Cooperação internacional leva conhecimento da Embrapa a países africanos

Resultado de articulações entre o Ministério das Relações Exteriores, por meio da ABC (Agência Brasileira de Cooperação), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem oferecendo cursos de capacitação aos países africanos com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. Os eventos, que possuem dois módulos, fazem parte da Plataforma Brasil África de Inovação Tecnológica para Segurança Alimentar. No mês de abril, diversos temas vêm sendo trabalhados: “sistema de produção de milho para a pequena propriedade rural, produção comunitária de sementes de milho e sistema de coleta e conservação de água na propriedade rural” e “cultivo de soja”.

O primeiro módulo, que vem sendo realizado esta semana na Embrapa Estudos e Capacitação (Brasília-DF), tem como tema “agricultura: motor do desenvolvimento econômico e social”. Participam 49 técnicos em agricultura originários de 28 países africanos. E no período de 11 a 15 de abril, a Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) sediará a segunda etapa. Pesquisadores, analistas e assistentes apresentarão palestras sobre como cultivar o milho em propriedades familiares e sobre a tecnologia social das barraginhas e do lago de múltiplo uso (veja programação no final da matéria). Todos os técnicos africanos fazem parte de centros de pesquisa agrícola, investigação agrária, institutos de extensão rural e universidades e atuam como pesquisadores, especialistas, coordenadores e supervisores.

Segundo informações da Embrapa Estudos e Capacitação, esta é a segunda etapa do Diálogo Brasil-África em Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, ação coordenada pela ABC. A primeira fase foi realizada em outubro de 2010, com a participação de 42 técnicos procedentes de 24 países africanos. Para participar da capacitação, o interessado deve se cadastrar por meio do site da Agência Brasileira de Cooperação, onde estão disponibilizadas todas as informações sobre o programa. Mais informações e inscrições, clique aqui . Abaixo, veja a programação do curso programado pela Embrapa Milho e Sorgo.

Câmara prevê safra recorde de algodão

A estimativa deve chegar a mais de 2 milhões de toneladas, volume 70% maior em relação ao anterior

 

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados apresentou, nesta quinta-feira, 31 de março, em sua 21ª reunião ordinária, os números previstos para a safra 2010/2011 nos estados. O total do país deve chegar ao recorde de mais de 2 milhões de t, um volume 70% superior ao registrado na colheita anterior (1,2 milhão de t).

Além disso, a área plantada também obteve um grande aumento. De 835 mil ha cultivados em 2009/10, a nova safra alcançou 1,3 milhão de ha, uma área 64% maior. O país é líder em produção de têxteis com base em algodão (no mundo, predominam as fibras sintéticas), e dedicará cerca de 317 mil t de pluma ao mercado interno do total estimado para a produção. Para o comércio exterior, serão comercializadas aproximadamente 700 mil t.

O Mato Grosso é o estado que alcançou os maiores números. Em termos de área, foram 708 mil hectares cultivados, 65% a mais em relação à safra 2009/10. Em seguida, está a Bahia, com 400 mil ha (52% a mais). A estimativa de produção do Mato Grosso chega à metade do total previsto para todo o país, algo próximo de 1 milhão de toneladas. A Bahia vem logo após, com previsão de 627 mil t.

Para evitar grandes oscilações no setor, o coordenador-geral de oleaginosas e fibras da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sávio Pereira, apresentou o bônus ao prêmio pago pelo produtor rural para aquisição de contrato de opção de venda em bolsas de futuros. O programa é uma forma de seguro de preço para os produtores rurais, mas ainda é uma proposta para o setor.

A reunião foi coordenada pelo presidente da Câmara, Sergio de Marco, também presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. A Câmara é um fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura, que reúne representantes dos setores público e privado.

Saiba mais

Bônus ao Prêmio pago pelo Produtor Rural para Aquisição de Contrato de Opção de Venda em Bolsas de Futuros (BCOV) – É o valor máximo, definido pelo Governo Federal e disputado em leilão, que será pago ao arrematante que adquirir contratos de opção de venda em Bolsas de Futuros Nacionais com preço de exercício igual ou superior ao Preço Mínimo acrescido da base. Podem participar produtores rurais e/ou suas cooperativas. O arrematante do leilão de bônus deverá comprovar o escoamento de produção própria em quantidade igual ou superior ao volume negociado nos contratos de opção.

