituto. Além de veículos, também foram entregues 150 aparelhos GPS, 150 computadores e 292 no-breaks.
“O setor produtivo do Estado tem trabalhado muito e estamos juntos para fazer com que o Indea possa mostrar que pode conquistar mercados internacionais. Veja a questão da peste suína clássica, que devido ao trabalho do Indea, estamos livres desse mal”, exemplificou o govenador Pedro Taques.
Os veículos vão auxiliar na atividade de fiscalização das rodovias, postos estaduais, barreiras internacionais e na fronteira com a Bolívia. As picapes foram adquiridas com recursos provenientes de convênio entre o Governo de Mato Grosso e o Fundo de Apoio da Cultura da Semente (fundo gerido pela Aprosmat), no valor de R$ 3.267.922,00 milhões.
Elas serão utilizadas nos municípios de: Nova Xavantina, Querência, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Denise, Nova Olímpia, Barra do Garças, Torixoréu, Cáceres, Porto Esperidião, Cuiabá, Rosário Oeste, Juína, Cotriguaçu, Ipiranga do Norte, Nova Mutum, São José do Rio Claro, Sorriso, Matupá, Terra Nova do Norte, Pontes e Lacerda, Sapezal, Alto Araguaia, Campo Verde, Dom Aquino, Confresa, Sinop e Jaciara.
“Estamos há dois anos aparelhando o Indea, e são investimentos que dão melhores condições ao fiscal do instituto na defesa sanitária vegetal e animal. Mato Grosso certifica e dá garantia de seus produtos por meio do Indea, por isso, exportamos para mais de 120 países”, destacou o presidente Guilherme Nolasco.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Ricardo Tomczyk, as parcerias são as principais responsáveis por manter o mercado de defesa sanitária.
“Temos uma defesa sanitária e animal compatível com o Estado. Este potencial só é possível porque o setor privado do agronegócio se organizou por meio da União e de recursos financeiros administrados pelas entidades, que garantem as ações do setor, pois sem isso o campo não sobrevive, não conquista o mercado e não avança”, afirmou Tomczyk.

Fonte: Evelyn Ribeiro | Gcom-MT

Valor da Produção de 2016 fecha em R$ 527,9 bilhões

imagens-aprosmat
Resultado se deveu principalmente à quebra de safra por razões climáticas
O ano de 2016 encerrou com Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 527,9 bilhões, 1,8% abaixo do valor de 2015, que foi de R$ 537,5 bilhões. As lavouras tiveram redução no valor de -1% e a pecuária, de -3,2%. Nas lavouras, houve retração de valor da produção de milho, algodão e tomate. Na pecuária, pesaram mais as carnes bovina e suína e o leite, afetados pelos preços mais baixos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com a análise do coordenador-geral de Estudos e Análises da secretaria do Mapa, José Garcia Gasques, o aspecto mais marcante do ano que encerrou foram as secas que afetaram diversas atividades, especialmente no Cerrado e na região Nordeste. Os levantamentos de safras da Conab indicaram redução da safra de grãos da ordem de 21,1 milhões de toneladas em relação a 2015, e o IBGE registrou queda de produção de 25,7 milhões de toneladas de grãos. Foi a maior quebra de safra que esses órgãos registraram nos últimos 40 anos.
O melhor desempenho do ano foi apresentado por um grupo no qual destacam-se a banana com aumento no VBP de 50,1%, batata-inglesa, 26,1%, café, 20,8%, feijão, 26,2%, trigo, 28,7% e maçã, 13,2%. Na pecuária, os destaques são para a carne de frango, 3% de aumento no VBP, e ovos, 4,8%.
Entre as atividades que tiveram redução do VBP, destacam-se o algodão, – 12,1%, amendoim, – 11,3%, arroz, -9,5%, cacau, – 14,7%, cebola, -11,3%, fumo – 29,1%, laranja, -11,4%, mamona, -41,0%, tomate, -47,9% e uva, -13,4 %. Outros tiveram também redução de valor como o milho e mandioca, porém em grau menor. Na pecuária, reduções ocorreram na carne bovina, -5,6%, carne suína, 10,7% e no leite, 7,8%.
Os dados por Região mostram que o Sul continua liderando o valor da produção, com R$ 155,78 bilhões, seguida pelo Sudeste, R$ 145,61 bilhões, Centro-Oeste, R$ 145,38 bilhões, Nordeste, R$ 42,44 bilhões, e finalmente, Norte, R$ 32, 15 bilhões. Pela primeira vez nestes últimos quatro anos, o faturamento do Sudeste é maior do que o do Centro-Oeste. “Esta alteração de posição ocorreu principalmente pelo bom resultado de Minas Gerais com o café Arábica”, ressalta Gasques.
Os resultados por Unidades da Federação ressaltam perdas acentuadas de faturamento no Piauí, e na Bahia, ambas afetadas pelas secas que atingiram as lavouras de soja, de milho e de algodão.
Previsão para VBP 2017
Para 2017, os primeiros resultados mostram previsão de faturamento de R$ 545 bilhões, refletindo a melhoria de resultado da maior parte das atividades das lavouras e da pecuária. Entre as lavouras há forte crescimento do valor esperado de soja, milho, cana de açúcar, feijão, algodão. As projeções para a pecuária são mais modestas.

