Garantia de preço mínimo para milho não é cumprida na prática

Há mais de 20 anos que o preço mínimo estabelecido para o milho não é cumprido no Brasil. O alerta é de Alysson Paolinelli, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). Ele explica que a cultura está em pleno crescimento no país, mas poderia evoluir muito mais se as políticas públicas fossem cumpridas e incentivadas corretamente.

“O Brasil tem capacidade para dobrar ou mesmo triplicar a produção de milho mas, infelizmente, ainda existem alguns entraves que prejudicam o setor”, comenta o executivo. De acordo com ele, o país é o único no mundo capaz de manter uma produção de qualidade o ano todo. “É importante criar uma cultura contínua para o grão e é isso que a Abramilho incentiva para os agricultores”, afirma.

Além da garantia de preço mínimo, Paolinelli afirma que é necessário que o governo melhore os financiamentos, o crédito rural, as condições de escoamento e logística para o produto e, mais importante, ofereça o seguro aos produtores do grão.

De acordo com o presidente-executivo, o País se encontra em um momento favorável, com ótimos preços, condições climáticas e oferta de tecnologias. “As modernas máquinas e sementes muito mais produtivas nos colocam em condições de competir com os maiores produtores do mundo. Somos capazes de nos tornar o grande exportador de milho, e isso traria muitos benefícios para o Brasil”, conta Paolinelli.

Fonte: Globo Rural On-Line

MT tem 13 cidades em lista de 20 maiores produtores de soja do país

O ano de 2010 consolidou um novo recorde para a produção brasileira de soja e ao término da safra foram colhidas 68,8 milhões de toneladas. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um crescimento de 19,20% na comparação com o ano anterior, sustentado, principalmente, pela expansão na área plantada e as boas condições climáticas, que contribuíram para o bom desenvolvimento da cultura. Estados como Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia registraram as maiores produções da oleaginosa.

Os dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (26), referentes à Produção Agrícola Municipal (PAM), mostram que o estado mato-grossense manteve a liderança nacional na produção desta cultura, com 18,8 milhões de toneladas. Os números levam em consideração o desempenho do campo no ano agrícola de 2009/10. Sozinha, a unidade da federação foi responsável por 27,3% do total produzido no país. Apesar do percentual, o estado perdeu participação frente ao cenário nacional, pois em 2009 detinha 31,7%.

Treze municípios figuram no ranking das 20 cidades que mais produziram soja no período avaliado. O destaque, conforme o IBGE, continua com Sorriso, maior produtor estadual da oleaginosa e que ultrapassou em 2009/10 mais de um milhão de toneladas.

No ranking dos maiores produtores estão também Sapezal, Nova Mutum, Campo Novo do Parecis, Diamantino, Nova Ubiratã, Lucas do Rio Verde, Querência, Primavera do Leste, Itiquira, Ipiranga do Norte, Campo Verde e Campos de Júlio. Segundo o instituto, juntos foram responsáveis por 15,8% da produção nacional, e por 57,8% da produção mato-grossense.

Cidades como Sorriso (-1,4%); Sapezal (-2,5%); Nova Mutum (-1,0%); Diamantino (-1,3%); e Campos de Júlio (-13,6%) registraram recuo na produção de soja. O IBGE atribui o avanço geral da oleaginosa em razão do uso de áreas de algodão e de arroz. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, os números apenas mostram um cenário já consolidado no estado.

“Temos mais área e os outros estados não têm como expandir. O Paraná, por exemplo, não tem como aumentar mais. Aqui, podemos dobrar nossa produção e produzir o que o Brasil precisa só em soja”, disse Silveira. No intervalo avaliado, o Paraná figurou na vice-liderança nacional na produção de soja, com 14 milhões de toneladas.

Milho

Os números apresentados nesta quarta-feira pelo IBGE mostram que para a cadeia do milho, Mato Grosso produziu 8,1 milhões de toneladas. O Paraná, na primeira posição do ranking, foi responsável por 13,5 milhões de toneladas.

Individualmente, o município de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, detém a marca de maior produtor nacional de milho desde 2007 e, em 2009/2010, superou 1 milhão de toneladas, um aumento na produção de 17,2%, em relação a 2009, conforme o instituto.

“Este crescimento é explicado pela expansão da área colhida, que foi de 48.120 hectares (26,4%). Alguns municípios do estado apresentaram retração da área colhida, pois optaram pelo plantio da soja na primeira safra”, aponta o instituto em seu relatório.

