Safra de grãos deve chegar a novo recorde

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que previsão da produção do país é de 157,4 milhões de toneladas

O sétimo levantamento da safra de grãos 2010/2011 mostra que a produção do país deve alcançar novo recorde e chegar a 157,4 milhões de toneladas. O estudo é realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O volume divulgado pela Conab representa um aumento de 5,5%, ou cerca de 8,2 milhões de t a mais que a safra passada, que foi de 149,2 milhões de t. Comparada ao último levantamento, realizado em março, a produção cresceu 2,1%, o que equivale a 3,2 milhões de t. A área cultivada também aumentou e chegou a 49,2 milhões de ha (1,8 milhão de ha a mais ou 3,9% de acréscimo).

O aumento das áreas de plantio deve-se à ampliação do cultivo do algodão, do feijão (primeira e segunda safras), da soja e do arroz. A boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas também foi responsável por essa evolução. O algodão teve o maior crescimento percentual em área, com 62,9% a mais que no ano passado (835,7 mil ha). Esse aumento pode levar a uma produção de 2 milhões de t, o que significa 833,5 mil t a mais em comparação à anterior (1,2 milhão de t).

A área cultivada de feijão deverá crescer 10,3% e chegar a 4 milhões de ha. Comparada à safra passada, a produção eleva-se em 14,5% e pode alcançar 3,8 milhões de toneladas. A área do 1ª safra é de 1,4 milhão de ha, enquanto que a do 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha.

No caso da soja, houve uma ampliação da área de 2,3%, com o cultivo em 24,2 milhões de ha. A produção cresceu 5,2% e chegou a 72,2 milhões de t. A colheita do grão está em fase final nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Para o arroz, o aumento da área foi de 2,8%, o que equivale a 2,8 milhões de ha. A produção também deve apresentar crescimento de 15,4% em relação à safra passada, com 13,4 milhões de toneladas. Na safra anterior, o total foi de 11,7 milhões de t.

Já a produção de milho deve ser de 55,6 milhões de t, 0,7% a menos que a safra passada (56 milhões de t). A queda teve origem no milho 1ª safra, em menor grau, em função da diminuição da área em 55,5 mil ha, o que levou a 7,8 milhões de ha plantados. Para o milho 2ª safra, a estimativa é semear 5,5 milhões de ha, um aumento de 4,5%, com a produção de 21,7 milhões de t, menos que a da safra passada. A razão é que a semeadura de boa parte da lavoura foi feita fora da época de recomendação técnica.

A pesquisa foi realizada por 68 técnicos, no período de 21 a 25 de março. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

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