Fonte: MAPA

NOTA CONJUNTA DE REPÚDIO

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS), em conjunto com a Associação Goiana dos Produtores de Sementes e Mudas (AGROSEM), a Associação dos Produtores de Sementes dos Estados do MATOPIBA (APROSEM) e a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT), repudia veementemente o samba enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, intitulado “Xingu, o clamor da floresta”, a ser cantado no carnaval deste ano no Rio de Janeiro.

Com alas chamadas “Fazendeiros e Seus Agrotóxicos” e “Pragas e Doenças”, o enredo de 2017 da Imperatriz Leopoldinense vem carregado de desinformação sobre a realidade do agronegócio brasileiro, quando chama-o de “belo monstro” que “rouba as terras dos seus filhos, e acaba com as matas e seca os rios”.

O setor produtivo de semente de soja não pode fechar os olhos para as inverdades que o enredo cita, tendo em vista que o carnaval carioca é uma festa que atrai os olhares do mundo todo. Não se pode defender os índios denegrindo o agronegócio.

É importante ressaltar que o Brasil, entre os principais países produtores agrícolas, é o que mais preserva suas matas nativas. O agronegócio não rouba as terras de seus filhos, pelo contrário, cuida das terras em que produz e garante o alimento de cada dia de toda uma nação.

Aos autores do samba enredo, faltou o conhecimento sobre a importância do agronegócio brasileiro aos olhos do mundo, pois o Brasil, que por muitos anos foi um grande importador de alimentos, hoje é um dos maiores exportadores, campeão mundial de produção de grãos e de proteína animal. Além de apresentar resultados significativos em geração, transferência e adoção de tecnologias e pesquisas.

Apesar da crise econômica que o Brasil vem enfrentando, o agronegócio brasileiro tem assegurado a geração de emprego e renda no País e é responsável por 22% do PIB Nacional. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Valor Bruto da Produção (VBP) da soja, por exemplo, é de R$ 118 bilhões, que representa 32,3% do VBP agrícola. Esse dado representa a evolução do desempenho das lavouras ao longo dos anos e corresponde ao faturamento dentro do abastecimento.

Sobre os agrotóxicos, é importante destacar que, devido ao clima tropical do Brasil, muitas pragas e doenças se desenvolvem. Para garantir a produção e qualidade dos alimentos que chegam ao consumidor final, é preciso fazer um controle defensivo. Sem esse monitoramento, a produção alimentícia pode cair pela metade, o que resultaria na falta de abastecimento das refeições.

As entidades ABRASS, AGROSEM, APROSEM e APROSMAT, em nome de todos os seus associados, não poderiam deixar de se posicionar diante dessa injustiça a este segmento que tem garantido resultados positivos ao Brasil.

