Lagartas e percevejos são os principais desafios dos produtores de soja

Com a soja no campo é comum o aparecimento de pragas. Lagartas e percevejos são as com maior incidência nas lavouras de Mato Grosso. Se não controladas, eles podem acabar com a plantação. Para que isso não ocorra, produtor e equipe não podem descuidar e tem que fazer vistorias periódicas na lavoura.

Essa é a recomendação da entomologista Lúcia Vivan, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT). De acordo com a pesquisadora, as pragas representam riscos na produção, mas podem ser controladas. O monitoramento nas áreas é que possibilita a identificação correta das pragas e o manejo ideal para cada uma delas.

“É importante realizar as pulverizações de acordo com a praga infestante, pois há diferentes formas de manejo, de produtos e de dosagens em relação a espécie de lagarta e também ao estágio de desenvolvimento dessas”, explica Vivan.

Lagarta elasmo, corós e percevejo castanho são as pragas que mais aparecem no início de desenvolvimento da soja. Para esses, a entomologista indica o tratamento de sementes para proteção das áreas. Lagarta spodoptera é outra que pode surgir. Para essa, Vivan recomenda que o controle seja realizado no período noturno devido a dificuldade de atingi-la quando a temperatura está mais quente, ou mesmo realizar o monitoramento nas áreas antes do plantio e fazer o controle dessas no período da dessecação, sendo o mais recomendado de 20 dias antes do plantio.

Outras incidências de pragas são as lagartas da maçã e a lagarta da soja. Para essas é preciso realizar o acompanhamento nas áreas para detectar os focos iniciais. Para lagarta da maçã é importante verificar as plantas em um metro linear, pois em alguns casos a lagarta não é percebida no pano-de-batida, infestações de 20 a 30% de plantas com presença de lagartas deve-se fazer o controle. O mais importante, segundo a entomologista, é não deixar essa lagarta presente no período reprodutivo devido ao seu hábito de se alimentar de vagens.

Já no caso do aparecimento de percevejos, a pesquisadora diz ser importante manter a população nos níveis de dano que são dois percevejos/m para grãos de um percevejo/m para semente. “Estes são os níveis de ação aceitáveis para controle, populações acima destas causarão danos a soja. Assim, é preciso monitorar as áreas no período vegetativo, pois nesse estágio os percevejos não causam danos, mas se a população estiver muito alta, ocorrerão problemas de controle no período reprodutivo, e é sempre bom lembrar que nos estágios R2 e R3 a população de percevejos deve ser abaixo do nível de ação, pois é o período que ele causa mais dano a soja.”

Essas recomendações serão passadas para produtores de quinze cidades de Mato Grosso e uma de Goiás no Fundação MT em Campo: É Hora de Cuidar 2011 que começou ontem (21) e será realizado até o dia 02 de dezembro. Mais informações no www.fundacaomt.com.br

Fonte: Fundação MT

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

4 × 5 =