Estoques do governo são fiscalizados

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, iniciou a segunda etapa de fiscalização dos estoques governamentais. Até 16 de abril, os técnicos da Conab da matriz, em Brasília, e das superintendências regionais, nos estados vão fiscalizar mais de 2 milhões de toneladas de produtos. Entre os que apresentam grande volume está o grão de milho, estocado em grandes quantidades em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina.

Em Mato Grosso está concentrado o maior volume de milho, de cerca de 1,7 milhão de t, seguido de Minas Gerais (223 mil t). Nos demais estados (MS, 98,1 mil t e SC, 64,5 mil t), os estoques não passam de 100 mil toneladas de produtos que vão do milho ao arroz, trigo, feijão e café. Até o fim do ano, mais sete etapas de fiscalização devem ser realizadas, abrangendo todos os estados brasileiros.

Conab negocia 64,3 mil toneladas de milho

Serão realizadas cinco operações de venda direta de estoques públicos dos grãos de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

 

Novos leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão realizados nesta quarta-feira, 6 de abril. A empresa vai comercializar, ao todo, 64,3 mil toneladas de milho, em cinco operações de venda direta de estoques públicos, a fim de regular o abastecimento e o preço do produto.

O milho provém de três estados: 15,7 mil t de Goiás, 43,4 mil t do Mato Grosso e 5,1 mil t do Mato Grosso do Sul.

Poderão participar da venda avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.

Em 2011, já foram realizados 13 leilões, com a comercialização de mais de 1,8 milhão de toneladas de grãos de milho.

Safra de grãos deve chegar a novo recorde

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que previsão da produção do país é de 157,4 milhões de toneladas

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que a produção do país deve alcançar novo recorde e chegar a 157,4 milhões de toneladas. O estudo é realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O volume divulgado pela Conab representa um aumento de 5,5%, ou cerca de 8,2 milhões de t a mais que a safra passada, que foi de 149,2 milhões de t. Comparada ao último levantamento, realizado em março, a produção cresceu 2,1%, o que equivale a 3,2 milhões de t. A área cultivada também aumentou e chegou a 49,2 milhões de ha (1,8 milhão de ha a mais ou 3,9% de acréscimo).

O aumento das áreas de plantio deve-se à ampliação do cultivo do algodão, do feijão (primeira e segunda safras), da soja e do arroz. A boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas também foi responsável por essa evolução. O algodão teve o maior crescimento percentual em área, com 62,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse aumento pode levar a uma produção de 2 milhões de t, o que significa 833,5 mil t a mais em comparação à anterior (1,2 milhão de t).

A área cultivada de feijão deverá crescer 10,3% e chegar a 4 milhões de ha. Comparada à safra passada, a produção eleva-se em 14,5% e pode alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área do 1ª safra é de 1,4 milhão de ha, enquanto que a do 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha.

No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,3%, com o cultivo em 24,2 milhões de ha. A produção cresceu 5,2% e chegou a 72,2 milhões de t. A colheita do grão está em fase final nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Para o arroz, o aumento da área foi de 2,8%, o que equivale a 2,8 milhões de ha. A produção também deve apresentar crescimento de 15,4% em relação à safra passada, com 13,4 milhões de toneladas. Na safra anterior, o total foi de 11,7 milhões de t.

Já a produção de milho deve ser de 55,6 milhões de t, 0,7% a menos que a safra passada (56 milhões de t). A queda teve origem no milho 1ª safra, em menor grau, em função da diminuição da área em 55,5 mil ha, o que levou a 7,8 milhões de ha plantados. Para o milho 2ª safra, a estimativa é semear 5,5 milhões de ha, um aumento de 4,5%, com a produção de 21,7 milhões de t, menos que a da safra passada. A razão é que a semeadura de boa parte da lavoura foi feita fora da época de recomendação técnica.

A pesquisa foi realizada por 68 técnicos, no período de 21 a 25 de março. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

Embrapa apresenta variedades de soja

Produtores do Oeste da Bahia têm novas opções na safra 2011/12 com a BRS 313 Tieta, a BRS 314 Gabriela e a BRS 315RR Lívia, que homenageiam o escritor Jorge Amado

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Fundação Bahia, registrou as variedades BRS 313 Tieta, BRS 314 Gabriela e BRS 315RR Lívia em homenagem ao escritor baiano Jorge Amado. Para os produtores de soja do Oeste da Bahia, esses nomes representam novas opções na safra 2011/12, para o plantio que deve ser feito entre o início de novembro e meados de dezembro na região.