Marco Alexandre Bronson e Sousa
Presidente da ABRASS

José Fava Neto
Presidente da AGROSEM

Laerte Baechtold
Presidente da APROSEM

Gilberto Flávio Goellner
Presidente da APROSMAT

Produção de grãos deve registrar recorde de 215 milhões de toneladas

imagens-aprosmat
O aumento esperado de 15,3% se deve a maior produtividade e melhor expectativa em relação ao clima
A estimativa de produção de grãos para a safra 2016/17 é de 215,3 milhões de toneladas, com aumento de 15,3% ou de 28,6 milhões de toneladas em relação a safra anterior de 186,7 milhões toneladas. Os dados são do 4º Levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que foi divulgado nesta terça-feira (10).
O resultado positivo se deve à produtividade média das culturas, em recuperação da influência negativa das condições climáticas da safra passada. A área total também tem previsão de ampliação em 1,3% ou de 745,6 mil hectares, quando comparada à safra anterior, podendo chegar, no total, a 59,1 milhões de hectares.
Para a soja, a projeção é de crescimento de 8,7% na produção, podendo atingir 103,8 milhões de toneladas, com aumento de 8,3 milhões de toneladas. A área é 1,6.% maior. O milho de primeira safra deverá alcançar 28,4 milhões de toneladas, com aumento de 9,9% ou de 2,5 milhões de toneladas frente à safra 2015/16 com ampliação de 3,2 % na área.
O feijão primeira safra deve obter 1,3 milhão de toneladas, resultado 25,7% superior à safra passada, enquanto para o arroz a previsão é de 11,6 milhões de toneladas e aumento de 9,7%. Já o algodão pluma deve crescer 10,1% e chegar a 1,42 milhão de tonelada, apesar da redução de 5,2% na área cultivada. Algodão e arroz tiveram redução de área, devido a substituição pelo cultivo de soja, o que não ocorreu com as demais culturas de primeira safra.
Final da safra de inverno 2016
A produção de trigo cresceu 21,5% acima dos números de 2015 e alcançou 6,7 milhões de toneladas. A cevada teve crescimento de 42,5% na produção, que será de 374,8 mil toneladas graças à recuperação da produtividade. Também a canola e o triticale apresentaram aumento de área e de produtividade. A canola produziu 71,9 mil toneladas e o triticale, 68,1 mil toneladas.
Fonte: Mapa

