Safra de grãos brasileira chega a 162 milhões de toneladas

Boa influência do clima e crescimento da área cultivada com soja, milho, algodão e feijão e arroz foram os principais responsáveis pela nova estimativa 2010/2011, consolidando recorde

O Brasil vai produzir 162 milhões de toneladas de grãos nesta safra. Os números são do décimo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira, 6 de julho, em Brasília (DF). O estudo, que retrata o estágio atual das culturas em todo o país, mostra novo recorde.

A safra 2010/2011 terá aumento de 8,6%, o que representa 12,8 milhões de toneladas a mais que o alcançado no ciclo passado, quando foram colhidas 149,2 milhões de toneladas. Em relação ao último levantamento, realizado em junho, a produção cresceu 0,31% ou o equivalente a 523 mil toneladas.

A área cultivada cresceu 4,4%, atingindo 49,5 milhões de hectares (ha), ou seja, 2,1 milhões de ha a mais que em 2009/2010, quando chegou a 47,4 milhões de ha. Soja, milho, algodão, feijão e arroz tiveram ampliação de área, tornando-se os principais responsáveis pelo crescimento da safra, ao lado da boa influência do clima no desenvolvimento das plantas.

A pesquisa foi realizada por técnicos, no período de 20 a 24 de maio, por telefone, quando foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

Dados por produto

A produção de soja também deve ser a maior da história chegando a 75 milhões de toneladas, o que equivale a um crescimento de 9,2% em comparação com a safra 2009/2010. A área plantada com o grão cresceu 2,9%, passando de 20,4 milhões de ha para 24,1 milhões de ha. A colheita da soja está encerrada.

A área total semeada com milho vai atingir 13,6 milhões de ha, enquanto a produção será de 57,1 milhões de toneladas. Para o milho 2ª safra, a estimativa é chegar a 5,8 milhões de ha, expansão de 9,5%. A produção deve atingir 21,7 milhões de toneladas.

O algodão terá o maior crescimento da área plantada entre todos os produtos, com elevação de 66,4%, alcançado 1,39 milhão de ha. A produção deve chegar a dois milhões de toneladas de pluma.

Já a safra de feijão vai aumentar 14,3%,alcançando 3,8 milhões de toneladas. Á área plantada pode crescer 7,3%, chegando a 3,8 milhões de hectares. A área da 1ª safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto a da 2ª safra deverá atingir 1,7 milhão de ha. No caso do feijão 3ª safra, esse número chega a 771 mil ha.

O trigo deve perder 4,1% da área, chegando a dois milhões de ha, com produção de 5,4 milhões de toneladas. Neste ano, os agricultores optaram mais pelas variedades destinadas à panificação.

A área cultivada com arroz aumentou 3,4%, devendo chegar a 2,86 milhões de ha. A safra apresenta um aumento de 17,8%, fechando em 13,7 milhões de toneladas.

O cultivo da canola é de 51 mil ha, com um crescimento de 9,8% sobre a área anterior, de 46,3 mil ha. A produção esperada é de 76,5 mil toneladas, sendo a maior parte concentrada no Sul do país.

Câmara discute comercialização da soja

A proposta de subvenção ao prêmio para aquisição de contrato de opção de venda em bolsas de futuros será debatida nesta quarta-feira, 6 de julho, às 10h, na 13ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Soja. O impacto das novas alíquotas de IOF sobre financiamento agrícola (pleito conjunto com a Câmara Setorial do Algodão) e seguro-faturamento para o grão são alguns dos assuntos que também serão tratados no encontro.

A Câmara é um fórum consultivo ligado ao Ministério da Agricultura, que reúne representantes dos setores público e privado.

Grãos: governo anuncia levantamento da safra

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, anuncia, às 10h, desta quarta-feira, 6 de julho, em Brasília (DF), o resultado do 10º levantamento da safra de grãos 2010/2011.

Também participa da entrevista coletiva, o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto.

Na ocasião, serão detalhados os dados de produção, área plantada e produtividade apurados pela Conab.

