Regras ficam mais rígidas para importar sementes e mudas

Maior controle de vegetais destinados à pesquisa visa evitar a entrada de pragas no país

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou a Instrução Normativa nº 52, fixando exigências fitossanitárias para importação de qualquer produto vegetal ou parte dele, destinado à pesquisa científica e à experimentação agrícola. Uma das exigências é que o importador deverá estar vinculado a uma instituição ou empresa com atuação comprovada nessas atividades.

De acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do ministério, Marcus Vinícius Segurado Coelho, “a nova regra também define melhor as categorias de produtos que realmente estão sujeitos à aprovação pelo Mapa. A norma detalha ainda os critérios e meios para obtenção da permissão de importação”.

O diretor do departamento destacou ainda que os novos procedimentos tornarão também mais previsíveis os prazos para obtenção das permissões de importação, condição importante para pesquisadores e acadêmicos. Assim como na regra anterior, os produtos cobertos pela norma estarão sujeitos a procedimentos específicos de quarentena vegetal antes da sua liberação.

 

Fonte: MAPA

Valor Bruto da Produção de 2016 é de R$ 523,6 bilhões

O faturamento da agropecuária é de R$ 523,62 bilhões em 2016. As lavouras tiveram um valor bruto da produção de R$ 340,6 bilhões, e a pecuária, R$ 183 bilhões. Na série iniciada em 1990, o resultado do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2016 é o segundo maior, ficando atrás apenas do ano passado, quando chegou a R$ 533,1 bilhões. O número, referente ao mês de novembro, foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“A seca é a principal variável, afetando o valor deste ano”, assinala o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques.

O melhor desempenho neste ano é apresentado pela banana, com aumento real de 48,2%. Depois, aparecem o feijão (25,6%), o trigo (25,5%), a batata-inglesa (24,9%), o café (15,9%), a maçã (12,6%) e a soja (1,2%). Na pecuária, destacam-se pelo bom resultado a carne de frango, que teve aumento de valor de 3,4%, e ovos, 3%.

Os produtos que mais tiveram perdas de valor foram o tomate (-49%), mamona, (-41,4%), fumo (- 29%), cacau (-14,5%) uva (-14,2%) amendoim (-13,4%), algodão (-12%), arroz (11,8%), laranja (-11,4%), cebola (-9,2%), mandioca (-7,2%) e milho (- 5,5%). Na pecuária, as quedas ocorreram em carne suína (-11,6%), bovina (-4,7%) e leite (-8,1%).

Apesar de 2016 ter sido bastante afetado por problemas climáticos, os preços agrícolas recebidos pelos agricultores foram para a maioria dos produtos pesquisados mais elevados do que no ano passado. Isso evitou que houvesse redução maior do valor da produção do ano.

Os resultados regionais mostram tendência ocorrida durante o ano, em que o Sul e Centro-Oeste lideram o faturamento da agropecuária no país, com R$ 154,9 bilhões e R$ 143,9 bilhões, respectivamente. A seguir, Sudeste, R$ 142,9 bilhões, Nordeste, R$ 43,2 bilhões e Norte, R$ 31,4 bilhões.

Prognóstico para 2017

“Parece que 2017 será melhor do que este ano”, avalia Gasques. Os resultados de produção divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam safras mais elevadas para o próximo ano. O aumento deve ocorrer especialmente pelos ganhos de produtividade, que estarão em torno de 13%, ressalta o coordenador. 

O valor da produção previsto com base nas informações preliminares é de R$ 552, 56 bilhões, 5,5% acima do valor deste ano. As lavouras devem representar R$ 365 bilhões, com destaque para a soja (R$ 118 bilhões) e a pecuária, R$ 187,5 bilhões.  Ambas com aumento real expressivo em relação a 2016, conclui Gasques.

Veja aqui e aqui os VPB nacional e regional.