Mapa suspende registro de 63 fungicidas para controle da ferrugem da soja

Medida foi tomada com base em avaliação de laudos de eficácia e pareceres técnicos
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu a recomendação de uso no Brasil de 63 fungicidas utilizados no controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) na cultura da soja. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (Ato 71), em dezembro de 2016. A decisão prevê a exclusão da recomendação de controle da ferrugem asiática da bula dos produtos listados abaixo em até 90 dias, contados, a partir de 16 de dezembro 2016.
A medida foi pautada na avaliação de laudos de eficácia e pareceres técnicos pela Comissão Técnica de Reavaliação Agronômica de Produtos Formulados de Agrotóxicos para o Controle de Phakopsora pachyrhizina Cultura da Soja. A comissão avaliou, em 2016, os fungicidas com ativos isolados, a partir de laudos de eficácia e pareceres técnicos enviados pelas empresas fabricantes. O trabalho da comissão continua em 2017, com a avaliação de fungicidas formulados em misturas.
De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, essa reavaliação vem sendo feita em razão da redução da sensibilidade do fungo Phakopsora pachyrhizi a alguns fungicidas. Muitos fungicidas registrados tiveram sua eficiência reduzida por adaptação do fungo, embora até o momento não tivessem seu rótulo alterado, podendo induzir o produtor a utilização de produtos com baixa eficiência e perdas de produtividade com essa doença.
Confira os produtos que têm suspensas as recomendações para o controle da ferrugem asiática:
ADANTE registro MAPA n.° 6608, ALTERNE registro MAPA n.° 7609, APICE registro MAPA n.° 4812, ARCADIA registro MAPA n.° 8511, ARRAY 200 EC registro MAPA n.° 6708, ARTEA registro MAPA n.° 200, BAND registro MAPA n.° 7209, BRIO registro MAPA n.° 9009, BUMPER registro MAPA n.° 5209, BURAN registro MAPA n.° 7409, BURGONregistro MAPA n.° 18908, CELEIRO registro MAPA n.° 4905, CONSTANT registro MAPA n.° 9299, EGAN registro MAPA n.° 3409, ELITE registro MAPA n.° 10499, ENVOY registro MAPA n.° 17008, ERRADICUR registro MAPA n.° 4514, EXCOLHA registro MAPA n.° 413, FEGATEX registro MAPA n.° 3001, FLAMA registro MAPA n.° 7111, FLEXIN registro MAPA n.° 5810, FOLICUR 200 EC registro MAPA n.° 2895, GUAPO registro MAPA n.° 8509, ICARUS 250 EC registro MAPA n.° 2507, JUNO registro MAPA n.° 794, JUWEL registro MAPA n.° 9209, KEEP 125 SC registro MAPA n.° 1908, KONAZOL 200 EC registro MAPA n.° 11507, MIRADOR registro MAPA n.° 15616, ORANIS registro MAPA n.° 2006, ORIUS 250 EC registro MAPA n.° 2599, PALISADE registro MAPA n.° 8798, PRIORI registro MAPA n.° 2198, PRIORI TOP registro MAPA n.° 4313, QUADRIS registro MAPA n.° 7915, RIVAL 200 EC registro MAPA n.° 6203, RIVAX registro MAPA n.° 14011, SCORE registro MAPA n.° 2894, SHAR CONAZOL registro MAPA n.° 9912, SHAR-TEB registro MAPA n.° 9812, SIMBOLL 125 SC registro MAPA n.° 11009, SKIP 125 SC registro MAPA n.° 5308, SOPRANO 125 SC registro MAPA n.° 1504, STRATEGO 250 EC registro MAPA n.° 302, SYSTEMIC registro MAPA n.° 7306, SYSTHANE 250 EC registro MAPA n.° 3205, SYSTHANE EC registro MAPA n.° 5594, TACORA 250 EW registro MAPA n.° 4210, TEBUCO NORTOX registro MAPA n.° 11108, TEBUCONAZOL 200 EC AGRIA registro MAPA n.° 8216, TEBUCONAZOLE CCAB 200 EC registro MAPA n.° 9412, TEBUFORT registro MAPA n.° 1710, TEBUHELM registro MAPA n.° 7406, TEBUZOL 200 EC registro MAPA n.° 9509, TENAZ 250 SC registro MAPA n.° 2811, TREASURE registro MAPA n.° 4912, TRIADE registro MAPA n.° 2600, TRIFOLI registro MAPA n.° 4908, TRINITY 250 SC registro MAPA n.° 15508, VERDADERO 600 WG registro MAPA n.° 5003, VIRTUEregistro MAPA n.° 1197, YODA registro MAPA n.° 14814, ZOOM registro MAPA n.° 14907.

Fonte: Mapa

Centro-Oeste lidera produção agrícola brasileira

Região deve produzir 90,6 milhões de toneladas de grãos, de um total estimado em 213 milhões

imagens-aprosmat
O Centro-Oeste deve liderar mais uma vez a produção agrícola brasileira. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a região produzirá 90,6 milhões de toneladas de grãos, de um total de 213 milhões de toneladas projetadas para a safra 2016/2017. A soja e o milho são as principais culturas do Centro-Oeste. Entre os estados, Mato Grosso aparece como maior produtor, com a colheita estimada em 52,7 milhões de toneladas.
Os números do terceiro levantamento da safra da Conab, divulgados em dezembro do ano passado, apontam o Sul como o segundo maior polo agrícola do país, com colheita projetada em 75,2 milhões de toneladas de grãos. O Sudeste ocupa o terceiro lugar no ranking nacional da agricultura, com 22,3 milhões de toneladas de grãos. O Nordeste aparece em quarto, com 16,1 milhões de toneladas, e o Norte, em quinto, com 8,7 milhões de toneladas de grãos.
Da área de 48,8 milhões de hectares prevista para o ciclo 2016/2017, 23,7 milhões de hectares estão no Centro-Oeste. Outros 19,4 milhões de hectares ficam no Sul. O Nordeste aparece em terceiro lugar, com 7,6 milhões de hectares destinados ao cultivo de grãos. No Sudeste, a produção agrícola ocupará 5,6 milhões de hectares, e no Norte, 2,7 milhões de hectares.
Além de MT, outros quatro estados se destacam pela produção agrícola. A colheita no Paraná é estimada em 36,9 milhões de toneladas de grãos e em 31,6 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. A safra em Goiás é projetada em 20,2 milhões de toneladas de grãos e em 16,8 milhões de toneladas em Mato Grosso do Sul.
Na próxima terça-feira (10), a Conab vai divulgar o quarto levantamento da safra 2016/2017.