Consulta pública revisa produção integrada

Após a aprovação dos requisitos, texto em discussão deverá ampliar a certificação para outros produtos além das frutas

O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) abriu consulta pública para a revisão dos requisitos de avaliação da conformidade para Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil). A proposta está disponível no site da instituição (www.inmetro.gov.br) e o prazo para comentários é de 30 dias a partir da publicação da Portaria nº 274 , no dia 21 de junho.

O objetivo da iniciativa é estabelecer os critérios para o Programa de Avaliação da Conformidade para Produção Integrada Agropecuária, com foco na produção de alimentos seguros e na sustentabilidade. As diretrizes gerais da PI-Brasil estão descritas na Instrução Normativa n° 27, de 30/08/2010 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O coordenador de Produção Integrada da Cadeia Agrícola do Ministério da Agricultura, Sidney Almeida Filgueira de Medeiros, salienta a importância da ampliação do programa, atualmente restrito às frutas, para outras culturas agrícolas e com a inclusão da cadeia pecuária.

“Hoje, existem 16 normas técnicas específicas publicadas para frutas, mas temos outras 12 em processo de validação nos pólos produtivos, que certificarão produtos como arroz, café, batata, tomate, soja, flores, leite e mel, por exemplo”, explica. Depois da consulta pública, o Inmetro publicará a portaria definitiva e o Ministério poderá expandir a produção integrada.

As críticas e sugestões devem ser encaminhadas à Divisão de Programas de Avaliação da Conformidade (Dipac) no e-mail dipac.consultapublica@inmetro.gov.br ou no endereço Rua da Estrela, nº 67, 2º andar, Rio Comprido, CEP: 20.251-900, Rio de Janeiro (RJ).

Saiba mais

A Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil) é um sistema baseado na sustentabilidade ambiental, segurança alimentar, viabilidade econômica e rastreabilidade de todas as etapas produtivas. O programa, iniciado em 2001, prevê a inserção de tecnologias que propiciam a certificação e eleva a competitividade dos produtos. Além disso, diminui o emprego de inseticidas e fungicidas, reduz os custos de produção e o uso de fertilizantes.

O Ministério da Agricultura já publicou normas técnicas específicas para o plantio de 16 frutas com o sistema PI Brasil: abacaxi, banana, caju, caqui, citros, coco, figo, goiaba, maçã, mamão, manga, maracujá, melão, morango, pêssego e uva.

Estão em desenvolvimento projetos para outras 22 culturas, como amendoim, arroz, batata, café e tomate. Outros produtos, incluindo açúcar e álcool, algodão, cana-de-açúcar e ovinocultura de corte, por exemplo, estão em implantação.

A adesão à iniciativa é voluntária, porém o produtor que optar pelo sistema terá de cumprir rigorosamente as orientações estabelecidas. O Ministério da Agricultura é responsável pela publicação das normas, enquanto as certificadoras acreditadas pelo Inmetro fazem as auditorias e emitem o selo do programa. (Marcos Giesteira)

Rossi: “Posição brasileira foi decisiva no G20”

Para o ministro da Agricultura, atuação do Brasil em conjunto com países produtores agrícolas foi determinante para reconhecimento de que expansão da oferta de alimentos é melhor forma de combater a volatilidade de preços

O Brasil teve atuação decisiva e determinante para ampliar a produção de alimentos na reunião do G20 Agrícola. A avaliação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. Ele declarou que a ampliação da oferta de alimentos como forma de combater a volatilidade de preços foi o principal ponto da reunião das 19 nações mais ricas, junto com a União Europeia, ocorrida em 22 e 23 de junho em Paris.

“Não podemos penalizar quem é eficiente, o que defendemos é a liberdade comercial, com comércio justo para os produtores competentes”, afirmou Wagner Rossi. As discussões mais importantes do encontro e o documento final, assinado pelos ministros da Agricultura do G20, foram detalhados pelo ministro nesta quarta-feira, 29 de junho, em Brasília (DF).