A BRS 313 Tieta e a BRS 314 Gabriela são variedades convencionais que apresentam boa produtividade na região. Com resistência moderada a vermes, a BRS Tieta pode ser usada com uma densidade de semeadura de 260 mil a 320 mil plantas por ha. É uma cultivar precoce, de 113 a 115 dias, com tipo de crescimento indeterminado. A BRS Gabriela não apresenta resistência específica, mas tem uma sanidade muito boa. É do grupo de maturação tardio, com variação de 125 a 133 dias, e apresenta crescimento determinado.

Já a BRS Lívia RR é uma cultivar transgênica resistente ao glifosato. Apresenta maturação média, que varia de 118 a 124 dias, e deve ser plantada com uma densidade de semeadura de 240 mil a 300 mil plantas por ha. Tem altura média de 75 centímetros e crescimento determinado.

Produtor terá boa renda com a safra recorde

Ministro Wagner Rossi avalia que produção recorde de mais de 157 milhões de toneladas de grãos vai garantir bons rendimentos aos agricultores e estabilização de preços

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou os números do sétimo levantamento da safra 2010/2011 na manhã desta quarta-feira, 6 de abril. Apesar do número recorde na produção de grãos, que deve chegar a 157,4 milhões de toneladas, o preço não vai cair para o produtor rural. “Esse resultado segue a linha do governo de garantir renda ao produtor sem penalizar o consumidor”, disse.
O secretário de Política Agrícola do Ministério, Edilson Guimarães, também assegurou a estabilização na venda dos grãos. “Os produtos vão continuar com preços remuneradores, apesar da alta safra”, disse. Os altos preços dos produtos agrícolas registrados atualmente também foram analisados durante o anúncio da safra de grãos. Para Guimarães, a razão está no aumento da demanda, isto é, a população consome mais do que produz, não só no mercado interno, mas também no externo. “Este é o patamar de preço mais alto historicamente. Não vejo produto agrícola sendo vilão da inflação”.
O único produto que está recebendo apoio do governo, segundo o secretário, é o arroz, devido a suas particularidades. “O arroz é um produto bem diferente, produzido para o consumo interno, portanto, se exporta muito pouco. Não é uma commodity. Quem consome, produz”, explicou Edilson Guimarães. Operações como Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) e Aquisição do Governo Federal (AGF) estão sendo feitas para manter o preço mínimo do produto. A partir deste mês, também serão realizados leilões de opção pública e privada.
Clima
A produção de grãos no país foi recorde mesmo com chuvas intensas nos estados da região Centro-Oeste, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Airton Camargo, os problemas pontuais causados pela chuva não afetaram o total da safra, compensada por outros estados e produtos.
Na avaliação da Conab, as condições climáticas foram benéficas para o cultivo. O feijão, por exemplo, está com oferta abundante no mercado. Houve um pouco de receio com a queda do milho primeira safra, mas a área e a produção praticamente se igualaram aos números do ano passado. O trigo obteve boa colheita e atingiu uma das maiores áreas até então cultivadas. “A soja teve maior produtividade em todos os estados e o Mato Grosso vai ter a maior produção de todos os tempos”, afirmou Airton Camargo (veja aqui os números do sétimo levantamento).
O levantamento da safra de grãos é um estudo realizado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Saiba mais
Contrato privado de opção de venda (opção privada) – O governo concede prêmio a empresas interessadas em lançar opções de venda, a preço pré-determinado, para produtores ou suas cooperativas.
Contrato de opção de venda (opções públicas) – O governo leiloa o direito de o produtor rural ou sua cooperativa vender o produto para estoques públicos a preço prefixado.
Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) – O governo concede um valor à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e o transporta para região com necessidade de abastecimento.
Aquisição do Governo Federal (AGF) – Operação que consiste na compra direta do produto pelo governo. O produto deve estar incluído na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
Preço Mínimo – É o valor fixado pelo governo federal para produtos agrícolas. A finalidade da política é garantir que o agricultor receba um preço mínimo para cobrir os custos da safra. Quando o preço de mercado está abaixo do mínimo, o governo realiza leilões, como os de Prêmio de Escoamento de Produto e Aquisição do Governo Federal para permitir que esses valores cheguem pelo menos, ao patamar estipulado na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Atualmente, 34 produtos estão incluídos na política governamental, entre eles arroz, feijão, milho, trigo, algodão, uva, sisal, soja, borracha e leite.