Fonte: Mapa

Agro+, plano de desburocratização que visa facilitar as atividades do setor

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) termina 2016 com avanços expressivos para o agronegócio brasileiro.  Entre os principais, estão a desburocratização, a abertura e ampliação de mercados, o fortalecimento da política de sanidade agropecuária, a modernização do seguro rural, a expansão das ações de sustentabilidade ambiental e a transparência no diálogo com o setor rural.

No comércio exterior, 2016 possibilitou a conclusão do acordo para abertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira. O ano foi marcado também pelo lançamento do Agro+, plano voltado à desburocratização das normas e dos procedimentos do Ministério da Agricultura, a fim de tornar mais ágil as exportações e reforçar a eficiência no atendimento à cadeia produtiva agropecuária.

“Tivemos a felicidade de fechar o acordo para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos, durante reunião em Washington, no final de julho”, lembra o ministro Blairo Maggi.  A conclusão da negociação, que já durava 17 anos, foi oficializada em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e da embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde.

Durante a solenidade, no início de agosto, houve troca das Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles de Carne Bovina, por meio das quais os dois países liberaram o comércio do produto. Com isso, tanto o Brasil pode vender carne in natura para os norte-americanos quanto eles podem exportar o produto para cá. Neste segundo semestre, frigoríficos brasileiros já fizeram embarques para aquele mercado.

Conquista de mercados

De acordo com Maggi, a conclusão do acordo com os EUA – maiores produtores e consumidores mundiais de carne bovina in natura – não representa apenas o reconhecimento da qualidade e da segurança sanitária do produto brasileiro. Serve ainda, segundo o ministro, como uma espécie de passaporte para abrir outros mercados, porque os EUA são um dos mais exigentes compradores de carne bovina in natura do mundo.

Em busca de novos mercados e da ampliação daqueles que já são clientes do agronegócio brasileiro, o Mapa promoveu 22 missões de alto nível à Europa, ao Oriente Médio e ao Sudeste Asiático. A maior delas, no segundo semestre, incluiu China, Índia, Coreia do Sul, Myanmar, Malásia, Tailândia, Vietnã e Dubai. Outras importantes negociações foram feitas durante visitas à Itália, Rússia, Inglaterra, Suíça, Armênia, a Israel e ao Japão.

Além do comércio de produtos como carnes bovina, de aves e suína, lácteos, gado vivo, material genético, frutas e matéria-prima para ração, as missões tiveram como objetivo atrair investimentos e estabelecer cooperação científica.  Somente com a Índia, o Mapa garantiu US$ 400 milhões para a instalação de uma fábrica de agroquímicos no Brasil e US$ 100 mil para pesquisa com leguminosas (lentilhas e grão de bico), por meio de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

As missões fazem parte da estratégia do Mapa de elevar de 6,9% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola mundial em cinco anos. Para tanto, o país quer expandir a base exportadora com a diversificação de produtos e de mercados e aumentar os embarques de mercadorias de maior valor agregado. De janeiro a novembro deste ano, as exportações agrícolas brasileiras somaram US$ 66,7 bilhões. Do total, 71,9% corresponderam a vendas dos complexos soja e sucroalcooleiro e carnes.

Competitividade e sanidade

A conquista e manutenção de mercados exige que o país esteja preparado para atendê-los não só com excedentes exportáveis, mas também com um sistema que permita ao setor agrícola escoar a produção de forma rápi da, ganhando, assim, mais competitividade no cenário global. Para remover a burocracia, o Mapa lançou em agosto deste ano o Agro+, coordenado pelo secretário-executivo Eumar Novacki. O plano visa a solucionar cerca de 280 demandas apresentadas por uma centena de entidades representativas do agronegócio.

Até agora, o Mapa resolveu ou encaminhou cerca de 120 demandas. Entre elas, estão revogação, ajustes ou edição de atos normativos, atualização de sistemas informatizados e capacitação de pessoal. Também foi criada, por meio do Agro+, uma força-tarefa para rever o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária Animal (Riispoa), regimento originário da década de 1950, cuja publicação atualizada deve ocorrer nos primeiros meses de 2017. Além disso, foi enviada à Casa Civil da Presidência da República anteprojeto de lei alterando o Decreto-Lei nº 24.114 (Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal), datado de 12 de abril de 1934.