“Não faz sentido uma intervenção no mercado até porque os produtores tiveram vários anos de preços deprimidos. O esforço produtivo é a única forma de se enfrentar a volatilidade de preços dos alimentos”, comentou. O ministro destacou a participação de todos os países fornecedores de produtos agrícolas para a conclusão do documento do G20 Agrícola, como Estados Unidos, Argentina e Austrália.

Rossi também comemorou a inclusão da necessidade de transparência das informações agrícolas no documento final. “O Brasil e os Estados Unidos já dispõem de uma série de informações sobre safra, estoques e preços que podem ser consultados. É fundamental que haja transparência total em relação a esses dados”, reforçou.

Outros itens que englobam o plano de ação do G20 são a ampliação da pesquisa para ampliar a produtividade de lavoura e a formação de estoques emergenciais para atender aos países em situação de insegurança alimentar. O ministro reiterou o interesse do Brasil em expandir os estudos em relação ao trigo. “Não temos muita expertise na área e há um grande interesse em melhorarmos a eficiência da produção”, disse.

Ele considera que a formação de estoques para os países pobres deve ser responsabilidade dos países produtores de alimentos, mas também das nações ricas. Segundo Rossi, a ideia é ter armazenada uma quantidade mínima de alimentos para atender a situações de emergência. Nesse caso, os grandes produtores agrícolas ficariam à disposição para doar mais alimentos, quando necessário.

Por outro lado, comentou, os países ricos que não são fornecedores de produtos agrícolas também podem contribuir financeiramente comprando estoques. “Temos ainda cerca de 1 bilhão de pessoas em situação de insegurança alimentar e é fundamental termos esses estoques de ajuda humanitária”, avalia. O ministro lembrou que na última semana o governo brasileiro autorizou a doação de alimentos para nações pobres, com 500 mil toneladas de arroz.

Outra questão que entrou na pauta do G20 agrícola, de acordo com o ministro, foi o uso de mecanismos do mercado financeiro no comércio de commodities alimentares. “Defendemos a elaboração de estudos aprofundados para se medir o real impacto da utilização desses mecanismos na formação de preços dos alimentos”, declarou.  

O ministro comemorou, ainda, a eleição do ex-ministro José Graziano da Silva para a direção geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). “A eleição do Graziano é uma expressão da força do Brasil na comunidade internacional e da economia nacional”, comentou. “Temos o país com maior sucesso na agricultura tropical do mundo”.

A disputou ocorreu durante a 37ª Assembleia Geral da FAO, realizada em Roma entre 25 e 26 de junho. Graziano foi eleito no domingo por 92 votos contra 88 obtidos pelo ex-chanceler da Espanha Miguel Ángel Moratinos.

Aprosmat participa da Reinstalação da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem

foto: André Oliveira

O presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Pierre Patriat, participou na manha desta quarta-feira (29-06) da cerimônia de Reinstalação da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog). O evento contou com presença do diretor geral Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Antônio Pagot, que na oportunidade explanou sobre o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC do Transporte. Estiveram também diversas autoridades e entidades ligadas ao setor de Logística, Transportes e Armazenagem.

Frente Parlamentar de Logística dos Transportes e Armazenagem vai lutar por investimentos

Evento para reinstalar a Frente, lançada em 2009, foi realizado nesta quarta-feira (29) na Câmara dos Deputados, em Brasília

Foto: Júlio Fernandes/CNT Senador Clésio Andrade discursa durante o evento

Os gargalos do setor transportador brasileiro estiveram mais uma vez em debate no Congresso Nacional. Nesta quarta-feira (29) foi reinstalada a Frente Parlamentar Mista de Logística dos Transportes e Armazenagem. Ao todo, 204 deputados federais e 20 senadores compõem o grupo, que pretende batalhar por investimentos para o setor.

 

O presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), senador Clésio Andrade (PR-MG), é o vice-presidente da Frente. Em seu discurso, Clésio Andrade ressaltou que mesmo com o aumento dos investimentos nos últimos anos, os números ainda são insuficientes para a necessidade do Brasil. “Não se desenvolve um país sem investir no transporte. Se temos R$ 20 bilhões para o setor, vamos usar R$ 5 bilhões para o custeio de PPPs (Parcerias Público Privadas). Acho que grande parte dos problemas do transporte será resolvida por meio delas”, argumentou.