 

Fonte: MAPA

Funcionários da Aprosmat recebem treinamento durante a II Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

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A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) promoveu para seus colaboradores a II Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat). Nesta edição os funcionários receberam treinamento de Direção Defensiva e primeiros socorros. A iniciativa que já faz parte do calendário de atividades anuais da Aprosmat aconteceu de (28/11 à 02/12) buscou conscientizar e prevenir os funcionários sobre os acidentes do trabalho.
Além do treinamento a equipe também foi beneficiada com orientações sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, Cuidados com Materiais Recicláveis, Coleta Seletiva, Massagem e o Dia de Beleza. Ao final da Semana todos se reuniram para um almoço e sorteio de brindes.
Durante o treinamento de primeiros socorros, o técnico em segurança no trabalho e bombeiro civil, Jorge Vinicius de Oliveira, ressaltou que o treinamento de primeiros socorros passa noções básicas de prestação de primeiros socorros relacionada a situações comuns do dia-a-dia. “É importante que os funcionários de qualquer estabelecimento saibam como agir diante de alguns acontecimentos, sabendo até onde pode ajudar o próximo. Crise convulsiva, fraturas e ataque de animais peçonhentos são incidentes que acontecem em nosso cotidiano com muito mais frequência e que exigem uma preparação por parte de quem vai ajudar e nosso objetivo é inserir esse conhecimento na vida desses profissionais”, ressaltou o técnico.
Para auxiliar de Recursos Humanos da Aprosmat, Karina Vieira Bessa, a iniciativa busca conscientizar, prevenir e orientar os funcionários sobre assuntos poucos abordados nos cotidiano da equipe. “Sabemos que alguns já participaram dessa orientação, mas é importante reforçar e as atividades extras é uma integração e ao mesmo tempo um momento de lazer para todos. Isso mostra a preocupação que a empresa tem com bem estar do funcionário”, frisou Karina.

Presidente da Aprosmat recebe prêmio em reconhecimento ao combate à pirataria de sementes em MT

Da esquerda para a direita, Rodrigo Nuernberg, gerente comercial Monsoy; Rafael Toscano, representante de licenciamento em SP e MG; Carlos Ernesto Augustin, presidente da Aprosmat; Anna Calazans, representante de licenciamento do sudoeste goiano e José Henrique Spricido, representante de licenciamento no sul do MT. Foto: Daniel Dayan

Da esquerda para a direita, Rodrigo Nuernberg, gerente comercial Monsoy; Rafael Toscano, representante de licenciamento em SP e MG; Carlos Ernesto Augustin, presidente da Aprosmat; Anna Calazans, representante de licenciamento do sudoeste goiano e José Henrique Spricido, representante de licenciamento no sul do MT. Foto: Daniel Dayan

 

O presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Carlos Ernesto Augustin recebeu o Prêmio Liderança Mosoy durante o Encontro Nacional de Multiplicadores Monsoy.

A premiação foi concedida em reconhecimento pelas campanhas de combate à pirataria de sementes no estado de Mato Grosso, liderada pela Aprosmat.  O Encontro Nacional de Multiplicadores Monsoy aconteceu entre 21 e 23 de novembro, em Campinas (SP).

“Reconhecemos, por meio desse prêmio, a liderança da Aprosmat no trabalho de combate à pirataria de sementes de soja no Estado do Mato Grosso. Acreditamos que iniciativas como esta são fundamentais para que ano a ano a agricultura brasileira continue tendo acesso a novas cultivares e aumente os investimentos das empresas no desenvolvimento de novas tecnologias mantendo, com isso, um crescimento sustentável e batendo recordes de produtividade de grãos”, ressaltou o Líder Comercial de Soja Brasil da Monsoy, André Buran.

Para o presidente da Aprosmat, Carlos Ernesto Augustin, “o prêmio é um reconhecimento do trabalho que fizemos no estado Mato Grosso e talvez a única associação que fez isso de maneira contundente. Nossa campanha também foi premiada como melhor propaganda de Mato Grosso. Por meio dela alertamos o agricultor sobre os perigos do uso das sementes piratas, também sobre a evasão de divisas e o dano que é causado para o melhoramento genético a pirataria no Brasil”, destacou Augustin.

Plano Agro+ chega ao Banco do Brasil

Técnicos do Ministério da Agricultura e da instituição se reúnem na próxima semana para discutir facilitação do acesso financiamento rural
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Nocacki e diretoria de Agronegócio do BB debatem acesso ao crédito (Noaldo Santos)