Estimativas do setor produtivo indicam que o Agro+ deve resultar em economia de R$ 1 bilhão por ano ao agronegócio brasileiro. O governo federal está incentivando os estados a terem versões do plano. O Rio Grande do Sul criou recentemente o Agro+ RS e outras cinco unidades da Federação já anunciaram o lançamento de planos semelhantes para os primeiros meses de 2017. Mato Grosso, um dos principais polos agrícolas do país, está entre os estados que terão o Agro+ regional.

Na área de defesa agropecuária, foram destinados R$ 27 milhões para convênios com 17 estados e com o Distrito Federal. Os primeiros beneficiados foram Mato Grosso, Santa Catarina, Tocantins, Acre, Mato Grosso do Sul e DF, que receberam, juntos, R$ 14,3 milhões. Outros R$ 13 milhões foram reservados para Goiás, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Alagoas, Amazonas, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Rondônia.

Ainda no setor de defesa agropecuária, o Mapa repassou, pela primeira vez, recursos para o controle das moscas das frutas. Receberam verba Pernambuco, Amapá, Roraima e Bahia. O Mapa destinou R$ 2,68 milhões para o programa sanitário neste ano. Houve ainda aprovação inédita de 240 pedidos de registro de defensivos agrícolas e de medicamentos veterinários. O recorde anterior foi a aprovação de 204 produtos.

Apoio ao produtor rural

Outra ação importante foi o fortalecimento do Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Cooperativismo e Associativismo Rural (Pisacoop), que dissemina tecnologias de produção sustentáveis e de gestão da propriedade rural e incentiva a adoção de mecanismos de cooperação para organização dos produtores. O objetivo do Pisacoop é estimular o desenvolvimento socioeconômico por meio do cooperativismo, gerando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida dos agricultores.

O Mapa também destinou neste ano R$ 8 milhões para aquisição de kits de irrigação para oito estados do Nordeste. Essa medida de apoio ao pequeno e médio produtor rural beneficia 12 mil famílias, que podem ampliar o uso de água, por meio da irrigação, na atividade agrícola.

O ministro Maggi também enfatizou a importância do apoio ao agricultor por meio do Plano Agrícola e Pecuário. No ciclo 2016/2017, os recursos destinados para custeio, comercialização e investimento somaram R$ 183,1 bilhões. Além disso, o governo destinou R$ 400 milhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O pagamento da subvenção beneficiou cerca de 75 mil produtores rurais e permitiu a cobertura para 5,5 milhões de hectares, cifras 80% superiores às alcançadas em 2015, com destaque para soja, milho 2ª safra, trigo, maçã e uva.

“O apoio à produção é fundamental para o Brasil ser hoje um dos principais polos agrícolas do mundo”, assinalou Maggi. “Graças a isso, conseguimos colher em 2016, ano em que os agricultores enfrentaram sérias adversidades climáticas, 186,6 milhões de toneladas de grãos. Se n ão houvesse apoio ao setor, o resultado seria muito ruim”, completou. A expectativa para 2017 é que a produção brasileira de grãos chegue a 213,1 milhões de toneladas em uma área plantada de 59,2 milhões de hectares.

Sustentabilidade ambiental

A produção brasileira de grãos cresce baseada em ganhos de produtividade. Ou seja, sem avanços expressivos da área plantada, o que é um dos indicadores da preocupação com a sustentabilidade ambiental, como o país tem demonstrado em fóruns internacionais como a COP22, a Conferência de Clima, no Marrocos, e a COP13, Conferência da Biodiversidade, no México.

Na COP13, Maggi e o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, anunciaram a adesão do governo brasileiro ao Desafio de Bonn (“Bonn Challenge”) e à Iniciativa 20×20. Com isso, o Brasil declarou intenção de restaurar, reflorestar e promover a recuperação natural de 12 milhões de hectares de florestas até 2030. Com as ações desenvolvidas em 2016, o Mapa buscou consolidar ainda mais no cenário internacional a imagem do país como fornecedor de alimentos seguros e de alta qualidade, produzidos de forma sustentável.