 

De acordo com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, que também participou do evento, os problemas de armazenagem também devem receber maior atenção por parte do governo. “Em inúmeras regiões brasileiras temos sofrido para estocar as grandes safras. Precisamos colocar em foco um programa de armazenagem que nos permita ter uma melhor estrutura”, lembrou Pagot.

 

A Frente Parlamentar, lançada em 2009, tem como objetivo agregar parlamentares para avançar nas proposições legislativas que visem mudanças e melhorias na qualidade da infraestrutura brasileira. O colegiado também cobra, fiscaliza e apoia projetos do Executivo na sua área de atuação. “A proposta é ser uma facilitadora para realizar as ações no setor de transporte”, garantiu o presidente da Frente, deputado Homero Pereira (PR-MT).

 

​Aerton Guimarães – Redação CNT

Norma para certificação de armazéns é revisada

Instrução atualiza a legislação e incentiva obtenção do selo de conformidade

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou os novos requisitos técnicos obrigatórios ou recomendados para certificação de unidades armazenadoras em ambiente natural. Também foi aprovado o regulamento de avaliação da conformidade das unidades armazenadoras.
A Instrução Normativa nº 29, publicada no Diário Oficial da União de ontem, 9 de junho, consolida todas as normas e procedimentos a serem adotados na implantação do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras (SNCUA).
Os itens foram atualizados em conformidade com a IN nº 41, de 14 de dezembro de 2010, que prorrogou os prazos para as empresas adequarem as suas estruturas às regras do sistema nacional. Além disso, previa a revisão dos requisitos técnicos a serem cumpridos no processo de certificação.

O escalonamento determinado pelo Ministério da Agricultura na IN nº 41, que compreende o período de 2012 a 2017 e estabelece percentuais de implantação em seis etapas (sendo 15% das unidades nas cinco primeiras e 25% na sexta etapa), segue mantido.

O coordenador de Serviços de Infraestrutura, Logística e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes Batista, explica que as modificações ocorreram em poucos pontos e buscaram valorizar aspectos relacionados à qualificação do setor. O objetivo é aumentar a visibilidade dos produtos submetidos ao processo de armazenagem, com agregação de valor e competitividade frente aos mercados internos e externos.
“Flexibilizamos alguns requisitos, com o propósito de atender a um maior número de situações, e desobstruímos alguns gargalos para diminuir o custo das empresas na obtenção da certificação”, afirma.
Saiba mais
O Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras é coordenado pelo Ministério da Agricultura, com regras e procedimentos de gestão para qualificação de armazéns para a guarda e conservação de produtos agropecuários dentro de padrões internacionalmente reconhecidos.
A certificação busca o fortalecimento da relação do setor armazenador com o setor produtivo e a sociedade, a redução das perdas que ocorrem durante o processo de armazenamento e o aumento da credibilidade do setor frente aos mercados externos.
O Organismo de Certificação de Produto (OCP) é acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), responsável pelo controle e acompanhamento da concessão da licença e uso da identificação da certificação.

Balança comercial do setor tem saldo positivo

Superávit foi de US$ 6,9 bilhões em maio. Carnes, açúcar, etanol e complexo soja registraram os maiores valores exportados