Fonte: G1 MT

Importações de soja pela China crescem em outubro

Os números, que foram informados pelo governo da China, vieram em linha com os estimados por analistas, já que os processadores chineses ampliaram suas importações diante de melhores margens de esmagamento.

Sobre as compras de óleo de soja o que se espera também é um aumento de 146,4 mil toneladas para outubro e para 156,8 mil toneladas em outubro, sendo a maior parte esperada para chegar da Argentina. Os volumes são expressivamente maiores do que as importações de setemro, que totalizaram 71,3 mil toneladas.

EUA – O governo chinês informou ainda que os embarques norte-americanos se recuperaram em outubro.

Os desembarques de soja dos EUA para a China deverão totalizar 2,56 milhões de toneladas em outubro. Já os do Brasil e Argentina deverão somar aproximadamente 1 milhão de toneladas. A origem de 344 mil t de soja não foi identificada.

Fonte: Notícias Agrícolas

Sojicultores usam crotalária no controle a nematoides

Plantio de crotalária na entressafra da soja está se difundindo em Mato Grosso, em substituição ao milheto ADR 300 e 70-10, como alternativa para reduzir a densidade populacional de nematóide. Mais eficaz, a substituta consegue diminuir melhor a densidade populacional do nematóide das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), se comparado com os resultados obtidos pelo uso do milheto.

Porém, o custo é mais elevado. Ao cultivar 200 hectares com crotalária, o produtor irá desembolsar no mínimo R$ 14,4 mil, investimento 140% maior que o empregado para o cultivo do milheto, que exigiria R$ 5 mil. Resultado é obtido considerando o custo médio do quilo da semente de milheto (R$ 2,50) e de crotalária (R$ 6) e a quantidade mínima semeada, sendo 10 quilos/há para o milheto e 12 quilos/ha para a crotalária.

Produtor Celso Antonio Nicaretto, da fazenda Pleno Verão, diz que comprou as sementes de crotalária na região Sul do Estado, pagando cerca de R$ 7,50 (kg). “Plantei 200 hectares no mês passado, logo após a colheita da soja”. Influenciado por vizinhos, Nicaretto diz que optou por investir na cultura, após observada eficácia no controle do nematoide.

Na região Leste do Estado, o produtor José Luiz Steffen diz que pretende plantar a crotalária logo após a colheita da próxima safra de soja. “Plantei2,990 mil hectares de soja e 300 hectares de milho este ano”. Pesquisadora Ligia Rossetto Lopes cita o caso de um produtor de Nova Mutum que colheu 22 sacas de soja por hectare com a incidência do nematoide e após rotação com a crotalária a produtividade obtida subiu para 52 sacas por hectare.

Mas, acrescenta, cabe ao produtor avaliar qual alternativa é mais viável economicamente, mas considera que ofator de reprodução do nematoide com uso do milheto é de 0,2% e com a crotalária é zero. Essas cultivares funcionam como uma armadilha, atraindo e aprisionando larvas de nematoides. “Por enquanto, o manejo mais adotado no Estado é do milheto, para formação de palhada e controle da doença”.

Mas, acrescenta a pesquisadora, com as perdas causadas nos últimos 3 anos, a crotalária passou a ser adotada em todas as regiões produtoras de soja e milho de Mato Grosso. Antes de optar por qualquer uma das duas alternativas, Rossetto orienta o produtor a consultar um técnico ou engenheiro agronômo. Decisão deve ser baseada na análise nematológica, realizada por laboratórios de confiança no Estado. “O Pratylenchus não é fácil de controlar, ao contrário dos nematóides de galha e cisto, porque esses já tem cultivares de soja e milho resistentes a eles”.

Fonte: Gazeta Digital

Produtores estão ansiosos com votação do Código Florestal

Produtores rurais de Mato Grosso estão ansiosos com a votação do novo Código Florestal, prevista para o dia 8 de novembro. Mais de 2 anos se passaram desde que as discussões começaram e quaisquer outras ações implementadas visando a regularização ambiental das propriedades não avançaram diante da possibilidade de anulação dos processos caso o código determine algo diferente. Um exemplo é o cadastramento no Programa Mato-grossense de Regularização Ambiental Rural (MT Legal) que ainda tem baixo índice de adesão.

Depois de debates e discussões chegou-se a um substitutivo ao texto original do Código Florestal (PLC 30/2011), que tramita no Senado Federal e deve ser votado nos próximos dias. Na avaliação do deputado federal Homero Pereira, que acompanha de perto a tramitação do novo código, alguns avanços foram observados e o texto tem evoluído no sentido de beneficiar os produtores rurais brasileiros.