Controle de alimentos japoneses é oficializado

 

Resolução da Anvisa determina que produtos vindos do país deverão ter declaração atestando níveis de radiação dentro dos limites permitidos

O monitoramento de alimentos vindos do Japão foi oficializado nesta sexta-feira, 1º de abril. A Resolução nº 1.356 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que a importação de matérias-primas e produtos alimentícios do país asiático está condicionada à apresentação de uma declaração das autoridades sanitárias japonesas. O documento deve atestar que os produtos não têm limites de radiação acima do permitido. A medida foi anunciada ontem (31 de março) pelo Ministério da Agricultura e Anvisa.
Segundo a resolução, a declaração do governo japonês deve mostrar que os níveis de radionuclídeos (iodo – 131, césio -134 e césio – 137) nas matérias-primas e produtos alimentícios estão de acordo com os limites estabelecidos pelo Codex Alimentarius (fórum internacional de normatização de alimentos).
A norma ainda determina que os produtos fabricados depois de 11 de março e importados antes da publicação da resolução da Anvisa não devem ser usados no processamento industrial e nem comercializados no Brasil.
Comércio
No ano passado, o Brasil importou o equivalente a US$ 38,8 milhões em produtos agropecuários do Japão. O valor é pequeno se comparado a tudo que o país comprou em 2010, que totalizou US$ 13,4 bilhões em itens do agronegócio. Os principais itens adquiridos do país asiático foram produtos florestais (borracha, madeira, cortiça, papel), com US$ 23,3 milhões e produtos de origem vegetal, como enzimas, óleos, extratos resinas, com US$ 7,9 milhões.

Aprosmat apresenta os percentuais de infestação de nematóides em Itiquira

A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) apresentou ontem (13-01), na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Itiquira (360 km de Cuiabá) os percentuais de infestação de nematóides nas áreas agricultáveis da região. A coordenadora técnica do Laboratório de Nematologia da Aprosmat, Neucimara Ribeiro realizou uma palestra abordando os principais nematóides presentes no município, explicou também o período ideal para coleta de amostras de análises nematológicas para identificação de gênero, espécie e raça e, como é feito o controle desse problema.

Segundo Neucimara, os nematóides no Mato Grosso têm aumentado muito nos últimos anos. Na região de Itiquira, segundo os estudos da associação, os principais gêneros encontrados são Pratylenchus (nematóides das lesões), Meloidogyne (nematóide de galhas), o Heterodo Glycines (nematóides de cisto) e Rotylenchulus Reniforme (causa alguns danos a soja). O que merece atenção especial, pois está amplamente disseminado, sendo que em 91% das áreas que foram coletadas amostras, foram encontrados o Pratylenchus, seguido do Meloidogyne (66%), Heterodo Glycines (33%) e Rotylenchulus Reniforme (7%). Neucimara explica que esse gênero de nematóide, apesar de ser o mais visto nas plantações, não é tão danoso como um nematóide de cisto, porém deve se atentar a ele, pelo fato de seu controle ser muito difícil. “A partir do momento que se tem um Pratylenchus na lavoura, todo o esquema de manejo fica mais complexo”.

Ribeiro alertou ainda que obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. “A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.”

O presidente do Sindicato Rural de Itiquira, Roberto Carlos Montagna, ressalta que a iniciativa é muito positiva, pois a Aprosmat está do lado do produtor, possibilitando a orientação e informações precisas. “Hoje em Itiquira o problema de nematóide é muito grande e, na minha plantação o que realmente está complicando é o nematóide de Pratylenchus e, trazendo ainda muitos prejuízos”. Porém o método usado para controlar esse problema é o de rotação de cultura. “Por exemplo, plantamos milho ou algodão, fazemos ainda a coleta de material para análise e, mandamos para Aprosmat, pois com a identificação da raça de nematóides é possível que se faça um controle mais eficiente”, explica Roberto.

