Aprosmat apresenta os percentuais de infestação de nematóides em Itiquira

A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) apresentou ontem (13-01), na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Itiquira (360 km de Cuiabá) os percentuais de infestação de nematóides nas áreas agricultáveis da região. A coordenadora técnica do Laboratório de Nematologia da Aprosmat, Neucimara Ribeiro realizou uma palestra abordando os principais nematóides presentes no município, explicou também o período ideal para coleta de amostras de análises nematológicas para identificação de gênero, espécie e raça e, como é feito o controle desse problema.

Segundo Neucimara, os nematóides no Mato Grosso têm aumentado muito nos últimos anos. Na região de Itiquira, segundo os estudos da associação, os principais gêneros encontrados são Pratylenchus (nematóides das lesões), Meloidogyne (nematóide de galhas), o Heterodo Glycines (nematóides de cisto) e Rotylenchulus Reniforme (causa alguns danos a soja). O que merece atenção especial, pois está amplamente disseminado, sendo que em 91% das áreas que foram coletadas amostras, foram encontrados o Pratylenchus, seguido do Meloidogyne (66%), Heterodo Glycines (33%) e Rotylenchulus Reniforme (7%). Neucimara explica que esse gênero de nematóide, apesar de ser o mais visto nas plantações, não é tão danoso como um nematóide de cisto, porém deve se atentar a ele, pelo fato de seu controle ser muito difícil. “A partir do momento que se tem um Pratylenchus na lavoura, todo o esquema de manejo fica mais complexo”.

Ribeiro alertou ainda que obrigatoriamente o controle de nematóides em culturas de escala, como a soja, deve procurar integrar vários métodos e apresentar baixo custo. “A escolha da estratégia de manejo passa primeiramente por uma correta amostragem do solo, para determinar quais nematóides (espécie e raças) estão presentes na área e monitorar os níveis populacionais desses parasitas. Embora, o método de controle de nematóide mais eficiente, barato e de melhor aceitação pelos produtores, seja o uso de cultivares resistentes, muitas vezes estas não estão disponíveis e nem sempre os seus níveis de resistência são satisfatórios. Desse modo, outras estratégias de controle, como a rotação/sucessão com uma cultura não hospedeira tem que ser adotadas.”

O presidente do Sindicato Rural de Itiquira, Roberto Carlos Montagna, ressalta que a iniciativa é muito positiva, pois a Aprosmat está do lado do produtor, possibilitando a orientação e informações precisas. “Hoje em Itiquira o problema de nematóide é muito grande e, na minha plantação o que realmente está complicando é o nematóide de Pratylenchus e, trazendo ainda muitos prejuízos”. Porém o método usado para controlar esse problema é o de rotação de cultura. “Por exemplo, plantamos milho ou algodão, fazemos ainda a coleta de material para análise e, mandamos para Aprosmat, pois com a identificação da raça de nematóides é possível que se faça um controle mais eficiente”, explica Roberto.

Além dos associados o evento contou a participação de profissionais que enfrentam essa problemática no dia a dia. O técnico agrícola, Rodinei Monteiro revela que o nematóide que mais atinge a propriedade onde ele trabalha é também o Pratylenchus. “Estamos fazendo o controle através da rotação de cultura, com a plantação de milho e algodão. A orientação da técnica da Aprosmat é mais uma ferramenta de ajuda para enfrentar essa praga”.

Assessoria de Imprensa Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso – Aprosmat

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo
Sabryna Carvalho
Cairo Lustoza

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