Exportações do agro registram recorde de US$ 94 bilhões

Resultado foi 24% superior ao de 2010 e garantiu superávit comercial para o País

As exportações brasileiras do agronegócio registraram um novo recorde histórico em 2011, somando US$ 94,59 bilhões, valor 24% superior ao alcançado em 2010 (US$ 76,4 bilhões). O bom desempenho fez de 2011 o melhor ano para a balança comercial do agronegócio, e o Ministério da Agricultura espera que 2012 seja ainda melhor. A meta é ultrapassar US$ 100 bilhões, com estimativa de 5,7% de crescimento.

O aumento nas cotações internacionais dos produtos agropecuários foi o principal responsável pelo crescimento das exportações, mas os volumes embarcados para o exterior também cresceram. União Europeia, China, Estados Unidos, Rússia e Japão, nessa ordem, foram os principais destinos dos produtos nacionais.

Os produtos do complexo soja (grão, farelo e óleo) foram os que mais contribuíram para o crescimento nas vendas externas e os que registraram o maior valor de exportação. Café, açúcar e carnes também se destacaram.

De outro lado, as importações brasileiras de produtos agropecuários cresceram 28%, atingindo US$ 17,08 bilhões. Subtraindo esse valor do total exportado, o agronegócio gerou um saldo comercial positivo de US$ 77,51 bilhões para o País em 2011. Esse saldo é quase três vezes superior ao acumulado no resultado global da balança comercial brasileira, que fechou o ano de 2011 com superávit de US$ 29,8 bilhões.

Destaques
Os produtos do complexo soja responderam por 38,7% do crescimento total das exportações do agronegócio. Em seguida vieram o café (16,4%), os produtos do complexo sucroalcooleiro (13,2%), as carnes (11,1%) e os cereais, farinhas e preparações (8%).

Na comparação com 2010, as exportações de soja em grãos cresceram 47,8% em valor (de US$ 11,03 bilhões para US$ 16,31 bilhões), devido ao crescimento de 30,3% no preço médio de venda. Em volume, o aumento foi de 13,5%. As exportações de farelo e óleo de soja somaram, respectivamente, US$ 5,69 bilhões e US$ 2,13 bilhões em 2011.

O complexo sucroalcooleiro teve receita de US$ 16,18 bilhões com vendas externas em 2011 (17,45% superior em relação ao ano anterior). O crescimento se deu em função do aumento de 29,9% no preço de venda, apesar da queda de 9,6% na quantidade exportada no período (de 29,52 milhões para 26,70 milhões de toneladas).

As carnes foram o terceiro setor de maior exportação, com vendas de US$ 15,64 bilhões, o que representa 14,8% de expansão em relação a 2010. Esse crescimento ocorreu em função da elevação de 16,6% no preço médio do produto, o que compensou uma queda de 1,6% na quantidade exportada em relação a 2010.

O setor foi responsável por 16,5% do montante total das vendas externas do agronegócio em 2011, com destaque para a carne de frango, cujas vendas somaram US$ 7,49 bilhões, 19,9% a mais do que o ano anterior.

Os produtos florestais ficaram em quarto lugar no ranking de exportações do agronegócio, com US$ 9,64 bilhões e 3,8% de crescimento em relação ao ano anterior. Destaca-se ainda o café, cujas exportações subiram 51,5% sobre 2010.

Em conjunto, os cinco principais setores (complexo soja, complexo sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café) somaram US$ 74,33 bilhões em exportações, sendo responsáveis por 78,6% do total das vendas externas de produtos brasileiros agropecuários em 2011.

Essa participação representa um aumento na concentração da pauta exportadora. Em 2010, os mesmos setores foram responsáveis por 77,9% dos embarques.

Principais destinos
Em 2011, as vendas externas concentraram-se, principalmente, em mercados da Ásia e da União Europeia, responsáveis, em conjunto, por 57,4% do total exportado pelo agronegócio brasileiro (US$ 54,34 bilhões) – fatia maior que os 56,8% registrados em 2010 (US$ 43,38 bilhões).

Em seguida, destaca-se a participação do Oriente Médio (10,1%), dos países do Nafta – Estados Unidos, México e Canadá – (8,5%) e da África, excluindo Oriente Médio (8%).

A maior expansão, em relação ao ano anterior, ocorreu na Oceania (55,8% superior), seguida da África excluindo Oriente Médio (43,4% superior) e da Ásia (33,3% superior). Houve redução da participação apenas nos demais países das Américas (com redução de 6,6%). A União Europeia foi responsável por 18,3% do incremento de US$ 18,15 bilhões ocorrido nas vendas externas em 2011 na comparação com o ano anterior.
Na análise por país, destacam-se as exportações para a China, com US$ 16,51 bilhões em 2011, seguida de Estados Unidos (US$ 6,70 bilhões), Países Baixos (US$ 6,36 bilhões), Rússia (US$ 4,05 bilhões), Japão (US$ 3,52 bilhões) e Alemanha (US$ 3,50 bilhões).

O bom desempenho nas exportações para a China se deve, em grande parte, às vendas de soja em grãos (US$ 10,96 bilhões), celulose (US$ 1,3 bilhão) e açúcar (US$ 1,22 bilhão). Esses produtos representaram, em conjunto, 81,6% do total das exportações do agronegócio para o país no período.

* Com informações do Ministério da Agricultura

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