Com base no Agro+, plano do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) voltado à desburocratização e modernização do agronegócio, a vice-presidência de Agronegócios, Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil prepara um conjunto de medidas para facilitar o acesso ao crédito pelo produtor.
Nesta sexta-feira (18), o ministro interino da Agricultura, Eumar Novacki, esteve reunido com o vice-presidente de Agronegócio do BB, Tarcísio Hübner, para discutir como reduzir a burocracia no financiamento aos produtores rurais. Na próxima semana, técnicos do Mapa se encontrarão com funcionários do Banco do Brasil para apresentar o Plano Agro+.
A reunião, informou Hübner, servirá para o BB estabelecer um calendário de trabalho para reduzir a burocracia nas operações de crédito aos produtores. “Vamos mergulhar nos normativos e resoluções no MCR 162 [Manual de Crédito Rural] para ver onde podemos atuar para melhorar o acesso do produtor ao crédito”.
O ministro interino considero positivo o resultado da reunião. Lembrou que essa é uma demanda que há muito vem sendo reivindicada pelo setor produtivo. Na última quinta-feira (17), Novacki se reuniu com os produtores na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) e um dos pedidos foi justamente o fim da burocracia no acesso ao crédito agrícola.
Palavras chave: agro+ Eumar Novacki Banco do Brasil acesso crédito rural desburocratização ministro interino agricultura.
Fonte: MAPA

Em reunião na Faesp, Mapa anuncia remanejamento de R$ 2,5 bi para o Moderfrota

Ministro interino Eumar Novacki diz que governo trabalha para facilitar acesso ao crédito rural

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Uma das prioridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na gestão Blairo Maggi, é facilitar o acesso ao crédito rural, enfatizou o ministro interino Eumar Novacki nesta quinta-feira (17), ao participar de reunião na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) para debater o Plano Agro+ e questões relacionadas à política agrícola. “Queremos reduzir a burocracia e fazer com que o financiamento chegue ao produtor na hora certa”. Nesse contexto, o Mapa pretende anunciar, até o fim deste mês, mais R$ 2,5 bilhões para o Moderfrota – programa de aquisição de tratores, colheitadeiras, plataformas de corte, pulverizadores, plantadeiras, semeadoras e outros equipamentos agrícolas – para atender o aumento da demanda por causa da projeção de supersafra na temporada 2016/2017.
“Ao analisarmos a execução do Plano Agrícola e Pecuário de anos anteriores, percebemos que, muitas vezes, havia disponibilidade de crédito, mas o produtor não conseguia acessá-lo”, assinalou Novacki. “Queremos facilitar isso para estimular o crescimento da produção rural. Dessa forma, teremos condições de abrir novos mercados e gerar mais emprego e renda para o país, como desejam o presidente Michel Temer e o ministro Blairo Maggi.” Segundo o ministro interino, o Mapa tem papel relevante na recuperação econômica do Brasil e está retomando o seu protagonismo no governo atual.
Acompanhado dos secretários Neri Geller (Política Agrícola) e Luis Rangel (Defesa Agropecuária), Novacki também pediu que o estado de São Paulo crie sua versão do Agro+, plano de desburocratização, simplificação e modernização do agronegócio lançado pelo Mapa em agosto deste ano. De acordo com Novacki, 19 estados já anunciaram que vão implantar iniciativas semelhantes à do governo federal. O primeiro é o Rio Grande do Sul, que apresentará seu plano na próxima segunda-feira (21). Por meio do Agro+, o ministério está atendendo demandas do setor produtivo para tornar mais ágeis as suas normas e procedimentos.

Compra de máquinas

Durante a reunião com a diretoria da Faesp, Neri Geller informou que o Mapa trabalha para remanejar R$ 2,5 bilhões de outros programas de crédito rural para o Moderfrota. O Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017 destinou R$ 5,4 bilhões para a compra de máquinas e de equipamentos, mas o montante se mostrou insuficiente para atender a demanda do setor. Somente nos três primeiros meses do plano, os produtores já contraíram financiamentos que representam quase 60% do total destinado ao Moderfrota. Por isso, o Mapa quer reforçar o volume de recursos até o fim de novembro.
Para o presidente da Faesp, Fábio Meirelles, a reunião serviu para reforçar a intenção do governo federal de ser mais ágil na adoção de medidas para contemplar o setor. “Desejamos soluções imediatas e efetivas para a agropecuária”, ressaltou Meirelles, que entregou a Novacki documento com as principais reivindicações dos produtores paulistas.