A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 6,9 bilhões em maio. As carnes, o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) e o complexo soja (grão, farelo e óleo) foram responsáveis por 67 % da receita das exportações. O valor embarcado foi de US$ 8,4 bilhões (17,5% a mais que em maio de 2010).  As importações também cresceram em relação ao mesmo período do ano passado, e o montante foi de US$ 1,5 bilhão.
 “Ainda que haja uma forte apreciação do real, os produtores foram compensados pela valorização, em dólar, dos preços dos produtos do agronegócio, que permitiu bons ganhos nesta safra”, explica o diretor do departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira.
As exportações do complexo soja totalizaram US$ 3,37 bilhões. Esse valor representa aumento de 27% se comparado com o de maio do ano passado. A soja em grão registrou aumento de 22,2% na receita em relação ao valor registrado no mesmo período de 2010 (subiu de US$ 2 bilhões para US$ 2,6 bilhões). A quantidade exportada do grão teve queda de 6,9%, mas os preços foram 31,3% superiores, o que contribuiu para elevar o valor total exportado.
Já o valor exportado de carnes aumentou 14%, subindo de US$ 1,2 bilhão em maio de 2010 para US$ 1,37 bilhão em maio de 2011. A quantidade desse produto reduziu-se 3,2%, passando de 513,5 mil toneladas para 497,1 mil toneladas. Já a receita da carne de frango foi 35% superior em relação a maio de 2010 (subiu de US$ 503 milhões para US$ 679 milhões).
Quanto ao montante das exportações do complexo sucroalcooleiro, houve redução de 9,7% em relação a maio de 2010 (passou de US$ 1 bilhão para US$ 932 milhões). A receita do açúcar embarcado caiu 7,6 % e a do álcool, 50,4%, se comparado com mesmo período do ano passado.
Os países que se destacaram na variação do valor exportado em maio deste ano, em relação a maio de 2010, foram Tailândia (276%), Espanha (99%), Arábia Saudita (67%), Argélia (45 %), Japão (44 %) e Alemanha 41%.�
O Brasil importou, em valores, 53,8% a mais, na comparação com maio de 2010. Os produtos florestais, cereais e farinhas foram itens que se destacaram nas importações. A aquisição de produtos florestais, como o papel e a borracha natural, aparecem na primeira posição em valor, com US$ 302 milhões (28,5% superior às receitas registradas em maio de 2011).

fonte: Mapa

Workshop vai abordar a legislação da produção de sementes

         A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) realiza nos dias 16 e 17 de junho o 1º Workshop de Leis de Sementes Aprosmat, auditório do Novotel em Rondonópolis (210 quilômetros de Cuiabá). O evento tem a finalidade de levar ao produtor de sementes, responsáveis pela produção de sementes, como os agrônomos, responsáveis técnicos e advogados das empresas produtoras de sementes, informações a respeito das legislações que regem a produção de sementes no Brasil. Entre elas a lei de sementes, a lei de proteção de cultivares e também a lei de patentes.

         O workshop terá a participação da coordenadora de propriedade intelectual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Daniela de Moraes Aviani, e da advogada coordenadora da Berckembrock & Advogados Associados, Selemara Berckembrock Ferreira Garcia, autora do livro: A proteção jurídica das cultivares no Brasil: plantas transgênicas e patentes, e de diversos artigos científicos nesta área. Advogada especializada em propriedade intelectual de sementes, a qual presta assessoria a diversos segmentos ligados a área sementeira.

         De acordo com a secretária executiva da Aprosmat, Andréia Bernabe Santos, o evento vai servir também para ouvir o produtor de semente sobre a mudança no artigo 10, da Lei de Proteção de Cultivares, que prevê o não pagamento dos royalties sobre a cultivar protegida – para aquele que reserva e planta sementes para uso próprio em seu estabelecimento, ou em estabelecimento de terceiros cuja posse detenha.

A necessidade está pelo fato da tramitação no Congresso Nacional da alteração da lei de proteção de cultivares, onde tira o direito do agricultor produzir sua própria semente. “Nós temos uma preocupação muito grande em termos disso, então a gente quer saber a opinião do produtor, o que ele acha disso, se é uma coisa positiva ou não”.

 A secretária reforça que a Aprosmat já fez trabalhos e estudos, com vários fóruns a respeito do tema. “A gente não vê como positivo. Nós queremos a paz do produtor, esse workshop vai servir justamente pra gente levantar os pontos”, diz Andrea lembrando ainda que se trata de lei nacional, o que gera impactos socioeconômico e socioambiental.