Entre as mudanças, citadas por Pereira como positivas para o setor produtivo está a que cria o Inventário Florestal Nacional para análise da existência e qualidade das florestas em imóveis rurais privados e terras públicas. Outra importante é que proprietários ou possuidores de imóveis rurais que comprovarem a manutenção de vegetação nativa nos percentuais exigidos pela legislação em vigor à época em que ocorreu a sua supressão, ficam dispensados de promover a recomposição, compensação, ou regeneração para os percentuais exigidos.

A terceira mudança relevante diz respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs) em que, fica autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.

Essas mudanças são consideradas positivas também pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira. Segundo ele, apesar de parecer difícil, os produtores não terão obstáculos para comprovar (com documentos), a manutenção da vegetação nativa nos percentuais previstos na lei, uma vez que mesmo eles tendo ocorridos em diferentes períodos e conforme a legislação vigente na época, é possível recorrer às imagens de satélite e verificar se estavam regulares ou não.

Silveira também considera que o mesmo ocorre com a consolidação, até julho de 2008, das áreas de APP onde são realizadas atividades agrossilvopastoris, de ecoturismo e turismo rural, mas ressalta que os proprietários das áreas terão que adotar mecanismos de proteção destas áreas. “A discussão do Código Florestal foi bastante democrática e Mato Grosso teve uma participação importante neste processo, uma vez que por várias ocasiões os produtores rurais foram a Brasília até a criação de uma Frente Parlamentar para ajudar na intermediação dos pontos junto aos parlamentares”, lembra o presidente da Aprosoja ao completar que estas questões têm o objetivo de corrigir erros do passado e evitar novos no futuro.

Depois da votação no Senado, a matéria segue para o Congresso Nacional e daí para a sanção presidencial. O relatório do Projeto de Lei Complementar deve receber emendas até esta terça-feira (1º). Para o deputado Homero Pereira o texto resguarda o interesse nacional. “Todas as modificações foram discutidas com o governo federal de modo a reduzir divergência e rejeição à proposição. O resultado é fruto da união entre Legislativo e Executivo propiciado por um ambiente mais pacífico”.

Compensação – Uma outra mudança prevista no novo Código Florestal é a possibilidade de os produtores rurais brasileiros serem recompensados financeiramente pela preservação do meio ambiente. O pagamento por serviços ambientais é uma das novidades do PLC. Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, a considera a inclusão do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no projeto um avanço para o setor produtivo.

“Há anos reivindicamos esse reconhecimento pois dessa forma poderemos passar de uma lei punitiva para uma lei que incentiva a preservação”. Prado observa que essa inclusão é um mecanismo poderoso, capaz de conter o desmatamento e de incentivar a proteção de reservas florestais já existentes no país.

Fonte: Gazeta Digital

Coordenadora da Aprosmat participa de evento sobre nematologia em Portugal

A coordenadora técnica do Laboratório de Nematologia da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Neucimara Ribeiro, participou da Assembléia Anual Onta XLIII, realizada em Coimbra, em Portugal.

O evento foi realizado pelo Comitê Executivo da Onta entre os dias 4 e 9 de setembro. A reunião foi realizada no Auditório dos Serviços Centrais da Faculdade de Ciências e Tecnologia (Polo II Campus), da Universidade de Coimbra teve como objetivo reunir pesquisadores de todo o mundo, para compartilhar e discutir suas descobertas sobre o campo amplo e interdisciplinar de Nematologia. Portanto, as contribuições científicas são esperados para cobrir uma variedade de tópicos, incluindo sistemática, biodiversidade, ecologia e novas estratégias de controle de doenças de nematóides.

Doutora Neucimara Ribeiro (primeira da direita para esquerda) representou a Aprosmat no evento internacional

Durante a reunião, foi criado um ambiente onde todos, alunos e profissionais, podem trocar idéias.

Milho: Movimentação de venda rompe referências em MT

A cinco meses do início do plantio do milho segunda safra, em Mato Grosso, quase 50% da produção estimada em 8,90 milhões de toneladas do grão está comercializada. A movimentação do mercado vem surpreendendo analistas pelo volume de contratos de venda antecipada que estão sendo firmados, numa clara evidência da demanda mundial pelo grão. Até o final da semana passada cerca de 4 milhões t haviam sido negociadas pelos produtores mato-grossenses.

Conforme estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a nova safra do milho – que começará a ser cultivada a partir de janeiro e fevereiro de 2012 – será 27,3% maior em comparação à colheita de 2011, quando o Estado produziu 6,99 milhões de toneladas.