Fonte: MAPA

COP22: Brasil mostra produção agrícola com preservação e redução de CO2

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COP22: Brasil mostra produção agrícola com preservação e redução de CO2
Blairo Maggi disse ser possível produzir mais, manter a qualidade e atenuar emissões
Aumentar a produção agrícola mantendo a qualidade dos produtos, reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) na agropecuária e, ao mesmo tempo, preservar a maior biodiversidade do planeta. Esse panorama foi apresentado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, na Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP22), que se realiza nesta semana em Marrakesh, Marrocos, para debater a aplicação do Acordo de Paris. O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, também faz parte da comitiva brasileira na COP22.
Maggi acredita que o Brasil é capaz de responder a grandes desafios mundiais apresentados pela ONU, como o aumento da produção de alimentos para uma população mundial crescente, a adaptação de sistemas produtivos e a redução dos gases de efeito estufa. O Ministério da Agricultura prevê que o setor agropecuário nacional deverá alcançar a redução de emissões de CO2 em 0,9 gigatoneladas, entre de 2005 e 2030.
Os resultados ambientais do setor agropecuário nacional se devem, especialmente, ao Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC). Coordenado pelo Mapa, o plano visa práticas sustentáveis que reduzem emissões e retêm carbono por meio da recuperação de pastagens degradadas, do plantio direto na palha, do plantio de florestas e da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
As áreas produtivas com sistema integrado somam 11,5 milhões de hectares no país, de acordo com pesquisa patrocinada pela Rede de Fomento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e realizada pelo Kleffmann Group com acompanhamento técnico da Embrapa Meio Ambiente (SP).
Preferência para produtos brasileiros
A comitiva brasileira frisou que as áreas de preservação em propriedades rurais brasileiras correspondem aos territórios da França e da Noruega juntos. Por conta do cumprimento de regras ambientais rigorosas, o ministro da Agricultura defendeu que os produtos agrícolas brasileiros tenham preferência no mercado global.
Entre as metas assumidas pelo Brasil na COP21 até o ano de 2030, o setor agrícola se propôs a contribuir com a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens, aumentar em 5 milhões de hectares os sistemas de produção integrada e fornecer matérias-primas para biocombustíveis como etanol e biodiesel, que deverão responder por 18% do consumo energético nacional em 2030. O país tem se colocado na conferência como ator-chave na produção sustentável de alimentos e em produção de serviços ambientais.
“Somando-se as metas voluntárias assumidas anteriormente com o compromisso ratificado pelo país por meio da NDC (Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada), o Brasil se compromete a trabalhar 55,5 milhões de hectares e mais 12 milhões para recuperação e recomposição de florestas, o que representa mais de um quarto de todas as terras usadas pela agropecuária. Nenhum outro país assumiu proposta tão audaciosa”, ressaltou o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Celso Manzatto, coordenador da Plataforma ABC, iniciativa multiinstitucional para monitorar a adoção de tecnologias de Baixa Emissão de Carbono na agropecuária.
Para Manzatto, a Plataforma é uma valiosa iniciativa, tanto para validar os resultados alcançados e gerar dados para certificação de produtos agropecuários sustentáveis quanto como ferramenta para disseminar essas tecnologias. Para o presidente da Embrapa, o Brasil concentra todas as condições para se tornar líder mundial em intensificação baseada em tecnologias “poupa-recursos”, de baixa emissão de carbono e em ganhos na produtividade da terra. De acordo com Maurício Lopes, o país é um dos poucos do mundo com grandes extensões de terra com aptidão para uso sustentável.
Marco legal
A discussão mundial sobre mudanças climáticas teve seu marco legal na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, também conhecida como Eco-92, quando foi elaborado o tratado internacional conhecido como Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Os princípios fundamentais que trariam as diretrizes a serem seguidas por diversos países do globo na tentativa de mitigar os efeitos dessa mudança começaram naquela ocasião e passaram a ser debatidos e negociados, anualmente, em reuniões do foro internacional denominadas Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP).
Dos diferentes aspectos discutidos a cada ano, a agricultura é, sem dúvida, uma das vertentes mais importantes para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Em termos governamentais, é tratada oficialmente na COP pelo Mapa, que conta com o apoio da Embrapa, por meio de sua base de pesquisas e soluções tecnológicas.
A partir do Acordo de Paris, assinado na COP21, foram institucionalizados os compromissos de contribuição brasileiros, chamados Contribuição Nacionalmente Determinada (intended Nationally Determined Contribution – iNDC, sigla em inglês). Após a assinatura, o acordo passou a ser chamado de NDC Brasil e inclui, entre suas contribuições, ações de mitigação, adaptação e meios de implementação para alcance dos objetivos.
O Plano Nacional de Adaptação deve complementar as ações realizadas no âmbito do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que tem mostrado resultados por meio do Plano ABC, como a disseminação de tecnologias economicamente atraentes e ambientalmente sustentáveis. Tecnologias decorrentes de pesquisas da Embrapa e que promovem ganhos para os sistemas produtivos em termos de resiliência às intempéries do clima e ainda reduzem a intensidade de emissões de gases do setor agrícola.
As discussões
A primeira meta que deu base ao estabelecimento de ações para mitigação de efeitos das mudanças climáticas foi definida ainda na COP3, em 1997, no Japão, na forma do Protocolo de Quioto. No tratado, com mais de 170 países signatários, foi proposto um calendário no qual tais países teriam a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990, no período de 2008 a 2012.
Desde a COP15, realizada em 2009, em Copenhagen, surgiram as Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas (NAMAS), compromissos brasileiros, acordados de forma voluntária pelo país e registrados durante a COP 15. As NAMAs antecederam os compromissos acordados depois na NDC.
O país foi pioneiro ao tratar da importância de ações de adaptação aos efeitos da mudança do clima para o setor agrícola nas negociações internacionais, lembrou o pesquisador do ministério da Agricultura, Gustavo Mozzer. “Durante a construção do Plano ABC, entre 2009 e 2010, houve um capítulo dedicado ao tema de adaptação, sendo o plano brasileiro o único para o setor que contemplou esse tema”, comentou.
Na COP 22, que começou no último dia 7 de novembro, a discussão continua na busca por definir ações que visem o “dimensionamento de impactos, o fomento de políticas públicas e o avanço no conhecimento de antever e mitigar riscos”, diz o pesquisador.
A Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas é uma cúpula internacional, formada por representantes de mais de 190 países, que discutem as bases das negociações para o estabelecimento um acordo internacional. (Com informações da Embrapa)
Mais informações à imprensa:
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Mato Grosso discute plantio de sorgo e lentilha em simpósio