Além dos associados o evento contou a participação de profissionais que enfrentam essa problemática no dia a dia. O técnico agrícola, Rodinei Monteiro revela que o nematóide que mais atinge a propriedade onde ele trabalha é também o Pratylenchus. “Estamos fazendo o controle através da rotação de cultura, com a plantação de milho e algodão. A orientação da técnica da Aprosmat é mais uma ferramenta de ajuda para enfrentar essa praga”.

Assessoria de Imprensa Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso – Aprosmat

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo
Sabryna Carvalho
Cairo Lustoza

Certificação de Sementes será tema de Dia de Campo em MT

O Sistema de Certificação de Sementes Brasileiro será amplamente debatido, no próximo dia 28 de janeiro, durante o Dia de Campo da Fundação Pró-Sementes, na Fazenda Santo Antônio, em Campo Verde (140 km de Cuiabá-MT). Na área de dez hectares onde será realizado o evento existem ensaios de pré e pós-controle, e os participantes terão a oportunidade de conhecer o trabalho de certificação de sementes.

“O dia de campo foi idealizado para mostrar a profundidade das nossas atribuições no papel de certificador de sementes e o nível de interação que as instituições podem ter através desse processo”, afirma o coordenador da fundação, Helton Fleck da Silveira.

De acordo com a lei nº 10711, que disciplina o Sistema Nacional de Sementes e Mudas, desde 2003 a responsabilidade da certificação de sementes ficou a cargo de organizações privadas. A Fundação Pró-Sementes vem atuando desde 1999 nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Rio Grande do Norte, prestando serviços para a agricultura, produzindo tecnologia e conhecimento com o objetivo de fornecer subsídios para melhorar o desempenho no campo.

Dentro das estratégias mais importantes está o programa de certificação de sementes em nível nacional, o qual a empresa é pioneira. ”Recebemos e conferimos a documentação dos campos de sementes, fazemos as auditorias, coletamos as amostras e encaminhamos a um laboratório credenciado que em Mato Grosso é o laboratório da Aprosmat, e em algumas culturas a Pró-Semente.

De acordo com o coordenador da Fundação, são mais de dez laboratórios de sementes credenciados em todo Brasil para melhor atender aos produtores. Fleck ressalta que a importância da certificação da semente, está ligada à multiplicação de material genético e comercialização.

“Esse processo se baseia no controle de gerações e no método de controle contínuo da qualidade em todas as etapas da produção. Esses procedimentos consistem em saber qual a origem das sementes, se elas são exatamente o que está declarado, se o comportamento no campo corresponde ao previsto e se a semente produzida nesses campos está dentro dos padrões legais. Após atendidos esses quesitos, o produtor poderá utilizar ou negociar as sementes sem problemas”, explica o coordenador.
PROGRAMAÇÃO – Na programação do Dia de Campo estão confirmadas as presenças do diretor da Fundação Pró-Sementes, Rui Colvara Rosinha; do vice-presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e doutor em sementes, Elton Hamer, e do pesquisador da Fundação Pró-Sementes, Airton França Lange. Fleck destaca que público alvo do Dia de Campo, que terá diversas palestras (veja programação), é muito amplo. Responsáveis técnicos de empresas produtoras de sementes, os empresários do ramo, as instituições que estão envolvidas com o processo, os detentores vegetais (que possuem a genética das sementes), estudantes e demais empresas interessadas no tema estão convidados a participar do Dia de Campo, em Campo Verde.

Programação

7h30 às 8h – Inscrições
8h às 8h45 – Palestra: A Fundação Pró-Sementes e o programa de Certificação de Sementes. Palestrante Rui Colvara Rosinha diretor da Pró-Sementes.
8h45 às 9h15 – Palestra: Integração entre agente na Certificação após a nova lei de Sementes. Palestrante Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
9h45 às 10h – Palestra: Ocorrência de mistura varietal no campo e sua detecção em laboratório. Palestrante Elton Hamer vice-presidente técnico da Aprosmat.
10h às 11h15 – Palestra: Metodologia aplicada nas avaliações no Pré e Pós-Controle e acompanhamento prático nas parcelas de soja e algodão. Palestrante: Airton França Lange.
11h30 Almoço

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo
Sabryna Carvalho
Cairo Lustoza