Commodities puxam recorde de exportações

Preços do minério de ferro, petróleo, soja e café fizeram as exportações somarem US$ 23,211 bi em maio

Impulsionadas pelos preços das commodities no mercado internacional, as exportações brasileiras voltaram a bater recorde em maio, alcançando US$ 23,211 bilhões. Apesar de ter havido crescimento também nas vendas de industrializados e bens intermediários, o desempenho foi inflado pelos preços de minério de ferro, petróleo, soja e café, que juntos respondem por cerca de um terço dos embarques. Em relação a maio do ano passado, o crescimento das exportações foi de 25,2%. Na mesma comparação, a expansão das vendas de matérias-primas foi ainda maior, de 34,7% e as de manufaturados, apenas 11,9%. Com isso, a pauta de embarques brasileira tem se concentrado cada vez mais em produtos básicos, que nos primeiros cinco meses de 2011 responderam por 47,8% do total exportado. No mesmo período do ano passado, a participação do segmento era de 43,1%. “A defesa do governo é o aumento das exportações. Se as vendas de manufaturados estivessem caindo, seria um problema, mas não é isso que está acontecendo. Além disso, não temos problema com crescimento mais forte das commodities, não vamos brigar para o preço cair”, avaliou o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira. Em maio, as exportações de minério de ferro cresceram 57%, com 8% de aumento na quantidade e 46% no preço. O mesmo ocorreu com a expansão de 95% nas vendas de café, com apenas 10% na quantidade e 77% no preço. Já a quantidade embarcada de soja caiu 11%, mas com o encarecimento do produto em 32% o valor exportado aumentou 17%. Câmbio. Já as vendas de manufaturados devem continuar se expandindo a um ritmo menor por causa do câmbio e da lenta recuperação dos principais consumidores desses bens fabricados no Brasil, como EUA, UE e Japão. Essa conjuntura também acirra a disputa pelo mercado na América Latina. “Estamos preparando a próxima fase da política industrial. Não substitui o câmbio, mas fortalece e dá competitividade às indústrias brasileiras”, disse o secretário. Enquanto isso, o peso das commodities tem sido tão crucial na balança de maio que, mesmo com o recorde de US$ 19,682 bilhões na compras brasileiras, o saldo ainda foi positivo em US$ 3,529 bilhões. No acumulado do ano, o superávit já chega a US$ 8,558 bilhões, 52,5% acima do mesmo período de 2010.

fonte: jornal O Estado de São Paulo

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