O incremento das vendas antecipadas pode até mesmo alterar a previsão inicial do Instituto que crê em um incremento de 14,2% sobre a área plantada, que passaria de 1,75 milhão de hectares (ha) para 2 milhões.

Na medida em que há prospecção de aumentar a área plantada na segunda safra com o milho, o sojicultor antecipa o plantio da soja.

Em Mato Grosso, a precocidade da soja é o maior indicativo do tamanho que o milho terá, já que o grão é plantado na medida em que a oleaginosa é colhida, ou seja, o milho ocupa a mesma área da soja. Conforme o Imea, da safra 2011 do milho existe cerca de 5% em estoque. “E já temos 45% da nova produção está comprometida”.

Conforme os analistas do órgão, fica impossível estabelecer um comparativo, pois, no histórico, o momento mais precoce de comercialização ocorreu sempre próximo da colheita, geralmente um ou dois meses antes, “portanto, faltam números passados, pois nunca ocorreu com tanta precocidade”.

Chama a atenção do mercado é que as vendas do milho se concretizam antes mesmo do plantio da soja a ponto de as duas culturas atingirem patamares de comprometimento muito próximos.

“De agora em diante o plantio de soja será determinante para uma elevação desses números, pois, quanto mais se estender a estiagem, menor ficará a janela para o plantio e exploração do maior potencial da cultura do milho”.

Conforme recomendações agronômicas, a “janela de plantio” é o melhor período à cultura, ou seja, no Estado, o intervalo se encerra em 28 fevereiro, porque após a data o fluxo de chuvas diminuiu e prejudica o desenvolvimento da planta e conseqüente formação das espigas.

Fonte: Diário de Cuiabá

Lavoura substitui áreas de pastagem

Este ano a área de soja em Mato Grosso, principal produtor da leguminosa, deve crescer 200 mil hectares em relação à safra passada. Tudo em cima de pastagens degradadas. No noroeste de São Paulo, em Araçatuba, os canaviais avançaram, de cinco anos para cá, exclusivamente em áreas de pasto – a região, conhecida como Terra do Boi, vai sendo ocupada por usinas de açúcar e álcool que por ali se instalaram – pelo menos 15.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores de soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, “nosso Estado dispõe de 5 milhões a 6 milhões de hectares de terras aptas à agricultura ocupadas com  pasto”. Na safra passada, Silveira diz que 100 mil hectares de pasto já foram convertidos, sobretudo no oeste. Para Silveira, o incremento na área de lavouras poderia ser maior, pois “há muitos pecuaristas que resistem em arrendar área e não dispõem de capital necessário para investir em lavouras de grãos”. Ele acredita que se o mercado continuar bom para os grãos, “a incorporação de pastagens continuará a ser a grande tendência”.

O pasto tem se firmado como “a nova fronteira” agrícola num cenário em que se acentuam as restrições ao desmatamento e também em lugares nos quais, na verdade, já quase não há mata nativa a ser derrubada. Além disso, dependendo da região e da distância em relação aos polos produtores, desmatar já não é economicamente viável. Área aberta para a expansão é o que não falta, aliás. Segundo estudo do professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Gerd Sparovek, o País dispõe de 60 milhões de hectares de pastagens com elevada ou média aptidão agrícola, dos quais boa parte cedo ou tarde será convertida em lavoura para atender à crescente demanda mundial por alimentos.

Nos cerrados do Centro-Oeste, embora a compilação de dados do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) compreenda o período de 2005 a 2008 – “Quando a expansão da soja ainda não tinha sido tão acentuada”, explica o diretor geral do instituto, André Meloni Nassar – as pastagens já podem ser consideradas as grandes doadoras de terras para a expansão das lavouras de grãos. Em Canarana, no leste de Mato Grosso, região tradicional na pecuária, o vice-presidente do Sindicato Rural, Arlindo Cancian, cultivou, na última safra, 450 hectares de soja. Na próxima, serão 600 hectares, cuja diferença avançará em pastos degradados.

Além de agricultor, Cancian é pecuarista e aproveita para recuperar pastos com lavoura, no sistema de integração lavoura-pecuária. “Produzo soja, milho, sorgo e milheto e tenho 700 cabeças de gado de corte”, explica. “Quando sai a lavoura, entra o gado nos restos de cultura. Assim vou recuperando a pastagem”, explica. Do total de 1,87 milhão de hectares do município, 450 mil hectares são de pasto, a maior parte precisando de reforma, diz o produtor. “E é nessas áreas que o plantio de grãos, sobretudo o de soja, crescerá por aqui, de 128 mil hectares na safra passada para 150 mil hectares na próxima safra”, continua Cancian, acrescentando que a recuperação de pastagens tem ocorrido desta forma, com lavoura em cima. Para Cancian, com a integração “é possível colocar mais animais por hectare e ter renda maior também na pecuária.”