Assessoria de Imprensa Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso

Pauta Pronta Assessoria de Imprensa e Agência de Conteúdo

Cairo Lustoza

Governo prevê até 2020 mais 24 hidrelétricas

Investimento previsto em geração é de R$ 190 bilhões; metade deve ir para as hidrelétricas, segundo plano decenal (2011-2020)

A construção de hidrelétricas é a maior aposta do governo federal para aumentar a geração de energia no País nos próximos dez anos. A estratégia em estudo prevê a construção de 24 usinas a partir de 2016, que poderão agregar mais de 18 mil megawatts (MW) de eletricidade ao sistema brasileiro. Estão previstos R$ 190 bilhões em investimentos para a área de geração. Mais da metade do valor será aplicada em hidrelétricas.

De acordo com a versão preliminar do Plano Decenal (2011-2020) de Expansão de Energia (PDE), o governo deve leiloar ainda este ano oito projetos hidrelétricos, que representam cerca de 10% do volume de energia nova que deve começar a ser gerada dentro de cinco anos. Até o momento, entretanto, apenas dois projetos têm a documentação necessária para ir a leilão: Cachoeira e Estreito. Essas usinas deverão ser construídas no Rio Parnaíba, na divisa do Piauí com o Maranhão, e poderão gerar até 119 MW de eletricidade.

A maior hidrelétrica prevista para entrar em operação entre 2016 e 2020 é a de São Luiz do Tapajós. A usina terá capacidade de produzir até 6.133 MW de energia e faz parte do grupo de três empreendimentos que serão leiloados em 2012. Além de sua potência, a usina tem outro diferencial: será o primeiro projeto de usina-plataforma a ser ofertado pelo governo. A hidrelétrica funcionará como uma plataforma de petróleo em alto-mar, com revezamento de equipes de operação e impacto ambiental reduzido durante a construção.

Além das novas usinas, o governo conta com a conclusão das hidrelétricas que já estão em obras ou prestes a começar para garantir o aumento de geração necessário para atender ao crescimento no consumo de eletricidade previsto para o período, que é de 4,9% ao ano.

Neste pacote está incluída Belo Monte, que recebeu esta semana a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o início efetivo de sua construção. A usina, que será construída no Rio Xingu (PA), poderá produzir até 11.233 MW de eletricidade e deve começar a operar a partir de fevereiro de 2015. Na área de transmissão, o plano decenal prevê R$ 46 bilhões em investimentos.

Pré-sal. O setor de petróleo e gás deve receber R$ 686 bilhões em investimentos. “Espera-se que no próximo decênio a produção nacional de petróleo e gás natural seja duplicada, com a contribuição do pré-sal atingindo cerca da metade dessa produção até 2020”, afirma o governo no documento.

No segmento de biocombustíveis, a projeção de investimentos é de R$ 97 bilhões. A expectativa do governo é que a demanda de etanol será “plenamente atendida” pela expansão da oferta, que será garantida pelo aumento da área de plantio de cana-de-açúcar e ampliação da capacidade de produção das usinas que já operam no País, além da implantação de novas unidades.

“Neste contexto, vislumbram-se empreendimentos direcionados a facilitar e reduzir os custos de transporte e armazenagem de etanol”, explica o governo no texto, que foi colocado pelo Ministério de Minas e Energia em consulta pública até 1o de julho. A versão final do PDE deve ser conhecida ainda no segundo semestre do ano.

Nova licença. Depois do sinal verde dado para a construção de Belo Monte, o Ibama liberou ontem a licença de instalação da hidrelétrica de Santo Antônio do Jari, que será construída na divisa entre o Amapá e o Pará.

“Os impactos socioambientais serão muito reduzidos por se tratar de uma região de baixa densidade demográfica com plantios de eucaliptos”, informou o instituto. “Boa parte da área onde será construída a usina pertencia ao antigo Projeto Jari, concebido para fabricar papel. Para a instalação do canteiro de obras, por exemplo, não haverá necessidade de supressão de nenhum hectare de floresta nativa. Também não haverá desapropriação de ribeirinhos”, acrescentou o Ibama.

A hidrelétrica terá capacidade de produzir cerca de 373 megawatts (MW) de energia, de acordo com o Ibama. O projeto da usina foi incluído na primeira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

fonte: O Estado de São Paulo