Objetivo é disseminar culturas e fazer delas uma nova opção para os produtores

Objetivo é disseminar culturas e fazer delas uma nova opção para os produtores

A possibilidade de ir além do cultivo do milho na segunda safra de Mato Grosso será tema de discussão durante o I Simpósio de Culturas Alternativas, em Rondonópolis, no dia 18 de novembro. Em foco, estarão o sorgo e a lentilha, culturas pouco difundidas, no caso da primeira, ou sequer cultivadas no Estado, no caso da segunda.
“Um dos objetivos principais do evento é disseminar essas culturas e fazer com que informações sobre elas sejam mais conhecidas. Queremos continuar a expansão da cultura do sorgo, já bastante utilizado para fabricação de ração, além de ser uma alternativa para produção de palhada do plantio direto. No caso da lentilha, queremos fomentar sua implementação”, afirma o produtor e um dos organizadores do evento, Osvaldo Pasqualotto.
Outra possibilidade para a lentilha é o uso no mercado interno. “A lentilha pode vir como alternativa na substituição culinária em relação ao feijão, já que possui quantidades adequadas de ferro e proteína”, completa Pasqualotto.
A leguminosa, inclusive, foi tema de reunião entre a Embaixada da Índia e o Governo de Mato Grosso. Neste mês, o embaixador Sunil Lal esteve em Cuiabá e propôs o cultivo da lentilha. “Temos muitas possibilidades na área de agricultura, infraestrutura e economia do conhecimento, entre outras coisas. Mato Grosso é um Estado importante na produção de grãos e esperamos iniciar uma cooperação”, falou à imprensa.
Além de se tornarem opções viáveis para os produtores e consumidores finais, há o ponto de vista agronômico na produção dessas alternativas. “O evento também servirá para os produtores conhecerem culturas alternativas para a segunda safra, repensarem o sistema de manejo do plantio direto e alcançarem resultados melhores”, afirma o gerente de Defesa Agrícola, Thiago Moreira.
O evento – O I Simpósio de Culturas Alternativas, será no Centro de Eventos Millenium, às 19 horas. A entrada é gratuita.
O evento conta com palestra sobre sorgo com o pesquisador melhorista de sorgo do Núcleo de Recursos Genéticos e Obtenção de Cultivares da Embrapa Milho e Sorgo, Flávio Dessaune Tardin.
No caso da lentilha, a palestra fica por conta do graduado em Agronomia pela Esalq/Usp, mestre em Ciências e Tecnologia de Sementes pela Ufpel, Flávio Lamanna.
O Simpósio é uma realização da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e conta com apoio da Aprosmat, Advanta Sementes e Sementes Jotabasso.
Mais informações: (66) 9 9984 5117.