Pré-inoculação de sementes de soja não garante eficiência

Os produtores começam a se preparar para o cultivo da safra de soja que se inicia em final de setembro/início de outubro. Entre as práticas utilizadas para incrementar a produção está a fixação biológica do nitrogênio, processo que ocorre com a inoculação de bactérias denominadas rizóbios. No entanto, os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fazem um alerta para que os produtores não cultivem sementes de soja pré-inoculadas. “Apesar da inoculação prévia das sementes facilitar a operação de cultivo, temos observado problemas sérios de eficiência da tecnologia relacionados à pré-inoculação,” alerta a pesquisadora Mariangela Hungria.

Esta afirmação de que a sobrevivência das bactérias não foi aceitável em períodos superiores a 10 dias foi comprovada, a partir da análise de alguns produtos comerciais, na safra 2010/2011. “A situação fica ainda mais séria no caso de sementes tratadas com agrotóxicos e micronutrientes, com drástica redução no número de células de Bradyrhizobium. Nestas situações os benefícios da fixação biológica do nitrogênio podem ser perdidos”, ressalta Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.

De acordo com o Ministério da Agricultura, os inoculantes para a soja devem possibilitar, no mínimo, 600 mil células por semente e, no caso de aplicação no sulco, seis vezes essa concentração. No entanto, ensaios conduzidos na Embrapa Soja evidenciam a diminuição drástica de células viáveis nas sementes como resultado da pré-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos aplicados nas sementes como resultado de pre-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos nas sementes. “Conduzimos ensaios de laboratório na Embrapa Soja, seguindo os protocolos oficiais do MAPA, cujos resultados evidenciam a diminuição de células viáveis”, afirma.

FBN na soja – Na safra 2010/11, a cultura da soja ocupou uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares, o que representa aproximadamente 50% da área cultivada com grãos no País. Desse total, grande parte utiliza a fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que dispensa a adubação nitrogenada na cultura da soja (resultando em uma economia estimada em US$ 6,6 bilhões anuais). Por outro lado, a reinoculação anual garante incrementos médios de 8% no rendimento de grãos.

Fonte: Embrapa Soja

Embrapa indica cultivares de soja convencional para a próxima safra

Os produtores começam a se preparar para o cultivo da safra de soja que se inicia em final de setembro/início de outubro. Entre as práticas utilizadas para incrementar a produção está a fixação biológica do nitrogênio, processo que ocorre com a inoculação de bactérias denominadas rizóbios. No entanto, os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fazem um alerta para que os produtores não cultivem sementes de soja pré-inoculadas. “Apesar da inoculação prévia das sementes facilitar a operação de cultivo, temos observado problemas sérios de eficiência da tecnologia relacionados à pré-inoculação,” alerta a pesquisadora Mariangela Hungria.

Esta afirmação de que a sobrevivência das bactérias não foi aceitável em períodos superiores a 10 dias foi comprovada, a partir da análise de alguns produtos comerciais, na safra 2010/2011. “A situação fica ainda mais séria no caso de sementes tratadas com agrotóxicos e micronutrientes, com drástica redução no número de células de Bradyrhizobium. Nestas situações os benefícios da fixação biológica do nitrogênio podem ser perdidos”, ressalta Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.

De acordo com o Ministério da Agricultura, os inoculantes para a soja devem possibilitar, no mínimo, 600 mil células por semente e, no caso de aplicação no sulco, seis vezes essa concentração. No entanto, ensaios conduzidos na Embrapa Soja evidenciam a diminuição drástica de células viáveis nas sementes como resultado da pré-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos aplicados nas sementes como resultado de pre-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos nas sementes. “Conduzimos ensaios de laboratório na Embrapa Soja, seguindo os protocolos oficiais do MAPA, cujos resultados evidenciam a diminuição de células viáveis”, afirma.

FBN na soja – Na safra 2010/11, a cultura da soja ocupou uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares, o que representa aproximadamente 50% da área cultivada com grãos no País. Desse total, grande parte utiliza a fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que dispensa a adubação nitrogenada na cultura da soja (resultando em uma economia estimada em US$ 6,6 bilhões anuais). Por outro lado, a reinoculação anual garante incrementos médios de 8% no rendimento de grãos.