Fonte: Aprosoja

Nova safra de grãos deve superar em até 15,6% à de 2015/2016 e atingir mais um recorde

Estimativa é que a produção alcance até 215,1 milhões de toneladas

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A estimativa da safra 2016/17 de grãos pode variar de 210,9 milhões de toneladas a 215,1 milhões de toneladas, de acordo com o 2º levantamento da produção agrícola, divulgado nesta quinta-feira (10), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O crescimento poderá ser de até 15,6% em relação à safra anterior, de 186,1 milhões. Se o resultado se confirmar, o Brasil registrará mais um recorde no campo.
Também há previsão de ampliação da área total plantada, que deve se situar entre 58,5 milhões de hectares e 59,7 milhões de hectares, o que representa crescimento de até 2,3% na comparação com a safra 2015/16. Com exceção do algodão e do amendoim primeira safra, todas as demais culturas de primeira safra tiveram incremento de área plantada.
Há uma expectativa otimista de que a produção continuará avançando nos próximos anos, disse Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante a divulgação da safra agrícola na Conab. Ele lembrou que, nos últimos 10 anos, a área plantada cresceu em cerca de 10 milhões de hectares, com aumento de 20%, enquanto a produtividade aumentou entre 50% e 60%. “A elevação do rendimento no campo ocorre graças à competência do nosso produtor, ao clima, mas, principalmente, à incorporação de tecnologias, além do crédito em linhas de longo prazo.”
Milho e soja
O milho primeira safra deverá ter produção de 4,7% a 10,4% superior à passada, alcançando entre 27,1 milhões de toneladas a 28,6 milhões de toneladas. Já o arroz, com a retomada de áreas não cultivadas, registra uma perspectiva de produção entre 11,5 milhões de toneladas e 12,1 milhões de toneladas, superior à safra passada entre 8,4% e 13,9%, enquanto o feijão primeira safra, também com incremento de área, poderá ficar entre 1,2 milhão de toneladas a 1,3 milhão de toneladas. A produção é também superior entre 17,3% e 24,4%, em relação à última safra.
A projeção para a soja é de crescimento de 6,5% a 8,5% na produção, podendo atingir 103,5 milhões de toneladas. Já a produção de algodão pluma deve crescer de 8,1% a 14,8% e pode chegar a 1,5 milhão de toneladas, apesar da redução entre 6,9% e 1% na área cultivada.
Culturas de inverno
Para a safra de inverno 2016, o trigo é o destaque e a produção deverá ser de 6,3 milhões de toneladas, ou seja, 14,5% superior à safra passada. No caso da cevada, há leve redução de área, mas a produção será de 331 mil toneladas, com a recuperação da produtividade. A canola e o triticale também apresentaram aumento de área e de produtividade. A primeira deve produzir 75 mil toneladas e, o segundo, 65,7 mil toneladas.

Fonte: MAPA

Grupo de Trabalho do Seguro Rural terá proposta de novo modelo em três meses

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Blairo Maggi entende que consenso só virá com diálogo e negociação.

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) prorrogou por 90 dias as atividades do Grupo de Trabalho do Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural, que vem debatendo uma proposta para o país ter um modelo mais moderno e eficiente de seguro rural. O anúncio da ampliação do prazo foi feito por Maggi na tarde desta terça-feira (8), durante audiência com o grupo de trabalho, coordenado pelo ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli.
Para Maggi, o caminho para o Brasil modernizar o seguro rural é o diálogo e a negociação com a área econômica do governo e com o setor produtivo. Paolinelli reforçou a posição de Blairo. “O grupo acredita que o ministro, com a sua liderança e experiência, pode mobilizar a iniciativa privada e o governo para estabelecer uma forma de financiamento do seguro”, afirmou o coordenador do grupo.
O GT tem representantes de entidades como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Organização das Cooperativas Brasileiras, Federação Nacional de Seguro, Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, Associação Brasileira dos Produtores de Milho e a Frente Parlamentar da Agropecuária.

Fonte: Mapa